"Os lucros sucessivos da SAD, assentes no sucesso desportivo e na rentabilização desportiva e financeira do investimento no Benfica Campus, permitiram quatro medidas fundamentais: Reestruturação do passivo, reduzindo o endividamento bancário para níveis residuais e decrescendo a taxa de juro média paga pela SAD por dívida contraída;
Redução suave, mas paulatina, do passivo da SAD;
Passagem integral do capital da Benfica Estádio e da BTV para a esfera do clube;
E, agora, o lançamento de uma oferta pública de aquisição do capital da Benfica, SAD de modo a que a posição do clube na SAD, via SGPS, seja ainda mais robusta e consolide o processo de devolução do clube aos sócios.
Todas estas medidas tornam o clube e a SAD mais independentes de terceiros, permitem à SAD focar-se na actividade para a qual foi criada, o futebol, e fortalecem a SAD face a tentações momentâneas de, por razões meramente circunstâncias, colocar em causa um aspecto essencial na natureza do Sport Lisboa e Benfica e suas participadas, que passa pela pertença exclusiva dos seus sócios.
Alguns poderão alegar que o dinheiro investido na OPA ou uma maior ligeireza ou ousadia na contratação de dívida permitiriam um nível de investimento na equipa de futebol mais arrojado no presente. Mas o Benfica não faz nem pretende fazer do adiantamento de receitas para suprir necessidades de tesouraria um modo de vida, nem tenciona colocar-se nas mãos da banca para sobreviver com recurso a reestruturações sucessivas, como são os casos dos principais adversários. Ganhar no presente é tão importante como garantir as condições para ganhar no futuro. O passado recente tem sido glorioso. O futuro continuará a sê-lo."
João Tomaz, in O Benfica
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