quinta-feira, 9 de maio de 2019

VAI SER AGORA!


be"Rio Ave - senhor da rasteira pregada ao FC Porto - e Benfica (que Benfica?...) decidirão este título. Champions: uauuuuu!!!



Vila do Conde, só duas semanas após ter rasteirado o FC Porto, volta a ser chave da conquista do título quando permanece de gritos o já curtinho sprintpara a meta. Faz lembrar nada longínquo e tão empolgante despique entre Benfica (Rui Vitória) e Sporting (Jorge Jesus), quando foi batido recorde de pontos num campeonato!
Agora, para haver reviravolta, o Rio Ave terá de pegar ao Benfica rasteira ainda mais violenta do que aquela com que mimoseou o FC Porto - isto, claro, desde que o Nacional, quase, quase despromovido, não provoque máximo escândalotravando o FC Porto!


Evidente: Rio Ave, confortável no 7.º lugar, está em alta. Nos últimos 4 jogos, 3 triunfos (2 fora de casa, face a Belenenses e Moreirense...) e o tal empate que tanto abalou o reino portista. Mesmo assim, questão de fundo é esta: que Benfica, no previsto seu derradeiro dia de sim ou sopas?
Pertinente questão porque o líder - frise-se: detentor de intenso mérito na espectacular recuperação sob égide de Bruno Lage - tem andado a provocar fortíssimas acelerações cardíacas nos adeptos. Empate em Vila do Conde deve bastar-lhe... Mas será que vai entrar em campo com esse objectivo, como fez - e tão mal lhe correu! - noutros dias D, vide 2.ª mão da Taça (Alvalade) e da Liga Europa (Frankfurt), quiçá ainda mais chocantemente na 1.ª parte em Braga? Esse Benfica que desatou a vaguear entre insólitos quase nada e súbitos/brilhantes tudo... (último exemplo frente ao Portimonense, na Luz, acordando ao cabo de uma hora ultra penosa) muito se arrisca, se insistir em tal erro de cálculo, a ver cumprido o ditado de que tantas vezes o cântaro vai à fonte... até que se parte.
Bruno Lage construiu Benfica que brilha na vertigem ofensiva (65 golos nas 17 jornadas com ele ao leme, média de quase 4 por jogo!, mais 28 do que o FC Porto no mesmo período!). Absoluta verdade: equipa forte candidata a campeã tem de possuir equilíbrios tácticos e estratégicos ao longo dos jogos, sendo fundamental defender bem (sem isso, ganha-se vários jogos, não se ganha campeonato). Mas compreende-se mal que ressuscitado Benfica tenha vindo, nos últimos tempos, a abdicar do estilo audaz que o projectou para o topo, somando confrontos em que arranca receoso, encolhido, assim permanecendo muito tempo - e daí... cair nas aflições de estar mesmo subjugado, grosso desaire muitíssimo à vista. Depois, acaba por reagir, atira-se para a frente e é um ver te avias... aplicando goleadas (no campeonato...) quando já ninguém tal esperava! Porém, em fria/objectiva análise, isso não faz esquecer tão intensos, e prolongados, ataque de treme-treme.
Depois do enorme susto benfiquista durante uma hora de firme superioridade portimonense na Luz (podia ter feito 0-2 e 0-3!), ouvi e li justificações com inexperiência dos jovens. Sim, Ferro (20 anos), Florentino (19), João Félix (19) e Gedson (20 - suplente utilizado já com triunfo definido) não possuem a maturidade competitiva existente no FC porto, sendo naturalíssimo acusarem tremenda pressão psicológica de o tão ambicionado título lhe estar nas mãos... (ai o medo de falharem!).
No entanto, para além disso, vejo, no Benfica, um problema táctico...: sistema com apenas 2 médios centrais (e sem a capacidade atlética de Danilo-Herrera - amiúde, também Otávio - no FC Porto) cria buracos no meio-campo quando a global dinâmica se esvai - défice numérico na zona crucial para controlo do jogo; em simultâneo, a quantidade de corpo perdidos, dando imediata posse de bola ao adversário, é enorme! Por regra, tudo muda quando Pizzi se assume mesmo como médio e o sistema passa a 4-3-3... (João Félix mais num flanco, agora normalmente o direito - era o esquerdo no tempo em que Rui Vitória começou a lanço-lo).
Actual Rio Ave longe de ser pera doce... Ele e, sobretudo, o Benfica - lá está: que Benfica?... - decidirão este título.

Champions fabulosa! Liverpool e Tottenham, o poderio do futebol inglês cavalgando para grande final com empolgantes reviravoltas que ficarão históricas= Magia! Épicos festivais de alma, grande futebol e, sim, magia!


Liverpool, mesmo sem 3 titularíssimos (sobretudo Salah e Firmino, máximas estrelas atacantes), arrasou Barcelona! Carismático treinador Jurgen Klopp e carismático público no lendário inferno de Anfield fizeram excelentes jogadores acreditar no necessário 4-0!!!
Tottenham, em casa de estupendo Ajax, a perder 2-0 ao intervalo (3-0 nos 2 jogos...), foi buscar garra, técnica, poder atlético e... sem o ponta de lança Kane, virou tudo com 3 golos! Épico, como fora no 4-3 que eliminara o City. Também o líder Pochettino tem de possuir muito especial carisma!


Viva a magia deste futebol fantástico espectáculo!"

Santos Neves, in A Bola

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