sábado, 30 de abril de 2022

EXIBIÇÃO SOFRÍVEL



 Em dia de estreias houve cabeça para o triunfo

Sandro Cruz (titular) e Tiago Gouveia (suplente utilizado) realizaram o primeiro jogo pela principal equipa do Benfica, que ultrapassou o Marítimo, na Madeira, por 0-1.
Um golo de Darwin no arranque do desafio deu os três pontos ao Sport Lisboa e Benfica na viagem à Madeira para disputar, diante do Marítimo, a 32.ª jornada da Liga Bwin. Jovens da Formação, Sandro Cruz e Tiago Gouveia estrearam-se pela equipa A das águias.
Com o regresso às vitórias no horizonte, o treinador do Benfica, Nélson Veríssimo, fez quatro alterações face ao onze que iniciou o encontro com o Famalicão (0-0). Saíram Gilberto, Grimaldo, Diogo Gonçalves e Gonçalo Ramos, entraram André Almeida, Sandro Cruz – em estreia absoluta –, João Mário e Everton; Vasco Seabra, do lado insular, também mudou cinco peças: Diogo Mendes, Pelágio, Xadas, Henrique Rafael e Alipour, fazendo entrar de início Beltrame, Ivan Rossi, Guitane, André Vidigal e Joel Tagueu.
Entrada eficaz do Glorioso. Interceção de Gil Dias na saída de bola do Marítimo para o ataque, o camisola 31 esgueirou-se para área, rematou, Paulo Victor defendeu e Darwin, na recarga, de cabeça, a inaugurar o marcador (2'). 0-1 no Estádio do CS Marítimo e o uruguaio a apontar o 26.º golo na Liga Bwin.
Com o nulo desfeito, a partida ganhou ainda mais vida, com o Marítimo a estender-se nas quatro linhas e a acercar-se com perigo da área encarnada. Os verde-rubros utilizavam, sobretudo, o corredor central e o flanco esquerdo para criarem mossa na águia. O Benfica, por sua vez, permitia a subida maritimista com bola para tentar surpreender em transições rápidas e na exploração da profundidade, aproveitando a velocidade de Darwin, Gil Dias e Everton para atacar o reduto mais recuado dos comandados por Vasco Seabra.
Atrevidos no terreno de jogo, os insulares assustaram aos 5'. Beltrame rematou à entrada da área, com a bola a passar perto da baliza defendida por Odysseas. Os lances de verdadeiro perigo não abundavam, mas o jogo estava interessante de seguir, com poucas paragens e jogado a um ritmo alto. Ainda assim, foi de novo o Marítimo a rematar, aos 22'. Lance de insistência após pontapé de canto e Cláudio Winck, de forma acrobática, a tentar surpreender.
Mesmo na frente do marcador, o Benfica queria mais e, aos 25', o remate forte e cruzado de Darwin passou a centímetros do poste da baliza defendida por Paulo Victor. Encarnados estavam na frente, controlavam as incidências da partida e "mais fácil" ficou aos 42'. Cláudio Winck foi imprudente numa disputa de bola com Sandro Cruz, entrou de forma dura sobre o lateral-esquerdo e viu o cartão vermelho mostrado pelo árbitro Hélder Malheiro.
Antes do intervalo, aos 45'+1', destaque para mais um lance de frisson junto da área maritimista. Combinação entre Gil Dias e Darwin na direita, cruzamento tenso do uruguaio, mas João Mário, em boa posição, não conseguiu emendar para o golo. Ao intervalo, Benfica a vencer, por 0-1.
O Benfica veio melhor dos balneários, entrou mais acutilante, postura que surpreendeu os comandados por Vasco Seabra. Mais bola, linhas subidas, maior pressão na saída de bola do Marítimo e os madeirenses a denotarem dificuldades naquilo em que se sentiam mais confortáveis: jogo apoiado e construção desde trás.
Aproveitaram as águias para levarem perigo à baliza insular, logrando, assim, o golo que desse mais volume e tranquilidade. Aos 49', após boa jogada coletiva, Paulo Bernardo, em ótima posição, disparou torto. O Marítimo era obrigado a jogar em transições. Numa delas, aos 57', André Vidigal – a ocupar a posição de defesa-direito após a expulsão de Cláudio Winck – subiu pelo corredor e cruzou para Joel Tagueu cabecear à figura de Odysseas.
O jogo continuava animado, em jeito de parada-resposta e, aos 60', foi a vez dos da Luz e de João Mário tentarem a sua sorte. Jogada de envolvimento, a bola a passar por vários jogadores até chegar a Darwin no flanco direito. Cruzamento do ponta de lança e o camisola 20, num pontapé de moinho, a atirar ao lado. Faltava pouco menos de meia hora para o jogo terminar e era tempo de começar a mexer…
O primeiro técnico a recorrer ao banco de suplentes foi Nélson Veríssimo. Gonçalo Ramos foi lançado aos 62' e, volvidos 10 minutos, aos 72', entraram Valentino e Tiago Gouveia, noutra estreia absoluta pela equipa principal. Já Vasco Seabra, apesar de jogar com 10 elementos desde os 42 minutos, apenas aos 74' mexeu nas peças, lançando Clésio e Alipour no encontro.
Equipas refrescadas e, uma vez mais, o Benfica com perigo. Darwin recebeu o esférico à entrada da área, armou o remate, mas Paulo Victor sacudiu (75'). O jogo caminhava a passos largos para o fim, Vasco Seabra queimava os últimos cartuchos com as entradas de Miguel Sousa (85') e Henrique Rafael e Pelágio (89'), e ia sendo bem-sucedido nos descontos. Aos 90'+3', Vítor Costa rematou, a bola resvalou na defesa benfiquista, com Odysseas, atento, a afastar pela linha final e a manter o triunfo do Benfica no reduto do Marítimo, por 0-1.
As águias somam, agora, 71 pontos na classificação da Liga Bwin. Na próxima ronda, a 33.ª, há clássico no Estádio da Luz entre Benfica e FC Porto, agendado para as 18h00 de 7 de maio (sábado).

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