domingo, 28 de fevereiro de 2021

Luís Filipe Vieira Entrevista à BTV - 28 Janeiro 2021

                                                   

VITÓRIA NO ANTRO AZUL



 Triunfo justo em clássico de incertezas e emoções!

O Benfica venceu o FC Porto, por 79-87, em jogo da 19.ª jornada da Liga Placard em basquetebol. Segue-se a receção ao Lusitânia.
Domingo de clássico! SL Benfica e FC Porto discutiram o duelo da 19.ª jornada da Liga Placard em basquetebol. No Dragão Arena, as águias, mais fortes e consistentes, triunfaram por 79-87.
É o clássico dos clássicos do basquetebol luso. Frente a frente, no norte do País, enfrentaram-se, neste domingo, FC Porto (2.º classificado, 33 pontos), e SL Benfica (4.º classificado, 32 pontos), com um ponto apenas a separar as duas formações.
No último embate a equipa nortenha levou a melhor nos detalhes, ganhando por quatro pontos de diferença (80-76 nas meias-finais da Taça Hugo dos Santos). À partida, o objetivo era retificar esse resultado e somar o triunfo no Dragão!
Primeiros dez minutos pautados pelo equilíbrio, com as duas equipas a equipararem-se. Dois estilos de jogo bem diferentes, a proporcionarem um bom encontro de basquetebol. Ao cabo do 1.º quarto, 22-19, explicado pela percentagem na eficácia de lançamento: 56% versus 46%.
Dois turn overs consecutivos dos encarnados marcaram o arranque do 2.º quarto, contudo, os azuis e brancos também erraram e o marcador teimava em mexer. Muita garra em quadra, mas por vezes mais com o coração do que com a cabeça. Com 30-24 Carlos Lisboa pediu time out para reorganizar o coletivo e não deixar os anfitriões fugirem no marcador. Mais assertivos, os dragões dilataram para 11 a vantagem, com o Benfica a responder já nos últimos minutos e o intervalo a chegar com um parcial de 38-37. Tudo em aberto!
Reatar e muito equilíbrio. Empates, alternâncias no marcador, com as duas equipas, olhos nos olhos, a não permitirem fugas. Com cinco minutos disputados, 47-50 para as águias. Com os encarnados muito focados, a assumirem as despesas da partida, Moncho López parou o jogo, mas Quincy Miller, da linha de lance livre, não tremeu e fez o 49-54. Agressivo na defesa, mentalmente forte no ataque, o Benfica disparou para 12 pontos de vantagem (49-61) obrigando a nova paragem por parte do técnico adversário. No fecho do 3.º quarto, 55-66, a premiar um Benfica consistente.
Derradeiros dez minutos de emoções, com o FC Porto a dar tudo em quadra (defesa a todo o campo) para reentrar na partida. Depois de um ímpeto inicial dos azuis e brancos, as águias pausaram o ritmo, gerindo em qualidade, contudo, sem aí conseguir evitar a perigosa aproximação do outro lado da barricada (71-75). Com cinco minutos para jogar, cinco pontos a separarem as equipas, incerteza, expectativa e tudo em aberto! A dois minutos do fim, Rafael Lisboa, com um triplo mais e dois lances livres, deu confiança e alento às águias para o que restava, com a equipa a segurar a vantagem. No final, triunfo justo da formação mais consistente: 79-87, num bom jogo de basquetebol.
A formação comandada por Carlos Lisboa, agora com 34 pontos somados, torna a entrar em quadra na próxima sexta-feira, 5 de março. O Benfica recebe o Lusitânia, numa partida referente à 20.ª jornada da competição, com início às 21h00, no Pavilhão Fidelidade.
FICHA FC PORTO-SL BENFICA, 79-87
Local Dragão Arena
Cinco inicial
do Benfica Quincy Miller, Eric Coleman, Betinho Gomes, Bryce Alford e Rafael Lisboa
Suplentes Scott Lindsey, Cameron Jackson, Guilherme Saiote, Hugo Silva, Fábio Lima, Tomás
Barroso, Arnette Hallman e Jaylen Key
1.º quarto 22-19
2.º quarto 38-37
3.º quarto 55-66
4.º quarto 79-89
Marcadores do
Benfica Quincy Miller (24), Eric Coleman (6), Betinho Gomes (13), Rafael Lisboa (17),
Cameron Jackson (14), Fábio Lima (3) e Tomás Barroso (10)

SL BENFICA | O IMPORTANTE CONTEXTO DAS EQUIPAS B



 "As equipas B voltaram a existir desde a temporada de 2012/2013 e é consensual que a criação destas para competir na Segunda Liga tornou-se numa mais-valia para o desenvolvimento dos jovens jogadores formados nas principais equipas portuguesas. No entanto, há uma questão que tem gerado discussão entre os adeptos: qual é a importância dos resultados na equipa B, e qual a sua influência no desenvolvimento dos jovens?

