sábado, 24 de setembro de 2016

O VIVEIRO DOS MILHÕES FEZ 10 ANOS


O SL Benfica comemorou, esta quinta-feira, o 10.º aniversário da entrada em funcionamento do Caixa Futebol Campus, o centro de estágio e formação do Seixal, que o presidente Luís Filipe Vieira apelidou recentemente de sua "menina dos olhos".
“É com muita alegria e orgulho que estou aqui hoje a comemorar os 10 anos desta casa. Aliás, era a casa dos nossos sonhos e conseguimos torná-la realizada. Para isso, não quero deixar de fora dois nomes que foram muito importantes para a construção deste sonho: o então presidente Manuel Vilarinho e o vice-presidente Mário Dias. São pessoas que deram muito ao SL Benfica e foram empreendedores desta obra”, começou por agradecer o presidente encarnado.
“Quero agradecer também a todos aqueles que têm colaborado com o SL Benfica, nomeadamente à Caixa Geral de Depósitos e à Câmara Municipal do Seixal. Têm sido grandes parceiros”, acrescentou.
Na realidade, na última década foi aumentada a capacidade da bancada do campo principal, onde joga a equipa B, de 1500 para mais de 2700 espectadores, foram construídos mais três campos de relva natural, um deles com uma bancada, tendo ainda sido edificados o simulador de treino 360S e as instalações do laboratório de alto rendimento (LAB).
Um centro de estágio que hoje abrange 19 hectares e que Luís Filipe Vieira já prometeu uma nova ampliação para breve.
“Queremos ir mais além. Queremos fazer crescer, cada vez mais, o Caixa Futebol Campus. Neste ano ou no próximo iremos dar mais e melhores condições de trabalho dentro desta casa para que venham a concretizar os vossos sonhos, que é chegar à primeira equipa do SL Benfica”, prometeu.
“Já concretizámos o sonho de construir esta obra para que vocês tenham a possibilidade e a felicidade de chegar à equipa principal. Esta obra é de todos os Benfiquistas e acreditem que é aqui que está o nosso futuro, está dentro desta casa. Estamos a fazer verdadeiros Campeões”, concluiu.
Antes da abertura do evento “Encontro de Campeões, realizado no 360S, treinadores e dirigentes juntaram-se a Luís Filipe Vieira para um almoço no Caixa Futebol Campus. 
Uma academia que tem agora como diretor-geral, Nuno Gomes, ex-jogador que acompanhou a evolução do espaço.
“Parabéns ao Benfica, ao Caixa Futebol Campus e a todos os que desde o início estão a trabalhar em prol do Benfica. Tive a felicidade de pertencer à primeira equipa que treinou aqui no Seixal, um centro que proporcionava e proporciona excelentes condições de trabalho”, começou por recordar o diretor-geral do Caixa Futebol Campus.
Em 2015, a academia recebeu o prémio Best Academy of the Year (melhor do ano), no Dubai. Numa década de existência, o centro de formação e treino continua a evoluir e é hoje um dos melhores do Mundo.
“É um prémio que nos enche de orgulho, é sinal de que estamos a trabalhar bem. Há muito poucas academias que em termos de condições de trabalho sejam melhores do que a nossa”, assegurou.
Um prémio para as instalações, mas sobretudo para o método utilizado para a formação de futebolistas, para o qual contribuem 27 treinadores em atividade diária, que orientam dez equipas de cinco escalões diferentes.
“De há uns anos a esta parte, depois da inauguração, as infraestruturas têm crescido e vão continuar a crescer para que se criem cada vez mais condições para continuar a evoluir. Mais e melhores condições de treino para os treinadores e jogadores. Aqui vive-se o Benfica todos os dias”, garantiu.
“Com muito orgulho aceitei este cargo, um cargo com muita responsabilidade mas sabia que estaria rodeado de pessoas competentes”, confessou.
Como vê o Caixa Futebol Campus daqui a 10 anos? “Usaria uma palavra que identificamos como a palavra correta que queremos para o nosso futuro: inconformismo. Estamos sempre à procura de mais e melhor. Queremos inovar e estar sempre na vanguarda do futebol moderno. Para a frente é que é caminho”, finalizou.
Em 10 anos, o Caixa foi o ninho de grandes promessas que já voam noutros palcos. Renato Sanches foi a sensação da última época mas houve Bernardo Silva, André Gomes, Ivan Cavaleiro ou João Cancelo. Outros, como André Horta, José Gomes, Gonçalo Guedes, Lindelof e Ederson, integram atualmente a equipa principal.


