"O minuto 85 do jogo de sábado é um postal ilustrado da paixão que temos pelo “the game”, o jogo, como os ingleses lhe chamam. Recuperação de bola de Carreras, passe em progressão de João Mário, abertura de Kokçu, cruzamento milimétrico de Di María, cabeçada convicta de Neres e um estádio inteiro a festejar, numa comunhão entre adeptos e jogadores. O futebol é simples, básico até, daí o seu sucesso, e é isto - pertença, solidariedade e talento.
De dentro para fora, a equipa do Benfica deu a maior resposta que podia dar a alguns, repito alguns, que teimam em fazer do futebol algo de muito diferente e que motivou uma interrupção de vários minutos de um jogo em que o Benfica precisava de tempo, e apoio, para recuperar de uma desvantagem injusta. E teve-o, a reação da maioria, repito da maioria, foi “à Benfica”. Condenando o que faz com que o Benfica pague centenas de milhares de euros por ano em multas, ver-se impedido de jogar na presença dos seus adeptos nos jogos europeus e, lá chegaremos num dia não muito longínquo pelo caminho que levamos, de jogar “à porta fechada”, aí, nessa reação da maioria que estava silenciosa, o Benfica começou a ganhar um bom jogo de futebol que, também por mérito do adversário, estava complicado.
Com justiça poética, foi do banco que apareceu a solução e com crença, mas também com muito talento, que o Benfica demonstrou que querer é poder, que juntos podemos partir para uma época que nos traga os títulos que todos desejamos.
P.S: Depois daquele cruzamento sublime, espero não mais ouvir que Di María é um problema. Um génio nunca o é..."
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