É evidente que as equipas B estimulam os jovens de uma forma que os outros escalões jovens não estimulam. Os jogadores têm o seu primeiro contacto com o futebol profissional, e enfrentam uma série de contextos que não enfrentam nos escalões anteriores. Enfrentam equipas muito mais experientes e que jogam mais resguardadas na defesa, procurando partir para o contra-ataque e jogar no erro do adversário, situações a que os jovens da formação estão pouco habituados.
Na Segunda Liga, todos os jogos são competitivos para estes jovens, enquanto que nos escalões jovens, em cerca de 40 jogos numa época, haverá cerca de dez que são competitivos. E a verdade é que, por muito talentosos que os jovens sejam, ao chegarem à equipa B na Segunda Liga, estes levarão tempo para se adaptarem a esta nova realidade e amadurecerem com a mesma e, com isso, é de esperar que, pelo menos numa primeira fase, os resultados não sejam os melhores.
Num clube como o SL Benfica, um jogador das camadas jovens tem ao longo do seu percurso uma percentagem de jogos ganhos na casa dos 90%. Ora, a equipa B do SL Benfica sempre teve uma taxa de vitórias inferior a 50% em todas as épocas. E dos treinadores que já passaram pela equipa B dos encarnados, Bruno Lage foi o único que teve uma percentagem de vitórias superior a 50%, muito graças ao facto de que, nos seis meses em que treinou a formação secundária dos encarnados, este contava com uma equipa-base composta por jogadores que já iam para a segunda ou terceira época na equipa B, e, como tal, já tinham alguma experiência de Segunda Liga.
Outra questão que também interfere nos resultados da equipa B é que, ao longo da semana, são frequentes as ocasiões em que há jogadores a ser chamados para treinar com a equipa principal, sendo que, com isso, o treinador da equipa B prepara os seus jogos sem saber com que jogadores pode contar. 
 Apesar de já ter havidos épocas em que o SL Benfica esteve perto dos lugares de descida, isso não impediu que a equipa B transitasse vários jogadores para a equipa principal, bem como para outros clubes da Primeira Liga, ou até mesmo para o estrangeiro. No entanto, também existem casos que demonstram o oposto.
Por exemplo, a equipa B do FC Porto que foi campeã da Segunda Liga em 15/16. Quantos jogadores se afirmaram na equipa principal? Apenas um, André Silva. E da equipa de sub-23 do CD Aves que conquistou a Liga e a Taça Revelação em 18/19, quantos jogadores estão a competir na Primeira Liga? Apenas um, Ricardo Mangas (que, atualmente, joga no Boavista FC).
Cristiano Ronaldo, um dos melhores jogadores de sempre, nunca foi campeão nacional na formação do Sporting CP e isso não o impediu de chegar ao topo do futebol mundial nem de ser alguém que trabalha arduamente para ser melhor do que todos os outros.
Ter bons resultados na formação é uma falácia. E a equipa B, mesmo estando inserida num contexto sénior e profissional, também é uma etapa de formação. Como tal, a prioridade numa equipa B deverá sempre passar pela evolução e desenvolvimento individual dos jovens jogadores."

SL BENFICA | 5 DAS MAIORES CONQUISTAS ENCARNADAS EM 117 ANOS DE HISTÓRIA



 "O Sport Lisboa e Benfica celebra o seu 117º aniversário e este artigo mostra cinco das maiores conquistas do clube fundado, como cantam os adeptos, na Farmácia Franco.

Ao longo da sua história muitas foram as conquistas do clube, quer a nível nacional, quer a nível internacional. De frisar que a nível de futebol masculino, o SL Benfica é o clube com mais títulos nacionais, sendo que conta com 37 campeonatos nacionais e 26 Taças de Portugal.
Como não poderia deixar de ser, é necessário frisar que o Sport Lisboa e Benfica não se resume à equipa de futebol. Por isso, seguem-se, também, algumas conquistas das variadas modalidades praticadas no clube.

1. SL Benfica bicampeão europeu – Após tocar no céu do futebol europeu, o SL Benfica tomou-lhe o gosto e pretendia replicar a proeza de Berna.
Com Eusébio a integrar o conjunto encarnado, as “águias” levantaram voo e rumaram a mais uma final europeia, desta feita contra o clube mais temido do mundo na altura: o Real Madrid CF.
Numa final marcada para o Olímpico de Amesterdão, o Real Madrid CF entrou na frente do marcador com um bis de Puskás aos 18’ e 23 minutos. José Águas e Cavém reduziram, mas ainda antes do intervalo, Puskás assinou o hat-trick e colocou os merengues na frente do jogo.
O intervalo fez bem ao SL Benfica, que empatou a contenda por intermédio de Mário Coluna logo no início da segunda parte. Depois Eusébio “fez das suas” e bisou na partida, dando o segundo troféu consecutivo aos encarnados.
A europa do futebol ficava rendida ao feito do Sport Lisboa e Benfica, que desde então não foi capaz de repetir uma conquista europeia, contando com oito derrotas consecutivas em finais europeias.

