quinta-feira, 4 de agosto de 2016

CRÓNICA DE RUI GOMES DA SILVA


A PEQUENEZ É TANTA QUE ATÉ SE " AGIGANTAM " PEDINDO A MUDANÇA DO NOME DO ORGANISMO PARA TURISMO DE LISBOA... É O RIDÍCULO EM QUE CAEM.
Anthony Vyzzzaccaro, o adepto francês que, após a final do campeonato da Europa, estava desfeito em lágrimas e o pequeno Mathys, de 10 anos, que com a camisola de Portugal, o confortou, estiveram em Lisboa.
As imagens desse pequeno gesto de consolação emocionaram o mundo. Por força dessas circunstâncias, o Turismo de Portugal convidou-os a visitarem Portugal. Um bonito gesto, com a preocupação adicional de dar a conhecer alguns pontos de interesse do nosso País. Entre eles, como não poderia deixar de ser, Lisboa, Cascais e Óbidos. Nada de grave ou de anormal até aqui.
Ora, sendo o Estádio da Luz paragem obrigatória para qualquer turista que gosta de futebol (ainda mais se o relacionarmos com um Campeonato da Europa), para o adepto francês e para o pequeno português não poderia ser exceção. Tudo normal, até soarem os sinos dos Clérigos! Porque, para esses, o roteiro desses turistas deveria ser outro, chegando-se a qualificar a visita ao Estádio da Luz como "inaceitável", «dentro daquela ideia muito lisboeta que o clube da Luz é uma espécie de Luís XIV do desporto».
Por isso, a visita ao Estádio da Luz, que curiosamente foi pedida expressamente pelo adepto francês, não deveria ser concretizada. Mais: seria uma atitude de «bom senso» não o levar aquele que é um dos pontos de referência da cidade e de Portugal! Ora para esses mesmos, o Turismo de Portugal não deveria «misturar clubes numa coisa destas». Parece-me que essa reação é bem reveladora da falta de bom senso e do, sempre presente, complexo de inferioridade para Lisboa. A mesquinhez é tanta que vêem maldade em tudo, mesmo quando está em causa uma vontade expressa por alguém para visitar o Estádio da Luz. A pequenez é, também, tanta que até se agigantam a pedir a mudança de nome do organismo em causa, sugerindo um « Turismo de Lisboa».
Mas o mais grave de tudo é não perceberem no ridículo que caem. Sistematicamente. Já nem sequer os aconselho a ler a História de Portugal, de Oliveira Martins, para perceberem a importância de Lisboa « na nossa existência, como País». Mas sem esquecer que o futebol move grandes paixões, neste caso só estava em causa uma visita curta, cujo programa teve como objetivo dar a conhecer, não o País, de Norte a Sul, mas alguma diversidade e oferta do nosso património turístico. De facto só vê maldade nisso quem está em permanente busca de conflito (gratuito) e quem tem complexos de inferioridade. Só isso justifica a tacanhez da guerra travada com a capital do império. Como se não pertencêssemos todos à mesma Pátria.
Uma guerra que, surgida do Benfica vs Porto, é aplicável, de forma desmedida, a Benfica vs Porto (eu sei que os outros são mais pequenos, apesar de se porem sempre em bicos dos pés, mas não os devemos esquecer). Ainda assim não obstante essa visita não ser mal interpretada por pessoas de bem, o Turismo de Portugal teve a necessidade de esclarecer o óbvio!.
Porque - já agora não ficam sem uma recordatoriazinha - «inaceitável» é o que se ouve no âmbito do Apito Dourado, para prejudicar, invariavelmente, o Benfica. «Inaceitável» é falsificar resultados, negociar e reduzir castigos, oferecer «fruta» como prémio de certas arbitragens e ameaçar fisicamente quem ousa apitar sem falsear a verdade.«Inaceitável», é por isso, tudo o que nos últimos anos foi acontecendo, contra a verdade desportiva.
São livres de acharem e de escreverem o que quiserem.
SUPERTAÇA
Domingo todos a Aveiro. Para que, desta vez, conquistemos a Supertaça. No ano em que fomos tricampeões,começamos mal, com uma pré-época desastrosa e com o sentimento felizmente não generalizado de quem tudo ia perder. Acabámos, infelizmente, por perder o primeiro título da época, mas por ganhar o campeonato e a Taça da Liga e por fazer uma grande campanha na Liga dos Campeões. Este ano quero que esse caminho de vitória seja mantido.
Desde já quero ganhar a Supertaça, Pela frente espera-nos um Braga, forte, que vai querer (muito) conquistar este título. E que tem um treinador que quererá ganhar, até para mostrar isso ao outro lado, de onde vem. Com a consciência que faltam limar muitas arestas, de parte a parte, e de que os planteis ainda não estão fechados. E até ao encerramento do mercado a normal turbulência de início de época manter-se-á. Numa altura em que todas as equipas ainda apostam no futuro,fazem escolhas, compram e vendem. E a nossa não é exceção. Continuamos em busca de um grupo de trabalho, equilibrado e coeso, para que possamos dar muitas alegrias aos benfiquistas. Sabemos o que queremos e para onde vamos. Sabemos que, apesar de estarmos, naturalmente, ainda longe de termos uma equipa já definida, estamos a construir uma base sólida. A atitude de cada um dos nossos jogadores será fundamental. Só assim teremos a força de vencer. Tudo!
Sabemos quais os objetivos. Para que o essencial não falhe. Porque só queremos ganhar. E não apenas atingir esta ou aquela fase de cada competição. Tal como Cosme Damião nos ensinou. Porque ganhar é o limite e porque é a nossa obrigação, também esta época,conquistar tudo o que muitos ajudaram a ganhar! Sempre, com um grande adicional de alma, de mística e de muito querer, que renova a cada época. Que tudo isso se comece a concretizar, já no próximo domingo! Para que, depois, possamos rumar ao Tetra, às Taças de Portugal e da Liga e... a tudo o resto.
VAMOS A ISTO, BENFICA!
MONIZ PEREIRA
Morreu Moniz Pereira, reconhecidamente, um dos grandes Homens do Desporto. Uma distinta e reconhecida referência do atletismo português.
Um Homem que não sabia só de desporto, mas que fazia do desporto a sua vida.
E que o viveu de forma exemplarmente apaixonada. Destacou-se, essencialmente, como referiu Luís Filipe Vieira, pela defesa intransigente dos valores subjacentes ao desporto. Também por isso, um exemplo de dedicação, de competência e dedicação.
Porque, no fundo, é a vitória que nos move.
Paz à sua alma!

Rui Gomes da Silva in a bola

Sem comentários:

Enviar um comentário