quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

ANGELITO E MAIS DEZ



 "Já aqui escrevi, mais de uma vez, sobre Ángel Di Maria. Mas todas as palavras são poucas para expressar a admiração que sinto pelo astro argentino, o qual, a caminho dos 37 anos, continua a presentear-nos com exibições deslumbrantes como a doa passado sábado.

Di Maria é, continua a ser, um jogador muito acima do nível da liga portuguesa. Outros há, no nosso campeonato, de grande valor, mas que ainda têm de demonstrar que noutros contextos são tão eficazes como por cá. Di Maria já o fez, ao longo de uma sumptuosa carreira mas melhores equipas do mundo. E continua a fazê-lo, para nosso gáudio, no Benfica, sendo um privilégio poder vê-lo em campo com o manto sagrado.
Dele se diz que não defende. Eu pergunto se Lionel Messi ou Cristiano Ronaldo alguma vez defenderam, isto para não ir mais atrás no tempo (Maradona, Eusébio...), e cingir-me aos parâmetros do futebol moderno.
Com um jogador deste quilate no plantel, o que há a fazer é criar as melhores condições para ele poder brilhar e, com isso, fazer brilhar a equipa. É o quem tem feito Bruno Lage, que no plano físico o tem sabido gerir habilmente, e no plano táctico, com a colocação de Aursnes como médio interior direito, lhe deu a liberdade criativa de que necessitava. Os resultados estão à vista.
O que é mais espantoso em Angelito não é propriamente o seu talento - pois esse já há muitos anos havia sido revelado. O que é admirável é a vontade e a garra com que joga, parecendo um miúdo de 18 anos à procuro de se afirmar no onze. Aliás, Schjelderup disse tudo quando confessou ficar impressionado com a atitude competitiva do Mago - que ele vê, e bem, como exemplo supremo.
Muito gostaria que Di Maria permanecesse no Clube mais uma época. A correr como corre, a jogar como joga, não será fácil encontrar um 'jovem' que o substitua."
Luís Fialho, in O Benfica

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