"O regresso de Jorge Jesus ao campeonato português não podia ter corrido melhor. Goleada fora de casa à equipa-sensação da última temporada, com nota artística bastante elevada. Foram cinco. Podiam ter sido seis, sete ou oito. Notou-se uma intensidade de jogo que já não víamos no Benfica há bastante tempo. Todos os jogadores em movimento, reacção rápida à perda da bola, triangulações rápidas e incisivas no ataque. Velocidade, força, alegria e eficácia. Os reforços apresentaram-se muito bem, com destaque para Waldshmidt - que foi porventura o melhor em campo, revelando por que motivo cabe nas convocatórias da poderosa selecção germânica. Mesmo sem marcar, também Darwin deixou boas indicações e pormenores que não enganam.
Falta certamente muito trabalho, e as coisas vão ainda melhorar. Estamos apenas no princípio.
Foi pena a eliminação de Salonica. Mas, mesmo aí, pese embora o resultado francamente penalizador, a equipa já havia evidenciado (mormente na primeira parte) algumas das características que Jesus pretende implementar. Falhámos golos, perdemos dinheiro, mas não perdemos a equipa e muito menos uma temporada que só agora está a começar, na qual estaremos em cinco competições, todas elas para ganhar. Seguem-se dois jogos em casa, com Moreirense e Farense. Infelizmente não poderemos estar lá, sentados nas bancadas, como gostaríamos. São estes os tempos que vivemos, em que a palavra distância tomou elevadas proporções em todas as facetas da vida.
Resta-nos assistir pela televisão, e esperar que os nossos jogadores nos possam compensar com duas vitorias e duas grandes exibições."
Luís Fialho, in O Benfica
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