quarta-feira, 28 de abril de 2021

MAIS 3 PARA UMA ÁGUIA QUE POUCO PICOU

 


"Sem Taarabt para carrilar jogo e com uma circulação lenta, como já vem sendo hábito, este foi o Benfica com os problemas do costume em ataque posicional. Com uma linha de 3 centrais, Jesus procurou projetar Pizzi como segundo médio, mas o internacional português está muito longe de oferecer a rotatividade que se exige a um médio neste modelo de jogo. Não é forte a ganhar o espaço nas costas da linha média adversária e muito menos é agressivo em transição defensiva. Facilmente batido a expor a equipa a situações de inferioridade numérica no miolo.
A juntar a isso, a já habitual incapacidade de Seferovic em dar continuidade aos ataques encarnados. O suiço, apesar de provavelmente vir a ser consagrada como o melhor marcador do campeonato, tem claras deficiências na sua relação com a bola e a natural dificuldade em ligar com os colegas em seu redor.
Everton, com as costas mais protegidas por um sistema tático de maior densidade na retaguarda, a aparecer melhor enquadrado para poder aparecer no 1×1. A crescer individualmente, mesmo em mais uma noite muito pobre coletivo encarnado.
E o brasileiro acabou por ser prejudicado pela incapacidade da equipa da casa em controlar o encontro e foi por isso que Jesus, ao perceber que tinha que tentar nivelar o posicionamento da linha média ao colocar Chiquinho. O médio ex-Moreirense, que acrescenta algo de positivo sempre que entra, acabou poe trazer a sua equipa novamente para a vantagem ao minuto setenta e três, naquele que foi o primeiro remate enquadrado do Benfica no jogo. Elucidativo.
Prova do desinspiração Benfiquista foi o facto de ter tido em Diogo Gonçalves a sua melhor unidade ofensiva, quer a ligar quer a assistir.
Nota para mais uma exibição personalizada do Santa Clara frente a um dos três grandes, dividindo o jogo até final. Maior qualidade na zona de criação poderia ter dado um destino diferente a um encontro que o Benfica não teve controlado. Defensivamente, novamente Alano numa posição híbrida a fechar linha de cinco e organização defensiva e o e Lincoln a juntar-se à primeira linha pressão, na frente, a condicionar o início de transição do Benfica.

Destaques Individuais
Crysan e Lincoln foram os principais desestabilizadores do conjunto açoriano. Criaram e finalizaram o suficiente para serem felizes. Faltou a eficácia para outro destino
Diogo Gonçalves foi um oásis num deserto de ideias do Benfica. A afirmar-se, sobretudo ofensivamente, no modelo que mais favorece as suas características."

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