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No Futebol, Não Vale!
Olha-se para o futebol, onde já deverá haver campeão, e emerge a perceção de que procurar fazer as coisas bem feitas, de acordo com as normas, ou procurar pistas alternativas, no limiar do que está estabelecido, é indiferente ou penalizador para quem cumpre. Não há nenhum incentivo a que se procure construir um caminho positivo, construtivo e afirmativo, sob o ponto de vista do interesse geral. O drama é que, se por ação ou por omissão se continuarmos a proteger as derivas negativas, da coação de árbitros às expressões de desordem e criminalidade organizada, sob a capa de claques; dos erros persistentes às dualidades de critérios; dos territórios em que juízes se recusam a fazer buscas aos em que os magistrados combinam as ações de investigação com alguns jornalistas, acabaremos por matar a galinha dos ovos de ouro do futebol. Valerá a pena persistir neste caminho de implosão de uma expressão social e económica relevante, em que se misturam as paixões, as vivências, as oportunidades e os oportunistas? Não pode valer tudo, não pode, quem manda, continuar a fingir que não se está a passar nada de anómalo, de lesivo do interesse geral e da manutenção da adesão de quem quer fazer as coisas bem feitas.
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