"Com 7 pontos de avanço sobre o segundo classificado e 17 sobre o terceiro, há razões para os benfiquistas sorrirem, mas sem festejos antecipados ou faixas de reservado. Falta meio campeonato e muito jogo ainda por disputar - dentro e fora de campo. Se nos relvados já mostrámos que somos superiores em qualidade, pontos, golos marcados, golos sofridos, plantel ou treinador, fora dele a luta promete ser ainda mais dura. Desesperados pelos maus resultados, quem vem atrás vai querer fazer tudo para se chegar à frente. E nós sabemos bem o que isso significa, não têm feito outra coisa na sua história recente: viagens a Budapeste, plantação de notícias, pressão sobre árbitros, tem havido de tudo. Ao primeiro deslize, as forças obscuras vão continuar com as garras de fora, daí a necessidade de estarmos todos a puxar para o mesmo lado.
Como bem sabemos, isso nunca irá acontecer, todos a ir no mesmo sentido. Num clube com a dimensão do SL Benfica, as opiniões contrárias vão sempre existir - fazem parte do processo democrático - e se, quando bem intencionadas, as críticas são positivas, já quando cheiram a desespero só caem mal. No fundo, é o mesmo desespero que os nossos rivais sentem quando ganhamos, mas em tons vermelhos. Os críticos internos da direcção do Glorioso vivem momentos muito complicados neste fim de primeira volta.
Como benfiquistas que dizem ser, acredito que estejam a sorrir (à semelhança de todos nós) com a vantagem pontual da equipa principal de futebol masculino e a boa forma das restantes equipas de homens e mulheres do clube, mas não conseguem nunca ultrapassar o mal-estar de estes momentos históricos terem um responsável: Luís Filipe Vieira. Preparemo-nos portanto para mais quatro meses sem tréguas, com anúncios pífios de candidaturas, com tempos de antena em canal aberto e de guerra declarada por parte de comentadores descompensados com dificuldade em manter a saliva dentro da boca. Haja paciência, meus caros, porque futebol não nos falta. E é isso que lhes custa. Carrega Benfica! Um jogo de cada vez, como diz o Mister."
Ricardo Santos, in O Benfica
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