Com 8 derrotas (e 4 empates) em 25 jogos oficiais, o Benfica chega a esta fase apenas com o campeonato e a Taça da Liga para disputar. Em termos desportivos, não seria certamente o esperado pelos responsáveis encarnados, mas por seu lado este calendário mais desafogado pode vir a ser uma vantagem, face aos rivais, na luta pelo título. Em paralelo, as águias encontram-se numa fase de algumas indefinições que a abertura do mercado pode ajudar a clarificar.
Este cenário é comum a todas as equipas. Sempre que surge um ciclo vitorioso, com muitas conquistas consecutivas, os clubes tendem a fazer um desinvestimento no plantel. Confiantes de que a base existente é suficiente para voltar a ganhar, e perante os constrangimentos financeiros das SAD’s, a tentação de "fazer o mesmo com menos" leva a essa tomada de decisão. Pode correr bem, mas também pode correr mal, porque os adversários também tentam tornar-se mais competitivos.
Face à saída de 3 jogadores nucleares da defesa (Ederson, Nélson Semedo e Lindelöf) e de um ponta-de-lança com características únicas no plantel (Mitroglou), o Benfica optou por não colmatar essas saídas com a vinda de jogadores capazes de ter rendimento imediato, ao nível do que era garantido pelos antecessores.
A legítima aposta em jovens valores é um trajeto que leva mais tempo, pelo que a entrada de nomes como Bruno Varela, Svilar ou Rúben Dias, obriga a um período de evolução que nem sempre se coaduna com as necessidades da equipa, caso os resultados não sejam positivos. É mais fácil valorizar ativos em momentos vitoriosos, veja-se os casos no passado de Renato Sanches ou Gonçalo Guedes, entre outros, do que em fases em que se está menos bem.
Tendo este plantel nas mãos, e depois de 2 anos de sucesso em que aplicou, com mérito, a fórmula que Jorge Jesus tinha implementado anteriormente no Benfica, Rui Vitória chegou à conclusão de que não tem jogadores para continuar a jogar no mesmo sistema tático. Assumiu um risco, ao mudar as ideias de jogo que foram trabalhadas ao longo de vários meses, passando a ter o 4-3-3 como estrutura preferencial, opção que trouxe melhorias à qualidade de jogo dos encarnados e que potencia as qualidades de Krovinovic, que dá mais imaginação e criatividade ao meio campo. Mas esta não é uma transição fácil e não surge de um dia para o outro.
A grande questão é perceber se este 4-3-3 tem pernas para continuar a crescer, ou se as movimentações das águias no mercado em janeiro serão feitas a pensar no regresso à fórmula inicial. Entretanto, a falta de um lateral direito capaz de dar mais profundidade ao jogo ofensivo parece ter sido detetada (de acordo com o que vamos vendo nas notícias). De resto, poderá fazer sentido a chegada de um médio centro (para cobrir as oscilações de forma de Pizzi) e de um avançado mais fixo para jogar na área.
Com um atraso de apenas 3 pontos para os rivais FC Porto e Sporting na liga, o Benfica está na luta (e numa situação bem melhor do que aquela em que estava há um mês) e aproxima-se de uma fase de decisões importante no que respeita a ajustamentos na sua equipa, ao mesmo tempo que vem aí o duelo com o Sporting, logo a abrir o ano, que pode muito bem determinar o caminho que a equipa irá trilhar na segunda volta, em termos de confiança e motivação. Uma coisa parece-me desde já certa: do ponto técnico e tático, Rui Vitória está a ter a temporada mais exigente e desafiante desde a sua chegada à Luz.
O Craque – Peça importante
Cristiano Piccini chegou esta época ao Sporting e rapidamente conquistou um lugar na lateral direita, posição em que os leões sentiram problemas no ano passado. O italiano tem sido uma das opções mais regulares (só falhou um jogo da liga portuguesa) e garantia de consistência defensiva, conseguindo também subir pelo corredor para apoiar na frente. Jogador alto, é também importante no jogo aéreo e, como se viu em Barcelona, pode ainda dar uma ajuda no centro da defesa. Tem sido uma peça importante no Sporting.
Cristiano Piccini chegou esta época ao Sporting e rapidamente conquistou um lugar na lateral direita, posição em que os leões sentiram problemas no ano passado. O italiano tem sido uma das opções mais regulares (só falhou um jogo da liga portuguesa) e garantia de consistência defensiva, conseguindo também subir pelo corredor para apoiar na frente. Jogador alto, é também importante no jogo aéreo e, como se viu em Barcelona, pode ainda dar uma ajuda no centro da defesa. Tem sido uma peça importante no Sporting.
A Jogada – Lenda viva
Depois do prémio The Best, atribuído pela FIFA, Cristiano Ronaldo completou o seu "penta" com a entrega da sua 5.ª Bola de Ouro. Trata-se do reconhecimento de um jogador que já é uma lenda viva da história do futebol, que ano após ano se tem mantido a um nível competitivo muito alto e que, além dos prémios individuais também tem contribuído para conquistas coletivas. E a vontade de ganhar mais troféus e ser ainda melhor continua intacta, como se estivesse no início da carreira. E os recordes continuam a ser batidos. Com o golo apontado esta semana, tornou-se o melhor marcador de sempre em Mundiais de Clubes. Notável.
Depois do prémio The Best, atribuído pela FIFA, Cristiano Ronaldo completou o seu "penta" com a entrega da sua 5.ª Bola de Ouro. Trata-se do reconhecimento de um jogador que já é uma lenda viva da história do futebol, que ano após ano se tem mantido a um nível competitivo muito alto e que, além dos prémios individuais também tem contribuído para conquistas coletivas. E a vontade de ganhar mais troféus e ser ainda melhor continua intacta, como se estivesse no início da carreira. E os recordes continuam a ser batidos. Com o golo apontado esta semana, tornou-se o melhor marcador de sempre em Mundiais de Clubes. Notável.
A Dúvida – Alargamento a caminho?
A reintegração do Gil Vicente na 1.ª Liga, após as decisões dos tribunais relativas ao "Caso Mateus" parecia estar definida para a época 2019/20, em função do memorando de entendimento subscrito por Liga, Gil Vicente e Belenenses. No entanto, a FPF pareceu dar a entender que pretende que esta situação seja resolvida de forma mais célere. A confirmar-se, falta saber que solução poderá ser encontrada para que isso aconteça. Teremos um alargamento do campeonato a 20 equipas na próxima temporada?
A reintegração do Gil Vicente na 1.ª Liga, após as decisões dos tribunais relativas ao "Caso Mateus" parecia estar definida para a época 2019/20, em função do memorando de entendimento subscrito por Liga, Gil Vicente e Belenenses. No entanto, a FPF pareceu dar a entender que pretende que esta situação seja resolvida de forma mais célere. A confirmar-se, falta saber que solução poderá ser encontrada para que isso aconteça. Teremos um alargamento do campeonato a 20 equipas na próxima temporada?
António Oliveira, in Record
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