"Para inicio de conversa, vamos já tirar o Diogo de Leiria da discussão: gosto do "Darling Nunes". A parceria que fez com Waldschmidt nos dois primeiros meses de SL Benfica, foi a única coisa de excitante que a temporada passada teve. O alemão mais cerebral e técnico, o uruguaio mais destravado e tosco (lamento rapaz, mas esses pés não merecem outro adjectivo). Depois um deixou de compreender o que lhe dizia JJ e o outro deixou de entender o que lhe acontecia no joelho e a coisa nunca mais teve piada alguma.
Darwin é espectacularmente limitado tecnicamente mas ao contrario de, por exemplo André Almeida, beneficia de não ter consciência disso porque torna-se desconcertante. Enquanto se atrapalha a ele com a bola, finta o adversário. Tem na velocidade e na potência as suas principais qualidades mas sofre de problemas mentais agudos. Peca acima de tudo por falta de confiança, mas não é daquelas que se adquire com 10 golos de rajada. Ao "charrua" falta mentalidade de filho da puta, daqueles que falham de baliza aberta e dizem para os colegas "se alguém disser alguma coisa, parto-lhe o focinho". Tem de assumir que não está no Glorioso por favor, mas por mérito.
Ao 9 do SLB não se pede que seja Mitroglou, atenção. O grego falhava a meio metro da baliza e quem fazia a assistência é que pedia desculpa por a bola não ter ido suficientemente redondinha. Precisa contudo de ganhar caparro no balneário para deixar de se defender dos falhanços com assistências (ou tentativas de) e assumir o risco da finalização, mesmo sabendo que com aqueles pés, Risco tem de ser escrito com letra maiúscula. Enquanto não o fizer, vai continuar a ser o tipo que empolga a equipa e a bancada com arrancadas imparáveis em modo "para a baliza e em força" mas vai estar sempre do lado de fora do abraço colectivo ao faturador de serviço."
Grande dissertação sobre uma especificidade de um bom jogador que se seguir esta recomendação será um excelente ponta de lança. Parabéns
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