Foi aprovada, por uma expressiva maioria, a nova ‘Magna Carta’ encarnada, que mexeu com alguns pressupostos tidos como ‘vacas sagradas’ dentro do clube. Faltou ser criada uma Assembleia Delegada, que fosse mais representativa dos sócios...
Do que foi aprovado, e que passará a constar da nova ‘Magna Carta’ encarnada, vários pontos merecem realce, por terem sido, até agora, considerados ‘vacas sagradas’ no universo benfiquista:
2 - O facto de as Casas do clube deixarem de ter direito a voto (o que não tem nada a ver com os associados ‘per si’).
3 - O fim da necessidade de 25 anos de sócio para ser presidente do Benfica, baixando essa fasquia de fidelização para a década e meia;
4 - E, ‘last but not least’ a garantia de que, à imagem do que sucede na República, só será presidente quem tiver a maioria absoluta dos votos, o que em muitas circunstâncias poderá levar a uma segunda volta. Apesar de saber que as eleições nos clubes têm muito a ver com as conjunturas criadas pelos resultados desportivos da equipa principal de futebol, e que há exemplos de presidentes eleitos com 90 por cento dos votos não terem durado mais de um ano, não deixa de ser democraticamente justo e clubisticamente agregador aprovar esta alteração.
Pena é que não tenha sido contemplada a criação de uma Assembleia Delegada, que fosse mais representativa do universo de sócios, que acaba de atingir os 400 mil. Até porque, nos novos estatutos, o atual modelo de AG, que muitas vezes não acolhe mais do que um milhar de associados, passa a ter um peso maior na manutenção e queda das Direções, através da aprovação das contas. O que pode vir a transformar-se num foco de desestabilização.
José Manuel Delgado, in a Bola
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