“Estamos na vanguarda”
“Primeiro, temos que enaltecer a visão do presidente na criação do Caixa Futebol Campus. Um dos momentos mais importantes para mim, enquanto homem ligado à Formação, foi quando o presidente, há dois anos, definiu claramente o nosso paradigma. Mais importante do que o resulto é a formação dos jogadores, quer como a equipa A, quer como mais-valias para aquilo que são os interesses do Benfica. Nós temos treinadores e procuramos visitar academias externas e internacionais e aquilo que vão dizendo é que o que nós estamos a fazer está na vanguarda. Isso dá-nos orgulho e responsabilidade de fazermos ainda melhor”, explicou o diretor-técnico do Caixa Futebol Campus, João Santos.
“Somos um grupo unido e forte. O nosso ideal é mesmo «juntos somos mais fortes» e portanto esse espírito é passado pelos jogadores”, garantiu.
Os treinadores dos escalões de Formação do SL Benfica estiveram no Seixal, a segunda casa de técnicos e de centenas de jovens jogadores.
O treinador dos Juniores, João Tralhão, fez questão de deixar uma palavra a cada um dos responsáveis pela construção do Caixa Futebol Campus.
“É uma obra inacreditável. Muita gente faz parte deste crescimento e parabéns a todos. As condições melhoraram muito desde há 10 anos para cá e os frutos desse crescimento são visíveis”, afirmou em declarações ao canal oficial do Clube.
“Não queria deixar de enviar uma mensagem de parabéns à estrutura mas acima de tudo às pessoas que trabalham na estrutura. Temos no Caixa Futebol Campus, um grupo de profissionais de enorme competência, de enorme dedicação, que tem feito ao longo destes anos um trabalho magnífico naquilo que é o contexto de Formação do Clube e cada vez mais naquilo que é o contexto de alimentar o futebol profissional do Sport Lisboa e Benfica”, disse Renato Paiva, técnico da equipa de Juvenis A, ao telefone com a BTV.
“Estou há vários anos no Clube. Cheguei ao Clube dois anos antes da inauguração do Caixa Futebol Campus e portanto nesse período sei o que passámos, sei o que fizemos, conheço as dificuldades de andar com a casa às costas”, lembrou, acrescentando: “Obviamente é um orgulho trabalhar nesta estrutura, é um orgulho fazer parte desta dimensão que o Caixa Futebol Campus atingiu, e queria mais uma vez dar os parabéns a todos os profissionais que aí trabalham.”
“Jogar e usar a camisola do Benfica tem o seu significado. Quando um atleta entra em campo com essa camisola representa não só aquilo que é a sua equipa mas toda uma história de um Clube”, acrescentou Luís Nascimento, técnico que orienta a equipa de Iniciados A.

Desde que foi inaugurado a 22 de setembro de 2006, o centro de estágio do Seixal tem vindo a crescer de forma sustentada e, hoje, já ocupa uma área de 19 hectares onde saltam à vista nove campos de futebol, onde se inclui o nº 1 que recebe os jogos da B.

Esta infraestrutura tem assim capacidade para receber 10 equipas em atividade diária provenientes de cinco escalões diferentes (infantis, iniciados, juvenis, juniores e seniores).

Como é natural, para assegurar o funcionamento de todo o centro de estágio, são necessários espaços de apoio que englobam cinco rouparias, três salas de fisioterapia, dois auditórios, uma cozinha com o respetivo refeitório, e salas de estudo e lazer de forma a permitir que os jovens possam prosseguir a vida académica. A título de curiosidade podemos adiantar que são servidas 300 refeições diárias e, por mês, são lavadas 16 toneladas de roupa.



Refira-se ainda que atualmente há 65 jovens a residir no Seixal, um número completado com mais 18 atletas que habitam com famílias de acolhimento escolhidas pelo clube. Para assegurar o funcionamento normal desta estrutura trabalham diariamente 27 treinadores e 76 funcionários.

Os títulos

Este investimento começa a pagar-se em títulos. Desde a inauguração do Seixal, o Benfica já conquistou na formação 51 títulos nacionais e distritais, salientando-se um de juniores, três em juvenis e quatro de iniciados. 

Infraestruturas:

Balneários. No total são 24 onde se incluem cinco destinados para árbitros. O trabalho diário das equipas, só por si, implica a utilização de quatro espaços

Quartos. O Seixal alberga 65 jovens, mas a equipa principal também estagia aqui e até o presidente tem o seu espaço

Estudos. A evolução atlética é prioritária, mas a vertente académica não é descurada e o centro de estágio está equipado com salas de estudo

Ginásio. No total há três, que são complementados com outras tantas salas de fisioterapia e espaços destinados a tratamentos
           

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