Benfica SAD: resultado líquido positivo de 40,3 milhões de euros
Relatório e Contas do 1.º semestre do exercício 2024/25 comunicado à CMVM.
A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD comunicou nesta quinta-feira, 27 de fevereiro, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) o Relatório e Contas do 1.º semestre do exercício de 2024/25. O resultado líquido do período ascende a 40,3 milhões de euros positivos, o que representa uma melhoria de 22,2 milhões de euros face ao período homólogo do exercício de 2023/24.
Este resultado traduz crescimento pelo 4.º ano consecutivo no 1.º semestre, cenário que se justifica pelo impacto positivo do resultado obtido com transações de direitos de atletas, controlo de custos e receitas sustentadas.
Os rendimentos operacionais (excluindo transações de direitos de atletas) atingem os 105,7 milhões de euros, o que representa uma redução de 0,7% face aos 106,4 milhões de euros apresentados no período homólogo. Importa referir que "apenas" 39,7 milhões de euros de prémios da UEFA foram reconhecidos nas contas até dezembro (-8,5% face a 2023/24).
Ou seja, nas contas do próximo semestre, haverá o acréscimo de 32,1 milhões de euros, reconhecidos em janeiro/fevereiro, o que perfaz, até aos oitavos de final, um total de 71,8 milhões de euros.
De destacar o crescimento nos rendimentos com matchday em +14,8%, face ao valor de 20,2 milhões de euros registado neste período, o que equivale ao melhor registo num 1.º semestre. Já nos rendimentos com commercial, o montante foi de 19,5 milhões de euros (-5,4% face ao período homólogo). Em patrocínios, houve um incremento de 7,1%.
Os rendimentos totais ascendem a 214,3 milhões de euros, o que representa um crescimento de 18,8% face aos 180,4 milhões de euros apresentados no período homólogo.
Esta variação é justificada pelo aumento dos rendimentos com transações de direitos de atletas, que representaram 104,1 milhões de euros no presente semestre, o que significa um crescimento de 52,4% face aos 68,3 milhões de euros registados no período homólogo. Este é o 2.º melhor registo obtido num 1.º semestre (o melhor foi em 2019/20).
Os gastos operacionais (excluindo transações de direitos de atletas) equivalem a um montante de 142,9 milhões de euros, o que representa um ligeiro crescimento de 2,7% face ao valor de 139,2 milhões de euros apresentado no período homólogo. Este é o menor aumento dos últimos anos.
Os gastos com pessoal cifram-se em 71,2 milhões de euros (+14,2% face ao período homólogo), incluídos 10 milhões de euros em indemnizações de equipa técnica e jogadores. Sem a variação das indemnizações, os custos teriam descido para 132 milhões de euros.
Por sua vez, o ativo corresponde a um valor de 594,5 milhões de euros, o que reflete um aumento de 5,2% face ao final do exercício anterior, no qual ascendia a 565,2 milhões de euros.
O passivo apresenta um valor de 472,3 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de 2,3% face ao final do exercício transato, sendo de realçar o rácio de 93% entre fornecedores e clientes, uma melhoria substancial face aos 65% em 30 de junho de 2024.
O capital próprio corresponde a um valor de 122,8 milhões de euros, o que representa um aumento de 49,9% face ao montante de 81,9 milhões de euros apresentado em 30 de junho de 2024, sendo esta melhoria de 40,3 milhões de euros justificada pelo resultado líquido deste semestre.
A dívida líquida foi reduzida em 2,8% traduzindo-se no montante de 196,1 milhões de euros.
OUTROS DESTAQUES E PERSPETIVAS FUTURAS
O capital próprio volta a superar o montante do capital social da Sociedade (115 M€).
Resultado do Mundial de Clubes visto como "extraordinário" e como contributo adicional para abater a dívida líquida.
Dívida líquida reduziu face a 30 de junho de 2024. O objetivo é que seja inferior em 30 de junho de 2025.
Cumprir confortavelmente Financial Sustainability.
Sem comentários:
Enviar um comentário