terça-feira, 2 de julho de 2024

PAVLIDIS É REFORÇO DO BENFICA!



 Avançado internacional grego, de 25 anos, oriundo do AZ Alkmaar, ingressa no Clube e assina contrato até 2029.

O avançado Pavlidis, de 25 anos, é reforço da equipa de futebol profissional do Sport Lisboa e Benfica. Internacional pela Grécia, assinou com o Clube um contrato válido por cinco épocas (até 2029), transferindo-se do AZ Alkmaar para a Luz.
As primeiras palavras de Pavlidis como atleta do Glorioso expressam o "cumprir de um sonho" por representar "um dos maiores clubes do mundo". "Se o Benfica te chama, não podes dizer que não", confessou em entrevista à BTV, cuja versão completa pode ler aqui.
Essa garantia tem a força dos Benfiquistas e das ambições do Clube, um emblema onde as palavras "Champions League e troféus ligam bem". Entrelaçadas estão igualmente as ideias do treinador Roger Schmidt – que defrontou e conhece bem – com o futebol que pratica e gosta de exibir: ofensivo, com os golos que está habituado a marcar, atrativo, com um "jogo posicional forte" e de pressão alta.
Mas fazer os Benfiquistas "felizes" é desiderato assumido desde o primeiro momento. "É um grande clube, e sem os adeptos não pode haver um grande clube. Isso mostra o quão grande o Benfica é. Sem os adeptos não é possível garantir conquistas. Espero que nos ajudem na próxima época", rematou o avançado internacional grego.
O PERCURSO
Nascido em Salonica, em 21 de novembro de 1998, Pavlidis deu os primeiros toques na bola no Bebides 2000 FA, uma famosa academia de futebol da cidade grega na qual evoluiu entre 2004 e 2014. As qualidades do jovem avançado chamaram a atenção do Bochum, clube alemão que o contratou e o integrou na sua equipa Sub-17.
Em 2016, Pavlidis assinou o seu primeiro contrato profissional e estreou-se pela equipa principal do Bochum: foi lançado aos 78' da vitória sobre o Heidenheim por 4-2, na 34.ª jornada da Bundesliga 2. Em 2016/17, participou em três partidas da sua equipa antes de rumar a empréstimos ao Borússia Dortmund (onde foi integrado na Equipa B) e ao Willem II. Neste último clube, que representou na segunda metade da temporada 2018/19, marcou 6 golos em 17 jogos e apresentou-se ao futebol neerlandês.
Seguro do valor do avançado, o Willem II contratou-o em definitivo ao Bochum. Em 2019/20, Pavlidis marcou 13 golos em 28 jogos pelo emblema tricolor, e as boas exibições conduziram-no à estreia na seleção da Grécia: a primeira das mais de 30 internacionalizações ocorreu em 5 de setembro de 2019 diante da Finlândia. Na temporada seguinte, aumentou o pecúlio para 14 remates certeiros em 37 partidas disputadas. Os números do agora reforço do Benfica anteviam um salto na carreira, e foi o AZ quem ganhou a corrida pelo jogador.
Nas três temporadas passadas ao serviço do emblema de Alkmaar (de 2021/22 a 2023/24), Pavlidis teve o estatuto de titular indiscutível e marcou 80 golos divididos por 137 jogos, destacando-se, também, pelas 25 assistências. Na última época (2023/24), o avançado apontou 29 golos na Eredivisie (16 com o pé direito, 10 com o esquerdo e 3 de cabeça) e sagrou-se o melhor marcador da prova ao lado de Luuk de Jong (PSV). Na história do AZ, apenas Kees Kist (34 golos, em 1978/79) conseguiu somar mais remates certeiros do que o grego numa única edição da liga neerlandesa.
PAVLIDIS
- O que conhece do novo clube?
- Sei que é um dos maiores clubes do mundo e sei que é enorme. Sei que tem muitos adeptos que amam o clube.
- É o oitavo jogador grego a atuar no Benfica e sabe que há boas memórias para os adeptos. Tem conhecimento de alguns dos jogadores gregos que representaram o Benfica?
- Sim, claro, sei de alguns dos que jogaram aqui – e também conheço pessoalmente alguns deles – como Samaris, Odysseas [Vlachodimos], Katsouranis, Karagounis, Fyssas, Mitroglou... Talvez haja mais, mas não me estou a recordar.
- Nas épocas mais recentes mostrou-nos o melhor Pavlidis. Sente que este é o momento perfeito para aceitar esta mudança na sua vida?
- Eu tive bons anos nos Países Baixos, queria dar o próximo passo e julgo que para a minha carreira o melhor passo seria vir para o Benfica. Foi por isso: jogar num clube grande, mostrar o melhor de mim, melhorar como jogador e em termos pessoais. O Benfica é o melhor clube para a minha carreira se desenvolver. Como jogador e também em termos pessoais, ao nível da personalidade.
- Quais foram as principais razões que o levaram a assinar e a decidir-se pelo Benfica?
- O Benfica é o Benfica! Se o Benfica te chama, não podes dizer que não. Quando ouvi que o Benfica tinha interesse em mim, senti logo o entusiasmo de poder representar este grande clube, de poder jogar neste estádio incrível e diante dos muitos adeptos que o clube tem. É um prazer ser o próximo grego a jogar aqui.
- Deixou o seu país natal, a Grécia, muito novo, para jogar na Alemanha. Depois, esteve nos Países Baixos. Estas experiências de vida podem ajudá-lo nesta nova aventura em Portugal?
- Sim, deixei a minha casa quando tinha 16 anos. Experimentei um caminho difícil e aprendi muito na Alemanha e nos Países Baixos. Agora tenho bastante experiência, porque jogo futebol profissional há seis ou sete anos, treinando com bons jogadores, bons treinadores, por isso é o momento certo para dar o próximo passo na minha carreira. Espero que o que aprendi nos últimos seis ou sete anos nos Países Baixos e na Alemanha me ajude a provar a todos que posso jogar a esse nível.
- Jogou contra o PSV, na altura treinado por Roger Schmidt, em quatro ocasiões. Conhece as ideias do treinador. Esse fator foi importante na decisão de ingressar no Benfica?




