De 14 de setembro a 2 de outubro, nos principais campeonatos apenas Liverpool e Aston Villa conseguiram números tão entusiasmantes.
Olhámos para o trabalho de Bruno Lage no comando do Benfica e comparámo-lo com o que conseguiram as equipas dos principais campeonatos da Europa em igual período, de 14 de setembro a 2 de outubro. Além de Portugal, onde o Sporting conseguiu quatro vitórias e um empate nesta fase e o FC Porto três vitórias e uma derrota.
Para tornar a análise mais justa, excluímos os 8 minutos do Nacional-Benfica, de dia 6 de outubro, que foi iniciado mas acabou suspenso devido a nevoeiro na Choupana. Mesmo não contemplando este desafio suspenso, que seria o sexto de Lage, e considerando, também, que o número de jogos das equipas varia em função da participação nas competições europeias e das datas das jornadas nos vários campeonatos, a conclusão é positiva para os benfiquistas.
Bruno Lage sentou-se pela primeira vez no banco a 14 de setembro para o Benfica-Santa Clara, que os encarnados venceram por 3-1. Seguiram-se mais quatro vitórias: na Sérvia frente ao Estrela Vermelha para a Champions (2-1), no Bessa com o Boavista para a Liga (3-0), na Luz frente ao Gil Vicente, também para o campeonato (5-1), e, finalmente, em casa, de novo na Liga dos Campeões, frente ao Atlético de Madrid (4-0), jogo realizado a 2 de outubro. Neste ciclo, o Benfica marcou 18 golos e sofreu somente três.
Olhando para os campeonatos de Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha, França, Turquia, dos Países Baixos, da Bélgica e da Grécia, entre 14 de setembro e 2 de outubro, apenas o Liverpool e o Aston Villa chegaram às cinco vitórias neste período, mas nos dois casos com seis jogos realizados cada um.
O Liverpool venceu cinco em seis, num ciclo iniciado com uma derrota frente ao Nottingham Forest por 0-1, precisamente no dia 14. Além de ter feito mais um jogo do que o Benfica, os reds marcaram 16 golos, menos dois que as águias, e sofreram quatro golos, mais um. O Aston Villa teve um empate depois de quatro vitórias consecutivas, frente ao Ipswich Town (2-2), mas a seguir venceu o Bayern Munique (1-0) na segunda jornada da fase de liga da Champions, a 2 de outubro. Marcou 14 golos, menos quatro que o Benfica; sofreu seis, mais três que os encarnados.
Esta comparação torna mais impactante a entrada de Bruno Lage, depois do despedimento do alemão Roger Schmidt. Lage assumiu precisamente depois de uma pausa para os jogos das seleções, como sucede nesta altura, mudou rotinas, tática e dinâmicas da equipa, mas com bons resultados.
Este sábado, o Benfica, através de publicações no site oficial, destacou precisamente o mês de Bruno Lage à frente da equipa. O trabalho refere a média de 3,6 golos marcados por jogo e de 0,6 sofridos; no campeonato, a média sobe para quatro golos por jogo (3,6). O Benfica fala em «postura dominante» da equipa frente aos adversários e sustenta a ideia com números — 59 por cento de posse de bola; 15,33 remates por jogos; 7 remates à baliza por jogo; 87,5 por cento de média de acerto no passe.
Nesta linha, frente a Santa Clara, Boavista e Gil Vicente, os encarnados tiveram uma média de 5,33 oportunidades iminentes de golo e, no plano defensivo, permitiram 2,33 remates à baliza defendida por Anatoliy Trubin.
O Benfica vive dias de sucesso. No regresso à competição, o próximo jogo das águias está marcado para dia 19, em Moreira de Cónegos, cada emprestada ao Pevidém para o jogo da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal.
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