"Os clubes não podem tolerar que os seus emblemas sejam usados como causa de marginais que fazem da violência uma razão de ser e estar.
O que é que uma rixa entre hooligns, marcada e concretizada para os arredores do estádio da Luz na madrugada do derby, tem a ver com Benfica e Sporting, tem a ver com futebol? O que terá acontecido em Lisboa nas horas pequenas do último sábado, não passou de uma história de violência gratuita, protagonizada por jovens (e alguns nem tanto) que encontram sentido na vida através de agressão e do confronto, formas peculiares de afirmação que transcendem fronteiras e encontraram até, nas claques, uma forma de Erasmus sob a capa do futebol e sem que nada tenham a ver com ele.
Uma morte e lamentar, perda irreversível e irreparável, até pela ausência de sentido da causa, constitui um dano que transcende toda e qualquer razão invocável. Porém, como as cenas que estiveram na origem da tragédia tiveram como pano de fundo uma alegada rivalidade clubística (creio que estamos em presença de indivíduos desformados que se não usassem os clubes como bandeira encontrariam outra qualquer razão que justificasse a sua propensão para a violência...), urge que, neste caso particular, Benfica e Sporting se demarquem dos prevaricadores, porque, que seja do conhecimento público, não houve qualquer jogo entre os dois emblemas de Lisboa, às duas e quarenta da manhã, no último sábado, nos arrabaldes da Luz.
E é aqui que chego à questão de fundo: Será que - e embora me refira ao caso que enlutou o derby, possa estender o raciocínio à generalidade dos emblemas - Benfica e Sporting estão dispostos a defender e avalizar as acções de grupos de indivíduos que sujam as bandeiras dos seus clubes com acções que não têm lugar em qualquer sociedade civilizada?
Para estes problemas há uma solução, que passa pela congregação de vontades. Da parte do governo, infelizmente, aquilo a que se assiste é a uma irresponsável inacção, maquilhada por palavras ocas e lugares comuns; dos clubes, ainda é pior, porque a falta de perspectiva é tão grande face à questão de fundo que acabam por constituir-se como porto de abrigo para os marginais que não fazem mais do que conspurcar a reputação de emblemas centenários.
PS - Inevitável a recusa de Luís Filipe Vieira ao convite de Bruno de Carvalho. Com aquela formulação não era para ser aceite...
ÁS
Vítor Oliveira
Como se festeja a décima subida de divisão? Só há uma pessoa que pode responder cabalmente a essa questão, Vítor Oliveira, treinador de um Portimonense finalmente regressado ao convívio dos maiores. Portimão, cidade de futebol, merece ter a sua equipa mais representativa na Liga. Parabéns!
ÁS
Rui Vitória
Correu bem o fim-de-semana ao treinador do Benfica. No sábado saiu de Alvalade com um ponto, depois de uma exibição muito personalizada, e no Domingo viu o FC Porto empatar no Dragão com o Feirense. Nada está ganho (aliás o Estoril tem um histórico na Luz de estraga-festas...) mas o Benfica aparece bem lançado...
ÁS
Nuno Manta
Jogou esta época duas vezes no Dragão e de lá saiu com outros tantos empates. Ontem, depois do jogo, foi um exemplo de serenidade e bom-senso, nunca se colocando em bicos de pé como sucede, infelizmente, com alguns dos seus colegas, que açambarcam um sucesso que é sempre colectivo. Vai longe este jovem treinador.
Quatro empates nos últimos cinco jogos da Liga...
«Vamos ser serenos, continuamos na luta. Mas é difícil explicar ao Dragão tantas falhas da equipa de arbitragem».
Nuno Espírito Santo, treinador do FC Porto
O FC Porto tem vacilado na corrida pelo título e perdeu oito pontos nos últimos quinze que disputou, sobressaindo os empates caseiros com V. Setúbal e Feirense. Ontem, Nuno Espírito Santo finalmente afinou pelo diapasão das críticas à arbitragem, ouvido amiúde à entourage azul-e-branca. Sinal de que está no último reduto das explicações, quando tudo ainda é possível...
'El Clásico'
Em noite de grande inspiração de Lionel Messi, o Barcelona disse presente nas contas da Liga espanhola e, com requintes de malvadez, calou o Bernabéu com um golo nos derradeiros segundos. Quando se pensa no Real Madrid, não se associa ao clube campeão europeu a noção de inexperiência. Pois foi isso que matou os 'merengues' na noite de ontem, surpreendidos em contra-ataque, quando jogavam com dez e tinham um empate, precioso para guardar. A equipa foi para a frente, desequilibrou-se e acabou derrotada, como um qualquer grupo de juvenis.
Dortmund: a ganância foi a causa do terror
Afinal não foi o Daesh o responsável pelo atentado de Dortmund. Um investidor na bolsa - um jovem psicopata que foi comer um bife depois da explosões - que queria ver as acções do Dortmund em baixa, engendrou um plano maquiavélico que acabou descoberto. O Mundo está louco."
José Manuel Delgado, in bola
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