2. SL Benfica campeão europeu – O Sport Lisboa e Benfica luta, hoje em dia, com a dificuldade de se assumir nas provas europeias de futebol, mas outrora foi uma das equipas mais temidas na Europa.
Foi no ano de 1961 que os encarnados se estrearam a vencer competições europeias, após uma hegemonia do Real Madrid de Puskás e Di Stéfano, dois dos nomes mais sonantes do conjunto blanco. 
 Na final da competição, o SL Benfica defrontou o FC Barcelona e venceu por três bolas a duas com golos de José Águas, Mário Coluna e um autogolo de Antoni Ramallets.
De destacar que o SL Benfica disputou o jogo com 11 jogadores portugueses, e era comandado pelo húngaro Bella Guttmann.

3. As conquistas das Taças Intercontinental e Continental – Com grande histórico também no hóquei em patins, destaco não uma, mas sim duas conquistas de uma assentada.
O Sport Lisboa e Benfica tem, no seu palmarés, duas Taças Intercontinentais e três Taças Continentais desta modalidade. Foram nos anos de 2013 e 2017 que o SL Benfica conquistou uma das provas mais importantes do panorama do hóquei em patins europeu, ao conquistar a Taça Intercontinental. Em Portugal apenas uma equipa detém este troféu, o OC Barcelos.
O SL Benfica é, também, um dos clubes portugueses que constam na lista de vencedores da Taça Continental a par do OC Barcelos, do FC Porto e do Sporting CP. Esta competição tem uma clara hegemonia espanhola, sendo o FC Barcelona o clube com mais títulos desta competição.

4. Conquista da UEFA Futsal Cup – A 25 de abril de 2010 chegaria a conquista da UEFA Futsal Cup (a liga dos campeões de futsal), a prova mais prestigiada de clubes na Europa nesta modalidade.
O SL Benfica levou a melhor sobre os espanhóis do Interviú ao vencer por três bolas a duas no prolongamento desta final. Davi foi o herói dos encarnados ao marcar o tento decisivo ao aproveitar da melhor maneira um erro da defensiva adversária.
De recordar que as “águias” já tinham chegado à final desta mesma prova, também contra o Interviú, mas saiu derrotado com um resultado agregado de 7-5 a favor do clube do país vizinho.
Esta foi não só a primeira conquista deste troféu pelo SL Benfica, como também a primeira conquistada por clubes portugueses. Apenas o Sporting Clube de Portugal conseguiu repetir a proeza dos encarnados ao vencer a prova na temporada 2018/19.

5. Tetracampeonato – A conquista de quatro campeonatos nacionais consecutivos não é coisa fácil, e o SL Benfica necessitou de seis tentativas para o conseguir. Após ver travadas as suas aspirações por cinco vezes, à sexta chegou mesmo o tão ambicionado tetra do clube lisboeta.
A sequência de títulos de campeão nacional iniciou-se a 20 de abril de 2014 e terminaria com a conquista do campeonato número 36 no dia 13 de maio de 2017.
Este feito foi realizado por dois treinadores: primeiro por Jorge Jesus, que conquistou os primeiros dois títulos, e depois por Rui Vitória, que conquistou os restantes.
Apenas por outras três vezes na história do futebol nacional se conseguiu a proeza de conquistar quatro ou mais títulos consecutivos. O Sporting CP foi o primeiro clube, seguindo-se o FC Porto, que conquistou um “tetra” e um inédito “penta”."

ANTEVISÃO #SLBRAFC

                                                   

NÃO CHEGOU O PRAGMATISMO - CURTAS DO ARSENAL VS. BENFICA



 "Primeiro defender, para depois atacar – esta foi a estratégia do Benfica para jogo no Georgios Karaiskakis, frente ao Arsenal. O Benfica adotou uma postura pragmática, que procurava anular o Arsenal – até quando era o próprio Benfica que tinha bola – mas sem nunca recusar uma eventual oportunidade para sair rapidamente para o contra-ataque.

- Benfica a atacar em 3-4-3, com Pizzi e Rafa a pisarem terrenos interiores, nas costas de Seferovic. Jorge Jesus procurou colmatar a dificuldade do suíço em ligar jogo ao colocar os dois internacionais portugueses por dentro.
- No momento defensivo, o Benfica apresentou-se quase sempre em 3-5-2, com Weigl, Taarabt e Pizzi no setor intermédio e Rafa lado a lado com Seferovic na frente. No entanto, quando o Arsenal atacava pelo lado direito, Rafa baixava no terreno. Seria para bloquear as saídas de bola de David Luiz? Fica a questão acerca desta preocupação estratégica dos encarnados.
- Arsenal em 4-2-3-1, com o duplo pivô Xhaka e Ceballos atrás de Saka, Odegaard e Smith-Rowe, que apoiavam a estrela Aubameyang.
- Arsenal com mais posse de bola, mas muitas dificuldades em penetrar por dentro do bloco do Benfica. Nas poucas vezes que conseguiram criar perigo, um denominador comum: os movimentos de rutura de Aubameyang a rasgarem por completo a linha defensiva do Benfica, tendo dois deles culminado em golo.
- Por sua vez, o Benfica também teve dificuldades em chegar à frente. Não só mérito do Arsenal neste capítulo, mas também algum demérito das águias, com falta de ruturas de segunda linha. Por isso, pouca gente na zona de finalização e pouco tempo com a bola no último terço.
- O Benfica chegaria aos golos através de uma bola parada e de um erro defensivo. Já o Arsenal, aproveitaria três situações de jogo corrido: dois movimentos de rutura de Aubameyang e um lance em que a displicência de Everton fica por demais evidente.

