Belo espetáculo, golos e tudo em aberto para a final four
Benfica entrou forte e chegou rapidamente ao golo; V. Guimarães nunca virou a cara a luta e, com mérito, alcançou o empate. Marcando pelo menos três tentos e vencendo o SC Covilhã por dois ou mais de diferença, os encarnados garantem presença em Leiria.
Belo espetáculo, ritmo alto, várias oportunidades, golos e… emoção até ao fim. Assim foi o V. Guimarães-Benfica, da 2.ª jornada do grupo A (fase 3) da Taça da Liga. No Estádio D. Afonso Henriques, os dois emblemas empataram 3-3, e tudo ficou em aberto rumo à final four, que tem lugar em Leiria.
Sem sair do 3x4x3, mas com várias alterações no onze, Jorge Jesus lançou, para a Taça da Liga, oito nomes que não entraram de início com o Vizela: Helton, Morato, Nemanja, Meïte, Taarabt, Pizzi, Everton e Gonçalo Ramos ocuparam os lugares de Odysseas, Vertonghen, Diogo Gonçalves, Weigl, João Mário, Rafa, Darwin e Yaremchuk, respetivamente.
Nas quatro linhas, o Estádio D. Afonso Henriques foi palco de uma primeira parte de elevado nível, com velocidade, oportunidades de parte a parte e golos, cinco ao todo. Melhor o Benfica (clube com mais troféus da Taça da Liga no palmarés: sete), que arrancou a todo o gás e apanhou a defesa vimaranense de surpresa. Logo no minuto inicial do desafio, as águias recuperaram o esférico em zona adiantada e Nemanja, de primeira, atirou ao lado. O mote estava dado…
As redes abanaram pela primeira vez, aos 8'. Pizzi apontou um pontapé de canto do lado direito do ataque e Alfa Semedo, ao tentar o corte, traiu Bruno Varela e fez autogolo. 0-1 para o Benfica. No minuto seguinte – aos 9' –, substituição forçada para Jorge Jesus. Após choque com Otamendi, Taarabt ficou a queixar-se e teve de ceder o seu lugar a João Mário.
Só dava Benfica em Guimarães, com saídas letais em transição que punham os minhotos em sentido. Num destes contra-ataques surgiu o 0-2. Meïte iniciou o lance, deixou em Everton no corredor esquerdo, este solicitou Pizzi em profundidade e o 21 rematou cruzado para os festejos (15'). Os comandados por Pepa pareciam perdidos, davam muito espaço nas costas da defesa e o Benfica quase aproveitou para fazer mais um golo. Combinação entre Pizzi e João Mário, com o camisola 20, no frente a frente com Bruno Varela, a permitir a defesa.
A velha máxima "quem não marca, sofre" resolveu aparecer em Guimarães aos 21'. Jogada de insistência dos da casa através de Rochinha pela esquerda e André André, à segunda, a reduzir para 1-2. O jogo estava eletrizante, com o V. Guimarães – agora, sim – a criar frisson na área encarnada, através das incursões de Rochinha e Marcus Edwards pelos corredores.
Porém, aos 28', surgiu o 1-3 para os da Luz! Pizzi descobriu Nemanja na direita, o sérvio trabalhou sobre Alfa Semedo e disparou com o pé canhoto para o fundo das redes. Após uma meia hora louca, a bola andou mais longe das balizas, até aos 44', altura em que Alfa Semedo, do meio da rua, viu o seu remate passar perto da baliza defendida por Helton. Antes do intervalo, aos 45'+1', o 2-3 para os vimaranenses. Jogada de desdobramento, com André André a virar o centro do jogo para a direita onde encontrou Sacko. O lateral cruzou e Estupiñán, de cabeça, disse "sim" ao golo. Ao intervalo: 2-3 para o Benfica!
A segunda parte nada ficou a dever à primeira metade. Partida jogada sempre a um ritmo alto, com as duas equipas a alinharem com os setores defensivos muito subidos. Primeiro momento de perigo foi para o Benfica, aos 46'. Everton assistiu Pizzi na área e este rematou cruzado, mas a bola saiu a centímetros da baliza minhota.
O V. Guimarães respondeu logo de seguida. Aos 49', Marcus Edwards, dentro da área, a rematar de pé direito (o seu pior pé) para Helton defender de forma segura. O conjunto da casa perdia por 2-3 e procurava o tento do empate. Aos 60', Rochinha trabalhou no flanco esquerdo, ultrapassou Nemanja e atirou cruzado, ao lado.
A partir daqui, ambos os treinadores começaram a mexer nas peças, com o objetivo de alcançar o triunfo… Aos 71', o poste da baliza benfiquista tremeu. Perda de bola encarnada na construção, Estupiñán, no corredor central, lançou Quaresma na direita, de onde o extremo rematou ao poste. O Benfica segurava a vantagem, aproveitando as costas da defesa vimaranense para tentar "matar" o jogo.
Todavia, aos 83', o V. Guimarães chegou ao empate (3-3). Pontapé de canto marcado por Quaresma à maneira curta, insistência de Rúben Lameiras e Bruno Duarte, na pequena área, a fazer o golo. Volvidos três minutos – 86' –, o Benfica quase respondeu ao tento sofrido, com Morato, em boa posição, a ver o seu cabeceamento travado por instinto por Bruno Varela.
O jogo caminhava a passos largos para o fim e as águias, com este empate, deixavam tudo em aberto na Taça da Liga. Do outro lado, o V. Guimarães sabia que ao vencer garantia já a presença na final four. Assim, aos 90', Bruno Duarte, após combinação com Rúben Lameiras, queimou o último cartucho vitoriano, com um remate forte e por cima da baliza de Helton.
No Estádio D. Afonso Henriques, o empate (3-3) não se alterou até ao apito final. A 3.ª jornada do grupo A coloca frente a frente Benfica e SC Covilhã, no Estádio da Luz, onde os encarnados, para entrar na final four, terão de marcar pelo menos três golos e vencer, no mínimo, por dois de diferença para ultrapassar o V. Guimarães (tem quatro pontos e um saldo de 5-3 em golos). O primeiro critério de desempate é a diferença entre golos marcados e sofridos, o segundo é o número de golos marcados.
Antes, já no sábado, 30 de outubro, às 19h00, no Estádio António Coimbra da Mota, há Estoril-Benfica, em jogo da 10.ª ronda da Liga Bwin.
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