"Na última jornada, o FC Porto foi a Braga conseguir um resultado que, embora deprimindo os seus adeptos, manteve o clube na corrida ao título. O Benfica venceu mas, ao não golear o Marítimo, não se colocou em posição mais confortável. Pedro Santos, ao falhar aquele penalty, manteve o FC Porto vivo nesta luta pelo título nacional.
Curiosamente, numa semana de dislates permanentes, Nuno Espírito Santo e Rui Vitória mantiveram o nível de civilidade e desportivismo de uma boa luta desportiva. De facto, embora os treinadores digam o contrário, o jogo de Alvalade é decisivo para as aspirações do Benfica e FC Porto. A vantagem que se adquiriu na última jornada foi haver, agora, dois resultados que servem ao Benfica e apenas um ao FC Porto. Ao Sporting não há nada que sirva, porque se transformou num clube ao serviço de terceiros, e títulos já só os de jornal. As suas conquistas já são só estas, impedir que o seu outrora adversário ganhe tanto ou ganhe tudo.
O Benfica terá um jogo muito diferente em Alvalade, Jorge Jesus é um treinador experiente e o regresso de Adrien dá muita qualidade àquele meio campo. Vai ser também por isso um desafio de máxima exigência. Só assim encarado pode este desafio ser vencido.
Faltam pois dez jogos, cinco ao Benfica e cinco ao Porto, mas há um que significa bem mais que um jogo. É amanhã em Alvalade. A recuperação de Jonas e ter Fejsa na plenitude seriam notícias muito boas para o lado encarnado. Bem merecíamos algum fortuna neste mar de leões que foi a época.
Não nego simpatia pelo Real Madrid, gosto que o Real ganhe, gosto que Ronaldo marque e vença, mas aquele jogo contra o Bayern foi uma batotice pegada. Não gosto de futebol assim, nem de vencer assim."
Sílvio Cervan, in a bola
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