Destaques individuais
Diogo Gonçalves – atacou quando pôde e defendeu com consistência. Coroou a sua exibição como um golaço de livre. Como já foi referido anteriormente, é dos poucos que procurar acelerar jogo quando tem conduções para.
Vertonghen – um verdadeiro relógio, com e sem bola. Nunca compromete, e isso é ouro hoje em dia, especialmente no contexto encarnado.
Rafa – o mesmo do costume: tem erros? Tem. Mas é o único que faz os adversários tremer quando tem a bola. Marcou e apresentou disponibilidade para tapar o lado esquerdo.
Saka – um diamante em bruto. Não é muito exuberante, mas quem acompanha este Arsenal sabe que Saka é um raio de luz a rasgar um céu coberto de nuvens. Procura combinações, mas também sabe desequilibrar no um para um. Cruza muito bem e é forte no último passe, sendo através dessas formas que assistiu Aubameyang.
Aubameyang – os grandes jogadores são assim: não falham quando são chamados. Duas oportunidades, dois golos, fora o que foi anulado por fora-de-jogo. Aubameyang é velocidade, é rutura, e isso é exatamente o antídoto certo para quebrar uma já minimamente articulada defesa do Benfica."

DESCOBERTO(S)



 "Muito do que gira à nossa volta resume-se a uma, e só uma coisa. Todos os desfechos que auguramos, todos os resultados que almejamos, todas as expectativas que perseguimos, se resumem à produção de um sentimento. Assim, em futebol como na vida, uma vitória produz um sentimento de felicidade. E a razão porque grandes massas de adeptos seguem um clube que lhes dá chances de vitória, não se iludam, é mesmo essa: a possibilidade de criar esse sentimento, que o adepto em si mesmo não consegue (ou acha que não consegue) criar por si mesmo. Quer isto dizer que a necessidade da sua equipa obter certo resultado para a produção desse sentimento se torna obrigatória. Ora, isso criará a necessidade da narrativa dos líderes desse clube se tornar, pelo menos, parecida às expectativas de quem faz (ainda que não se dê conta, muitas vezes) com que o clube se mantenha vivo. Daí a necessidade da narrativa deste Benfica da 2.ª Vinda ter sido a de prometer sentimentos. Sentimentos de orgulho, sentimentos de grandeza, sentimentos de que os adeptos se podem sentir especiais, porque seguem o clube mais especial, and so on, and so on.

A história já é velha. Os adeptos, ou o povo, quer(em), os líderes prometem. Mas olhando para a história deste Benfica, algo não bate certo. Ou é a expectativa dos adeptos (que os seus líderes incentivaram de maneira desmesurada) que não bate certo, ou é o modus operandi e o modelo escolhido pelos líderes que não bate certo. Alguma coisa não baterá certo porque o Benfica, nestes 16avos da Europa League, acabou de perder uma oportunidade única para beber um pouco desse orgulho, para criar (ainda que artificialmente) esse tal sentimento que os seus adeptos perseguem. E mesmo com dois jogos com alguma maturidade e pouco erro nos momentos com bola, o Benfica voltou a ser demasiado curto para travar um Arsenal bem longe do que os adeptos gunners almejam para a produção de sentimentos de felicidade.

Movimento gunner que atrasou a bola da ala para o meio criou dúvida na linha defensiva do Benfica. Quando o pé do médio abre para endossar a bola, Aubameyang aproveita para ser mais rápido que Veríssimo

Um pouco como o Benfica também o Arsenal surge a anos-luz das suas expectativas. Tal como os encarnados, a equipa de Arteta faz algumas coisas bem mas cede a momentos de auto-destruição. E a sorte para os do Norte de Londres é que o Benfica se mantém em rota semelhante, não conseguindo capitalizar o relativo controle do jogo, e da eliminatória, que chegou a ter, como não conseguiu tirar partido de três golos criados do nada e que ainda assim não chegaram para satisfazer quem se queixa de que a falta de golo tem sido nuclear. E foi assim mesmo, o Benfica tentou recriar os seus melhores momentos da 1.ª mão e partindo do mesmo sistema (532) tentou retirar espaço entrelinhas e profundidade ao Arsenal. Esses, avisados, não caíram na tentação de despejar bolas sem critério nas costas da defesa e tinham agora um plano mais consciente de como o fazer.
Com o movimento de atrasar a bola a partir da ala, e a movimentação de fora para dentro do jogador que a carregava, a linha defensiva do Benfica acabou por ser batida e ficar a descoberto. E do raio-x ao lance inúmeras teorias podem emergir: que só Veríssimo estava bem (o que não é verdade), que os outros estavam todos mal, que Otamendi deveria ter entrado no lance de outra forma, que ninguém se entendeu, e que esse movimento (que de alguma forma também surge no golo decisivo da eliminatória lá mais para a frente) acabaria por deixar a nu as deficiências numa linha sem treinos aquisitivos. O que é certo é que, vendo o lance, Lucas Veríssimo lê a jogada uma fração de segundo depois de Aubameyang. O ganês parte, e o brasileiro vai atrás. Ora, num Mundo ideal seria o brasileiro que teria de partir primeiro para chegar àquela bola. Isso ou um movimento à Sporting de Rúben Amorim onde o movimento de todos é inverso ao que foi o de Lucas. Whatever works, portanto.




