sábado, 31 de outubro de 2020

SEMANADA...



 "1. As Eleições. Luís Filipe Vieira foi reeleito por maioria absoluta, quer a nível de votos, quer a nível de votantes. João Noronha Lopes não exigiu, pelo menos publicamente, a recontagem dos votos físicos que tanto falou antes. Há quem diga que os órgãos do Benfica manietaram completamente qualquer possibilidade de recontagem e que no geral não foram muito colaborativos com as restantes listas. No final de contas, o que importa é que Luís Filipe Vieira foi reeleito. O único escalão de sócios que foi equilibrado foi o escalão dos 5 votos, onde a Lista A (de LFV) teve mais 316 votantes do que a Lista B (de JNL). Todos os outros escalões tiveram diferenças de mais 1.000 votantes. O escalão dos 20 votos foi o que teve a maior diferença, onde a Lista A teve mais 4.261 votantes do que a Lista B.

2. A Representatividade. Um dos maiores problemas do Benfica é Representatividade. Na quarta-feira 19.5% dos sócios que votaram tiveram 49.2% dos votos totais. Enquanto 34.4% dos sócios que votaram tiveram 4.1% dos votos totais. O vencedor tinha sido o mesmo. Mas se calhar tinha ido votar mais gente. Enquanto houver sócios a valer 10-50 vezes mais do que outros, vai haver muita gente a abdicar do seu direito.
3. Rui Costa. Já a noite ia prolongada quando os resultados foram anunciados e a lista A tomou posse. O discurso de Luís Filipe Vieira foi curto, sem grandes conteúdo e com uma bicada a um rival. Sendo que a bicada no rival fez algum sentido, pois o FC Porto aproveitou as Eleições do Benfica para anunciar os €116 milhões de euros de prejuízo que nunca teriam grande exposição mediática devido às Eleições. O mais irónico de tudo é que este ano vai ser provavelmente o final da sequência de anos com resultados financeiros positivos no nosso clube. Mas no discurso de Vieira, talvez pela hora, não se viu grande preocupação com os sócios que votaram nele, muito menos nos sócios que não votaram nele. O discurso de união veio minutos depois, com Rui Costa que me parece que mais do que nunca vai ter um papel muito importante no clube. É preciso unir os adeptos e não me parece que Luís Filipe Vieira esteja muito preocupado com isso.
4. Filas de três horas. Ninguém se queixou, mas em lado nenhum me parece aceitável ter que esperar três horas para votar. O número de pessoas que foi votar não pode servir como desculpa. Todos esperávamos uma adesão muito forte. A covid-19 também não pode ser desculpa, bem pelo contrário. O Benfica tinha que ter mais mesas de voto. O Benfica tem dois pavilhões, mas só se utilizou um. As modalidades têm que treinar, mas podiam uma vez treinar noutros pavilhões locais que o Benfica aluga para as modalidades na formação. Três horas para votar não pode ser aceitável.
5. Bernardo Silva. Já ninguém se lembra, mas a semana começou com uma polémica em volta de Bernardo Silva, que não apoiando nenhuma lista disse que estava na altura da mudança. Prontamente caiu o carmo e a trindade. Aparentemente os sócios não podem ter opinião.
6. Rangers. Estamos em primeiro lugar com o Rangers. Um grupo que até parecia que poderia ser competitivo tudo indica que vai ser uma corrida a dois. O Rangers vai com duas vitórias como nós. Bateram o Liége por 0-2 e ontem bateram o Poznan por 1-0. Vão ser dois jogos interessantes para aferir o real valor da nossa equipa. O Rangers tem um ponta de lança muito interessante: Alfredo Morelos.
7. Modalidades Paradas. Sem grande lógica, num fim de semana que vai haver restrições à livre movimentação, o Governo decidiu adiar os jogos de todas as modalidades de pavilhão. Não consigo entender sinceramente. Sempre era mais conteúdo que se poderia ver na televisão e ficar em casa. O Desporto tem sido das classes mais mal tratadas pelo Governo nesta crise pandémica."


PS: A representatividade dos votos no acto eleitoral do Benfica, não é problema nenhum. Distinguir os sócios pela antiguidade é perfeitamente normal e desejável em associações desportivas. A única alteração que eu defendo, é acabar com a distinção entre sócios Efectivos e Correspondentes na distribuição dos votos. Os sócios Correspondentes só porque estão mais longe de Lisboa e portanto pagam uma quota inferior, no acto eleitoral, deveriam ter o mesmo número de votos... usando o mesmo critério da antiguidade, usado para os sócios Efectivos.
Em relação às três horas de fila (pessoalmente estive 3h15m na fila), o problema não foram o número de urnas disponíveis, o estrangulamento aconteceu no acesso ao Pavilhão: havia duas filas, a Prioritária, e a dos outros: tinha bastado 'abrir outra porta' para reduzir o tempo de espera para metade, na fila 'grande', porque dentro do pavilhão, o acesso às urnas era extremamente rápido e 'aguentava' outra fila!
O Rui Costa será seguramente candidato a Presidente da Direcção no próximo acto eleitoral.

1 comentário:

  1. Faz sentido haver distinção da antiguidade de sócio atribuindo um número de votos maior para os mais velhos.
    Esta distinção tão grande não faz sentido nenhum.
    Devia haver mais escalões e o máximo de votos nunca deveria ser superior a 15 ou 20.

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