"Deste vez sou totalmente a favor de não se disputar a final da Taça de Portugal no Jamor. É impossível sentir aquela magia singular sem os cânticos de fundo conduzidos por cerveja e vinho tinto, as bifanas temperadas com pó da mata, e a incerteza se a fila de entrada nos levará para dentro do estádio ou para o hospital mais próximo tendo em conta a confusão que ali se instala quando se aproxima a hora do jogo.
Sem estes aperitivos, mais vale discutir o jogo noutro recinto. Tendo em conta o histórico, acho que o espaço ideal seria o Estádio do Dragão, onde o Benfica apresenta um registo 100% vitorioso em finais da prova-rainha, tendo vencido o FCP por 0-1 na época 1082/83 (Estádio das Antas). Mas a verdade é que jogo não será no Jamor nem no Dragão: vai ser em Coimbra. Assim, em campo neutro, o duelo deverá ser mais equilibrado. O Benfica não tira proveito de jogar no Porto, onde mantém o tal registo imaculado em finais da Taça, e Sérgio Conceição poderá participar na decisão de troféu longe do Jamor - já todos percebemos que o treinador do FCP não nasceu para disputar finais no Estádio Nacional (SC Braga 2-2 Sporting, 2015; Sporting 2-2 FCP, 2019).
Há ainda um dado interessante: o Benfica e o FCP já se encontraram nesta fase da competição em nove ocasiões, e apenas por uma vez o troféu não seguiu para a Luz. Espero que a responsabilidade dos jogadores iguale a exigência dos benfiquistas, recompensando os adeptos pela inexplicável quebra de rendimento na segunda volta da Liga. Neste ano não há festa da Taça, mas pelo menos que haja festa do Benfica - em casa, claro."
Pedro Soares, in O Benfica
Para ganharmos, Veríssimo e os nossos jogadores têm de ter em mente que vão enfrentar inimigos, que vão entrar raivosos e dar porrada, jogando com o beneplácito do árbitro e do Var amigos, que estão fartíssimos de nos roubar. É de uma batalha que se trata, e uma batalha só pode ser vencida por guerreiros que não viram a cara à luta, que não têm medo dos adversários, dos árbitros e do Var, e que dão tudo o que têm para dar em campo. É de coragem, de raça, de chama imensa e de muito espírito de sacrifício, além de competência e de uma grande concentração nos noventa e tal minutos, que necessitam para vencer a 27ª Taça de Portugal. Deem-nos isso! Acreditamos em vocês.
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