Nos golos do Arsenal é notória a percepção mais rápida dos gunners em relação às movimentações. Willian com espaço, teve tempo para se aperceber de Xhaka antes de Everton. Depois o brasileiro não contém e é ultrapassado facilmente pelo suíço

Algo que minutos depois, em jogada tirada a papel químico, acabou por ter o desfecho esperado para as águias, que é o mesmo que dizer que Aubameyang foi apanhado pela bandeirola do liner – tal como várias vezes o Arsenal havia sido apanhado na 1.ª mão. Mas enfim, um golo sofrido não tiraria o Benfica da eliminatória, sendo que o objectivo seguinte dos de JJ continuava a ser o mesmo: pensar golo a golo, marcar o seguinte, pois o 1-1 mantinha as águias vivas. Mas como é que esse golo haveria de chegar para uma equipa que viu o seu treinador a queixar-se de não ter aquele golo fácil que se via há uns anos com Rodrigos, Limas, Jonas, Jiménez, Mitroglous e até João Félix? E na senda dos Ferreyras, Castillos, RdTs que se foram seguindo, Seferovic (que desta vez viu Darwin sentar-se no banco) não parecia servir de muito lá na frente, sendo que Rafa, que o acompanhou, não tirava grande partido do imenso espaço que o Arsenal lhe deixava.
Com surpresa, ou sem ela (dependendo do ponto de vista e de como se contar a história), os golos que o Benfica almejava teriam de surgir de uma maneira não antes vista ou, pelo menos, pouco prevista. Sendo que ninguém apostaria num livre irrepreensível de Diogo Gonçalves (gentilmente cedido pelo homem menos do jogo, Ceballos) para igualar as contas e ir para o intervalo a pensar em como se marcar o segundo.


Mais uma vez a antecipação a ser fulcral. Saka, com espaço, num movimento atrasado que Auba aproveita para (de novo) se antecipar a Veríssimo.

E por vários minutos, após o reatamento, o Benfica circulou e deixou o Arsenal na dúvida. Mas, lá está, a circulação e momentos sem grande erro de posse (que costumam acontecer nestes jogos às equipas portuguesas) não chegavam para se ser incisivo, para se ser criador e contundente. E assim sendo, de onde poderia vir o segundo golo para uma equipa que não tem grande afinidade com os cordames? Pois bem, em segundo na lista para os improváveis de quinta-feira, segue-se uma reposição aérea de Helton Leite (vulgo chuto para o ar), um mau atraso de Ceballos (em jogo para esquecer) e um rapaz que não sabe a história de 1991 mas que também acabaria por marcar ao Arsenal numa espécie de jogo fora. Quem o critica não poderá dizer o mesmo, mas segundo a narrativa das expectativas desmesuradas poderá sempre dizer que o Benfica não soube controlar a vantagem e que cedeu nos momentos decisivos – mesmo que não saiba explicar porquê, juntando-lhe as palavras querer, garra, ambição e mística. Mas a verdade é que o Arsenal, mesmo passando minutos alheado do jogo, mesmo parecendo que já deitou a toalha para depois a voltar a encontrar, conseguiu criar soluções para virar o jogo a seu favor. Aconteceu depois do 1-0 em Roma, e aconteceu depois do 1-2 em Atenas. E aqui será de sublinhar que passividade do Benfica com bola (que lhe serviu em grande parte da eliminatória) e a pouca coordenação de uma linha defensiva arranjada à pressa para estes dois confrontos ficam bastante mal na fotografia. Que isso sirva a narrativas de revolução não retira alguma razão a Jorge Jesus – que no meio de todo o seu habitual nonsense, não tem treinos aquisitivos para aprimorar detalhes que toda a gente lhe reconhece, os quais muita gente hoje repara por causa… dele próprio."

ANGÚSTIA



 "Independentemente do que tenha ocorrido no jogo com o Arsenal, a temporada benfiquista está a ser penosa. À semelhança, aliás, do que já acontecera com a parte final da época passada.

