quarta-feira, 15 de março de 2017

UMA CRÓNICA PARA MUITO JUNTA LETRA APRENDER


A infinita paciência de Rui Vitória
O treinador do Benfica tem um jeito especial para lidar com a crítica. Nunca perde o controlo emocional, não se revolta com perguntas mais incómodas e, regra geral, mantém aquele registo afável. Um treinador que foi campeão na época de estreia e com o recorde de pontos na história do futebol português, que conseguiu dois apuramentos para os ‘oitavos’ da Champions (num dos casos, aliás, com chegada aos ‘quartos’), que conquistou três troféus no primeiro ano na Luz, que está na meia-final da Taça e que pode hoje voltar à liderança da Liga ainda é capaz de ouvir alguém questionar a qualidade do futebol da sua equipa e, mesmo assim, responder com uma paciência admirável.

Há especialistas em ‘teoria do futebol’ que continuam a insistir no velho argumento – sempre válido – de que uma equipa que apresente qualidade está sempre mais perto de vencer. O curioso é que alguns desses especialistas são os mesmos que criticam duramente Rui Vitória (muitas vezes com teorias coladas com cuspo) esquecendo-se que na Europa, nos últimos 18 meses, poucos ganharam tantas vezes quanto ele. E se está sempre mais perto de ganhar quem apresenta mais qualidade… há aqui qualquer coisa que não faz muito sentido.
Esta época há 3 equipas com um número anormal de golos marcados: Barcelona com 129, Monaco nos 123 e Real Madrid com 122. Há apenas mais uma equipa, entre as principais ligas, acima dos 100: o PSG, que ontem chegou aos 102. O Bayern está lá perto, com 98. Depois vem o Arsenal, com 95. E quem se segue? O Benfica e o Man. City, ambos com 93. À frente de Roma (88), Lyon (88), Ajax (85), Dortmund (83), Nápoles (83), Man. United (82), Tottenham (82), At. Madrid (82), Juventus (80), Chelsea (75) ou Liverpool (74). Futebol de equipa pequena, o Benfica?

Nuno Farinha, in record

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