Começa a ser uma tortura e um pesadelo. Ao fim de dez minutos a vê-los jogar assim, a gente já sabe que vai sofrer outro desgosto. Não sabem jogar de outra forma, viciaram-se nesta: jogo mansarrão, mastigado (lado-lado-trás-lado-atraso para o guarda-redes), uma trapalhada no meio-campo, afunilamento do ataque para o centro da área, fintas e passes curtos frente a uma muralha, bola perdida – tudo mais que previsível. Os cantos (9, ontem!) e os livres são de futebol amador e inofensivos, não há centros das laterais, não há remates de fora da área. Isto será modelo de jogo de equipa de um clube como o Benfica, um modelo que é sempre, sempre o mesmo, que não muda nada estejamos a ganhar, empatados ou a perder e que já está mais que visto e sabido pelos adversários? Qual é a equipa que hoje não nos humilha e tira pontos? Qual? Os jogadores têm culpa, porque, não sendo nenhuns craques (o Benfica atual não tem nem um para amostra), podem fazer melhor, já os vimos fazer muito melhor. Faz um ano (não venham agora com a desculpa esfarrapada de que a culpa é do COVID que os afetou) que o que nos dão é o que nos deram ontem - desgostos. Mas a equipa técnica tem ainda mais culpas, porque não apresenta alternativas ao modelo, porque é incapaz de preparar estratégias e jogadas novas, de motivar os jogadores, de lhes incutir crença, objetividade e competitividade, de tirar de cada um o melhor que tem para dar ao coletivo – o Benfica não tem uma equipa de futebol, tem jogadores sem confiança, descrentes e desmotivados, a tratar mal a bola, a falhar dúzias e dúzias de passes e a jogar desgarradamente, inofensivos e improdutivos que dá dó de ver. Mas o réu principal do descalabro é o visionário Vieira. A vertigem de vender, vender, o desinvestimento continuado na equipa, as compras que só ele e os seus fiéis apóstolos entendem (ou engolem em seco!), sem ter em conta as carências e os desequilíbrios evidentes do plantel vai em cinco épocas, deu nisto. Dá nisto, a fé cega, fanática, irracional nos salvadores da pátria. A princípio, quando muitos benfiquistas já defendiam que Vieira estava a dar as mãos a adversários falidos e a amigos pessoais inimigos do Benfica, não quis acreditar. Mas cada vez mais me convenço de que tinham razão. Dou-lhes razão. Primeiro deu a mão ao Oliveira (contrato desfavorável com a NOS) e ao Porco (destroço da equipa e desinvestimento para o penta), e depois deu-a aos da 2ª circular (cedência de Nuno Santos, desinteresse por Pedro Gonçalves). Se a análise estiver correta, ficará a pergunta: por que raio um presidente do Sport Lisboa e Benfica daria a mão a inimigos declarados que nos querem afundar, em prejuízo do próprio clube? Hã? Uma palavra para os 62% de indefetíveis do presidente e desta direção: ainda têm fé neles?
Começa a ser uma tortura e um pesadelo. Ao fim de dez minutos a vê-los jogar assim, a gente já sabe que vai sofrer outro desgosto. Não sabem jogar de outra forma, viciaram-se nesta: jogo mansarrão, mastigado (lado-lado-trás-lado-atraso para o guarda-redes), uma trapalhada no meio-campo, afunilamento do ataque para o centro da área, fintas e passes curtos frente a uma muralha, bola perdida – tudo mais que previsível. Os cantos (9, ontem!) e os livres são de futebol amador e inofensivos, não há centros das laterais, não há remates de fora da área. Isto será modelo de jogo de equipa de um clube como o Benfica, um modelo que é sempre, sempre o mesmo, que não muda nada estejamos a ganhar, empatados ou a perder e que já está mais que visto e sabido pelos adversários? Qual é a equipa que hoje não nos humilha e tira pontos? Qual?
ResponderEliminarOs jogadores têm culpa, porque, não sendo nenhuns craques (o Benfica atual não tem nem um para amostra), podem fazer melhor, já os vimos fazer muito melhor. Faz um ano (não venham agora com a desculpa esfarrapada de que a culpa é do COVID que os afetou) que o que nos dão é o que nos deram ontem - desgostos.
Mas a equipa técnica tem ainda mais culpas, porque não apresenta alternativas ao modelo, porque é incapaz de preparar estratégias e jogadas novas, de motivar os jogadores, de lhes incutir crença, objetividade e competitividade, de tirar de cada um o melhor que tem para dar ao coletivo – o Benfica não tem uma equipa de futebol, tem jogadores sem confiança, descrentes e desmotivados, a tratar mal a bola, a falhar dúzias e dúzias de passes e a jogar desgarradamente, inofensivos e improdutivos que dá dó de ver.
Mas o réu principal do descalabro é o visionário Vieira. A vertigem de vender, vender, o desinvestimento continuado na equipa, as compras que só ele e os seus fiéis apóstolos entendem (ou engolem em seco!), sem ter em conta as carências e os desequilíbrios evidentes do plantel vai em cinco épocas, deu nisto. Dá nisto, a fé cega, fanática, irracional nos salvadores da pátria. A princípio, quando muitos benfiquistas já defendiam que Vieira estava a dar as mãos a adversários falidos e a amigos pessoais inimigos do Benfica, não quis acreditar. Mas cada vez mais me convenço de que tinham razão. Dou-lhes razão. Primeiro deu a mão ao Oliveira (contrato desfavorável com a NOS) e ao Porco (destroço da equipa e desinvestimento para o penta), e depois deu-a aos da 2ª circular (cedência de Nuno Santos, desinteresse por Pedro Gonçalves). Se a análise estiver correta, ficará a pergunta: por que raio um presidente do Sport Lisboa e Benfica daria a mão a inimigos declarados que nos querem afundar, em prejuízo do próprio clube? Hã?
Uma palavra para os 62% de indefetíveis do presidente e desta direção: ainda têm fé neles?