De facto, desde o dia 8 de Fevereiro de 2020, quando, campeã em título, entrou no Estádio do Dragão com possibilidade de sair de lá com uma vantagem de 10 pontos e perdeu por 3-2, a equipa do Benfica entrou numa espiral negativa que a fez esbanjar sucessivamente Liga Europa, campeonato, Taça e, já nesta temporada, Liga dos Campeões, Supertaça, Taça da Liga e, como tudo indica, novo campeonato.
Mantendo a base da 'Reconquista', robustecida com internacionais da Alemanha, do Brasil, da Argentina, do Uruguai e da Bélgica, e orientada pelo técnico mais ganhador do futebol português da última década, a verdade é que, em campo, as coisas não funcionam. As semanas passam, e tudo vai ficando cada vez pior. Com um plantel tão rico, um treinador de excelência, e uma estrutura de provas dadas, vendo de fora é difícil encontrar razões para o parco rendimento.
Há atenuantes que importa ponderar: covid, arbitragens, bancadas vazias e calendarização. Mas tais circunstâncias não dispensam uma reflexão profunda sobre o que tem corrido mal, reflexão essa que não poderá deixar de parte o intrigante colapso no campeonato 19-20 - ainda pro digerir peal família benfiquista. Não se resolvem problemas de cabeça quente. E não se gere um clube a partir de pinturas nas paredes. É preciso serenidade, autocrítica e, mais do que nunca, união. De dentro e de fora. Sem ela, o final de época pode ser ainda pior do que se anuncia."

Luís Fialho, in O Benfica

OS VICES



 "O Sport Lisboa e Benfica não para e segue a todo o vapor, rumo aos próximos quatro anos. No início da semana passada, a Direcção anunciou a redefinição do pelouro das modalidades, com o vice-presidente Domingos Almeida Lima a passar as cinco modalidades de pavilhão para Fernando Tavares, que já tinha o Benfica Olímpico e o futebol feminino. Uma decisão baseada na complexidade das funções que ambos desempenham. Domingos Almeida Lima, cujo trabalho realizado no andebol, basquetebol, futsal, hóquei em patins e voleibol é merecedor dos mais rasgados elogios, irá concentrar-se, sobretudo, no apaixonante dossier das Casas, com a implementação do modelo 2.0. Fernando Tavares terá a dura missão de perpetuar e melhorar o ecletismo do Clube, gerindo 32 modalidades e 2500 atletas. Ambos são dirigentes com provas dadas, com uma dedicação fora do comum e, por isso mesmo, foram justamente reconduzidos por Luís Filipe Vieira. Fernando Tavares tem um percurso profissional na área da organização e gestão de empresas que fala por si, com uma experiência sobretudo enquanto gestor da grande multinacional BP, onde exerceu cargos de elevada responsabilidade em Paris, Londres, Bruxelas, Madrid, Milão e Lisboa. Quando assumiu funções no Benfica, em 2003, foi o responsável pela contratação de figuras emblemáticas - Ricardinho (fusal), Telma Monteiro (judo), Nélson Évora (atletismo) e Diogo Rafael (hóquei em patins). Regressou em 2016 e, além de ter contratado duas grandes estrelas - Pedro Pablo Pichardo (atletismo) e Fernando Pimenta (canoagem) -, pôs em marcha o futebol feminino com o êxito que é reconhecido. A Domingos Almeida Lima e a Fernando Tavares desejo os maiores sucessos, pois as suas missões, nos dias de hoje, são desafios só ao alcance dos homens corajosos, destemidos e resilientes."


Pedro Guerra, in O Benfica

AVÓS DE PORTUGAL



 "O Benfica não para de inovar. E, como sempre, não pensa só em si, mas nos outros e na responsabilidade social que tem para com eles, adeptos ou não, uma organização gigante num país reconhecidamente pequeno como o nosso. Não nos iludamos, os impactos da covid-19 afectam a nossa sociedade sem exceções, e as dores que todos os portugueses sentem, todos as sentimos aqui também. Foram, e são, necessárias adaptações difíceis e imaginativas para conseguirmos continuar a produzir a riqueza de que a nossa economia tanto precisa para se reerguer. Produzir, tanto ou mais, é um desafio de todos e um foco para cada um de nós. Cuidar da família e dos que nos estão mais próximos impõe-se igualmente e a todos, por vezes de forma repentina e dramática. Mas todos continuamos porque é preciso continuar e fazer, mais e melhor, se necessário tudo ao mesmo tempo, mas nunca parar ou deitar a toalha ao chão.

Tudo isto é verdade, mas tudo isto corre o risco de desviar a nossa atenção individual e a nossa energia para nós próprios e para o nosso círculo social de proximidade, simplesmente porque não é, ou não parece ser, possível ir além. Importa, pois, atenuar cuidadosamente, mais que nunca, talvez, nos sectores mais vulneráveis da nossa sociedade e reconhecer as suas dores revendo-nos, se possível, na sua mitigação. Por outras palavras, olhar para os mais vulneráveis e ver soluções para o seu bem-estar físico e emocional. Foi isto que os colaboradores do SLB quiseram e souberam fazer, de forma organizada pelos Recursos Humanos do Clube, encontrando nas suas competências e conhecimentos valores que podem entregar aos mais idosos melhorando o seu bem-estar enquanto voluntários numa parceria entre a Fundação Benfica e a RUTIS - Rede de Universidades Seniores. Nada menos que colaborar voluntariamente como formadores da Universidade Sénior Virtual, quebrando as solidões do confinamento, estreitando laços duradouros e abrindo a porta ao fantástico Universo Benfica ao encantamento dos Avós de Portugal.
Valeu, pessoal!"