- Sim, conhecia o treinador, porque joguei contra ele e foi sempre um prazer jogar contra ele porque eram sempre bons jogos. É realmente importante porque o conheço pessoalmente, porque joguei contra a equipa dele e agora estou entusiasmado porque vou ser treinado por ele. Sei que é um treinador que quer que joguemos futebol, que marquemos golos, que pratiquemos um futebol realmente atrativo e ofensivo, que tenhamos um jogo posicional forte e que pressionemos alto. Esse é um aspeto muito importante para o meu jogo, é por isso que adoro jogar e é por isso que estou aqui.
- Já jogou em diferentes sistemas táticos. O que pode trazer e acrescentar ao Benfica?
- Sim, joguei inclusivamente em diferentes posições ao longo dos últimos anos. A número 9, a número 10, a extremo-esquerdo, mas, sim, a minha posição agora é a de número 9 e julgo que é por isso que as pessoas do Benfica me escolheram. Espero poder ajudar a equipa com a minha capacidade de pressão e com a paixão que todos os jogadores gregos têm. E, claro, a posição de número 9 é realmente importante, e o mais importante a fazer é marcar golos e assistir os colegas de equipa. Adorava fazê-lo. Fazer o melhor pela equipa e, claro, marcar golos.
- Talvez em Portugal os sistemas defensivos sejam um pouco mais conservadores do que nos Países Baixos. Como vai adaptar-se rapidamente a esta nova realidade?
- É realmente importante que, desde o meu primeiro dia quando a equipa se juntar na pré-época, eu tenha o meu tempo para compreender a tática e o treinador, o que ele quer de mim... adorava adaptar-me o mais rapidamente possível. Por vezes leva dias, por vezes leva meses, mas adorava dar o meu melhor. E vou mesmo dar o meu melhor para me adaptar o mais rapidamente possível, porque estou aqui para alcançar, quer em termos coletivos, quer pessoais, os nossos objetivos.
- Os adeptos do Benfica são muito apaixonados. Além disso, este é um dos maiores clubes do mundo. De que forma a paixão e o apoio dos adeptos podem ajudá-lo?
- Sim, a paixão é muito importante no futebol. Se jogas futebol, tens de ter paixão no que fazes. Se não tiveres paixão, não vais conseguir atingir objetivos. E penso que esse é o poder do Benfica. É um grande clube, e sem os adeptos não pode haver um grande clube, e isso mostra o quão grande o Benfica é. Sem os adeptos não é possível garantir conquistas. Espero que eles nos ajudem na próxima época. Sei que o estádio está sempre cheio, e há sempre a expetativa de somarmos vitórias em todos os jogos, em casa e fora. É uma grande pressão, mas uma pressão bonita que o futebol dá para te fazer melhorar e para seres a melhor versão de ti mesmo.
- Na temporada passada foi o melhor marcador da Eredivisie. Isso dá-lhe estatuto, mas também responsabilidade. Como lida com isso?

- Um ponta de lança quer sempre marcar golos. Há que procurar o momento certo e a equipa certa para o fazer. Acho que tenho essa capacidade, vou dar o meu melhor. Há a pressão de ser um número 9 no Benfica e de ter de marcar golos, mas esse é normalmente o trabalho de um ponta de lança. Vou dar o meu melhor para alcançar os objetivos. Claro que o último ano é o último ano e agora estou a começar num novo clube, num novo país. Vou dar o meu melhor para continuar como acabei a última temporada.




- Vai jogar a Liga dos Campeões pelo Benfica nesta época. Este é um fator importante na carreira de um jogador...
- Claro, o Benfica é um clube que todos os anos joga a Liga dos Campeões, ou, no mínimo, a Liga Europa. É um aspeto importante para mim e para a minha carreira. Se és um jogador de 15 anos, sonhas jogar perante 65 mil pessoas numa noite de Liga dos Campeões. É um sonho e o futebol é um sonho para mim. Estar aqui também é um sonho para mim.
- Qual é o seu principal propósito ou objetivo, agora que assinou pelo Benfica?
- Sinto diretamente o quanto as pessoas gostam do Benfica e eu quero, no mínimo, fazer as pessoas felizes, fazer os adeptos do Benfica felizes. E, claro, ganhar todos os fins de semana. Esse é o meu objetivo. Espero que tudo corra bem e que conquistemos boas coisas juntos. Que conquistemos troféus, juntos.
- Quando ouve Benfica, que palavras lhe vêm imediatamente à cabeça?
- Liga dos Campeões e troféus. São palavras que ligam bem com o Benfica.
O jogador assina até 2029 e fica com uma cláusula de rescisão fixada nos 100 milhões de euros. O antigo clube do internacional grego, o AZ Alkmaar, fica com direito a 10% de uma mais valia obtida numa futura transferência do avançado de 25 anos.

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