sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

HÁ SEMPRE UM DAVID NO FUTEBOL


Moreirense mostrou que há equipas de menor dimensão com bons jogadores e treinadores

SOBREVIVÊNCIA
1 Moreirense e Benfica promoveram minirevoluções nos respetivos onzes, os primeiros mais preocupados com o Campeonato, os encarnados dentro do que têm sido as opções nesta competição. Benfica entrou muito forte, marcou num belo lance de transição, no qual Jonas baixou no terreno, tocou para Eliseu, que, na esquerda, cruzou brilhantemente para Salvio concretizar. Foram 15/20 minutos por cima do jogo, com o Moreirense a sentir muitas dificuldades a sair da pressão em contra-ataques, porque Geraldes esteve muito próximo de Ramirez, faltando alguém para ligar o meio-campo e ataque. Benfica criou mais oportunidades, viveu muito dos desiquilíbrios, no interior ou nas faixas, de Salvio, mas faltou eficácia. O Moreirense, condicionando o jogo exterior do adversário, sobreviveu.

INÁCIO
2 As alterações de Augusto Inácio ao intervalo foram determinantes para o desfecho do jogo. Com trés jogadores velozes no ataque - Podence, Dramé e Boateng - e com Geraldes, agora em zonas mais recuadas a pegar no jogo e a beneficiar da intensidade de Fernando Alexandre, o Moreirense aproveitou as fragilidades do Benfica através da mobilidade e velocidade dos homens da frente. Esta transformação da equipa tem muito mérito do treinador. A equipa não só está a crescer no Campeonato como o David cresceu, ontem, contra o Golias. Os primeiros 15/20 minutos do Moreirense na segunda parte são diabólicos, E o Benfica foi apanhado de surpresa.



EMOÇÃO
3 O Benfica reagiu emocionalmente, Rui Vitória jogou com trés defesas (Lindelof, Jardel e Eliseu), quatro médios (Salvio, André Almeida, Pizzi e Zivkovic) e trés avançados (Jonas e Jiménez, com Rafa nas costas) e , a determinada altura, o jogo estava partido, com ocasiões para as duas equipas. Faltou clarividência aos encarnados e aos de Moreira de Cónegos, neste caso quando surgiam em contra-ataque e em superioridade numérica. Moreirense é um justo finalista. Provou que há equipas de menor dimensão bem organizadas, com bons jogadores e treinadores. E, para o futebol, é bom haver surpresas.

MITROGLOU
4 Não jogou, nem sequer estava convocado, mas nota-se, cada vez mais, que Mitroglou é fundamental na equipa do Benfica. Faltou aos encarnados presença na área do Moreirense e no corredor central, até porque Raúl Jiménez cai nos corredores laterais. apesar disso, continuou a jogar como se Mitroglou estivesse em Campo. Por outro lado, Carrillo ainda não é o Carrillo do Sporting. A+pesar de alguns bons pormenores, esteve muitas vezes fora do jogo. Voltou a perfer uma oportunidade de afirmação.

Vítor Manuel, in a bola

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