Jorge Miranda, in O Benfica

LAGATOS EM FESTA E CHORADEIRA DOS C#RRUPTOS


 

sábado, 27 de fevereiro de 2021

CUIDEM-SE, ISTO NÃO É BRINCADEIRA NENHUMA



 "Tudo começou com uma dor de cabeça. Estranha, diferente. Mais intensa quando estabelecia contacto visual com o ecrã da televisão, computador ou telemóvel. Mais leve, apenas com o quarto escuro, a cabeça em repouso na almofada, os olhos fechados à procura do sono. Depois, as costas. Os músculos em geral. Um desconforto em crescendo que nem o leite de creme da minha mãe a sair da panela conseguiu travar. Claro. Também tinha perdido o paladar, o cheiro e o sorriso. Vieram os vómitos, a tosse e a febre. Nenhum Ben-U-Ron eliminou os sintomas. No meio da aflição, o pior ainda estava para chegar: a falta de ar. Querer respirar e não conseguir. Tentar inalar todo o oxigénio do mundo e nem assim recuperar o fôlego. Assustado, perturbado e ansioso, ganhei coragem e peguei no telemóvel: 800 24 24 24, liguei para o SNS 24. Nos dia seguinte fui fazer o teste e, dois dias depois, chegava a pior das notícias. Estava confirmado o que os sintomas já indicavam. Pela primeira vez na vida, eu estava com uma crise de sportinguismo agudo. Isto de estar em 4º lugar, a 15 pontos da liderança, ganhar apenas 3 jogos durante 10 jornadas consecutivas e ter 1 ponto de vantagem para o Paços de Ferreira à 20.ª jornada é um cenário que se imagina horrível, contudo não sabia que causava tantos efeitos secundários no organismo. Então, é isto que os sportinguistas sentiram a vida toda. Que gente tão corajosa. Dizem que há uma primeira vez para tudo. Nesta matéria, está visto, estou prontíssimo para voltar ao normal. Porque esta sensação de sportinguista não é nada agradável, claro. Mas sobretudo porque tenho saudades de me sentir Benfica."


Pedro Soares, in O Benfica

NÚM3ROS d4 S3M4N4



 "0

Só não é uma repetição da semana passada porque (1) deveria ter sido assinalada grande penalidade a castigar uma falta na área do Farense sobre Rafa, adensando os contornos de escândalo desta época; (2) Agora é inédito. É a primeira vez que o Benfica não dispõe de qualquer penálti a seu favor nas primeiras 20 jornadas do campeonato nacional (excluem-se, obviamente, as 10 edições com menos do que 20 jornadas);

2
Foi apenas a segunda vez que o Benfica foi visitado em casa alheia desde a inauguração deste Estádio da Luz em 25/10/2003. O Benfica-Arsenal, em Roma, foi antecedido pelo Benfica-Gil Vicente, a contar para a Taça da Liga, na temporada 2013/14, disputado no Estádio do Restelo;

3
Pizzi tornou-se no 3.º melhor marcador de sempre do Benfica na Liga Europa/Taça UEFA (9 golos, igualando Simão, que participou em mais 9 jogos). Nas competições europeias, Pizzi é agora o 8.º melhor de águia ao peito, com 14 golos (é o 24.º em todas as competições oficiais, com 90). Sublinhe-se que, após o desafio da 1.ª mão com o Arsenal, Pizzi liderava os marcadores, com 7 golos, na presente edição da Liga Europa;

15
Pontos de distância para o líder do campeonato à 20.ª jornada. Manifestamente inesperado tendo em conta os vários campeões no plantel, o elevado investimento em atletas internacionais e a chegada de um técnico cujo currículo está recheado de títulos, incluindo ao serviço do Benfica.

66,7%
Esta percentagem só é relevante para quem ler esta edição do jornal O Benfica na quinta-feira. O Benfica empatou a uma bola na 1.ª mão de uma eliminatória da UEFA, quando disputada em casa, pela 7.ª vez. O apuramento foi conseguido em 4 das 6 ocasiões anteriores."

João Tomaz, in O Benfica

NEM COM SUPERGEL



 "Tenho uns calções que parecem o futebol português. São meio-acastanhados, caqui será o termo mais correcto, de acordo com os profissionais das tonalidades do pronto-a-vestir. Têm bolsos de lado, onde podem caber um bloco de apontamentos ou a carteira com documentos.

