"Estamos, pelo terceiro ano consecutivo, nos quartos-de-final de uma competição europeia. Neste século, o Benfica foi o único clube português a consegui-lo, já depois de, entre 2010 e 2014, ter logrado cinco presenças seguidas nesta adiantada fase das provas.
No século anterior, só em mais duas ocasiões tal sucedera: de 1961 a 1963, e de 1992 a 1995.
Globalmente é, pois, a quarta vez que perfazemos este, digamos 'hat-trick'. O FC Porto alcançou-o apenas entre 1993 e 1995, e o Sporting nunca dele sequer se aproximou.
Acresce que esta edição da Liga Europa é, argumentavelmente, a melhor de sempre.
Desde que foi reformulada em 2009, a prova nunca teve, entre os seus últimos oito clubes, quatro antigos campeões. Estão em prova Benfica (2 títulos), Marselha (1 título), Liverpool (6 títulos) e Milan (7 títulos). Mesmo na anterior Taça UEFA, só em 1996 (Bayern, Barcelona, Milan, PSV e Nottingham) e em 2002 (Inter, Milan, Feyenoord, PSV e Dortmund) houve mais ex-campeões continentais nesta fase, ainda assim somando menos títulos entre si.
Estamos também perante a edição com mais equipas dos principais campeonatos europeus, os chamados 'big five'. Na verdade, todas, excepto o Benfica. Entre Liga dos Campeões e Liga Europa, dos 16 emblemas presentes, só o Glorioso não representa esses países (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França). Já nas duas temporadas anteriores o nosso clube se intrometera de modo singular no meio dos tubarões da Champions. Somos assim os resistentes a uma onda que cada vez mais concentra meios (e vitórias e títulos) nas ligas mais ricas.
Na última década, nenhuma equipa portuguesa chegou a quaisquer meias-finais europeias. Devemos fazer os possíveis, e até os impossíveis, para lá chegar. Depois... logo se verá. Os sonhos não pagam impostos."
Luís Fialho, in O Benfica
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