Lembro-me bem do dia em que os estreei. Fazia calor, estava a comer numa esplanada de praia, e uma porção de maionese escorregou ferozmente para meio da perna esquerda. Já fiz umas boas dezenas de viagens com eles. Na maior parte das vezes, trouxe recordações que dificilmente se esquecem: molho de carne junto à virilha direita, chocolate derretido na borda do bolso pequeno esquerdo e uns quantos rasgões ali bem perto de um dos joelhos, no bolso de trás e junto ao fecho.
Gosto muito de futebol, não tanto quando gosto do Benfica, mas acredito que estes calções são a clara imagem desta modalidade em Portugal. Tal como os calções, o futebol é um desporto que aprecio, mas que tenho cada mais dificuldade em consumir.
Face ao estado de degradação desta minha querida peça de roupa, já não a posso usar tantas vezes quanto queria, é cada vez mais para consumo interno: uso os calções no jardim, para andar em casa, porque as manchas já não saem, e, sinceramente, estão mesmo com muito mau aspecto para os exibir em público.
As nódoas do futebol português estão - também elas - cada vez mais entranhadas no tecido. O que se passa, em especial nesta temporada, já não tem remédio. Nem o Supergel (publicidade à parte), com os seus químicos destruidores de sujidade, conseguiria atenuar a enxovia actual da arbitragem da primeira liga. Só vejo uma solução: deitar fora os calções, comprar uns novos e aprender a comer sem me sujar."

Ricardo Santos, in O Benfica

O GRITO



 "Se me fosse dado a escolher um quadro para ilustrar a época futebolística do Benfica até ao momento, julgo que a celebérrima obra-prima de Munch, O Grito, seria a mais adequada. Não apenas por tudo o que se tem passado, mas também pelo manifesto contraste em relação às expectativas iniciais.

O presidente do inédito tetra, do tri 39 anos depois, do bi passado 31 anos e da dobradinha que não acontecia há 27 anos, adjuvado por uma estrutura que contribuíra indelevelmente para o retumbante sucesso de anos anteriores, optou pelo regresso a um dos treinadores mais titulados na história do Benfica, e cuja enorme competência quase ninguém colocou em causa. Acresceu o avultado investimento no apetrechamento do plantel, promovendo-se a contratação de vários internacionais de países consagrados no futebol.
O resto todos sabemos: eliminação precoce da Liga dos Campeões, num só jogo e em terreno adversário: saída de Rúben Dias e lesão de André Almeida; subsequente necessidade de refazer a defesa e instabilidade defensiva que urgiu travar enquanto a sobrecarga do calendário não permitia treinar; casos de covid a surgirem e a minarem a equipa até que o surto dizimou o plantel e a estrutura; e péssimas arbitragens que acentuaram o período negativo e objetivamente nos prejudicam na classificação.
Munch inscreveu no seu O Grito que 'só pode ter sido pintado por um homem louco!'. Pois só também um louco poderia imaginar esta época até agora. Porém, ainda não terminou. Temos de ser sempre mais fortes que os adversários, incluindo árbitros, e mais eficazes na finalização. As condições dadas à equipa são óptimas, o treinador tem currículo robusto, e os jogadores de certeza que não desaprenderam."

João Tomaz, in O Benfica

JORNALIXO EM NOITE DE CLÁSSICO


 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

ACOMPANHANTE DE LUXO!!!

 



"Um livre-trânsito para pressionar e intimidar as equipas de arbitragem.
E ninguém quer saber. Vale tudo!"

PASSAGEIRO DO LADO!!!

 


"Perdemos todas as palavras para descrever a farsa que está o futebol Português. Isto não vai ter consequências nenhumas, pois não? É que já é tudo feito às claras e ninguém diz nada. É o assumir público da total coação e intimidação. Vale tudo!"

"SOMOS TODOS IGUAIS, MAS ALGUNS SÃO MAIS IGUAIS QUE OUTROS."

 


"Portugal encontra-se a combater uma nova vaga da pandemia de Covid-19. Para conter a propagação do vírus, os portugueses, na sua maioria, fecharam-se em casa, cumprindo escrupulosamente as restrições decretadas. As escolas fecharam e os alunos têm aulas à distância, suspendeu-se o comércio não essencial e os negócios reinventaram-se e adaptaram-se a esta nova realidade. O futebol não tem sido exceção. Os clubes encontram-se privados de receitas de bilheteira e, não menos importante, do apoio dos seus adeptos. Nesse capítulo, o SL Benfica tem sido o mais prejudicado, consequência da sua indefetível e incomparável massa adepta. Porém, nem todos os clubes e cidadãos portugueses se veem obrigados a cumprir as medidas impostas no âmbito da crise sanitária – e humanitária – que vivemos: o FC Porto, assim como alguns membros da sua claque oficial, os Super Dragões, vive num “regime de exceção”.
Na passada segunda-feira, o FC Porto defrontou o Marítimo no estádio dos Barreiros. Fernando Madureira e outros elementos da claque portista, em claro apoio à sua equipa, também viajaram para o Funchal. Tal privilégio, per se, já seria de estranhar, tendo em conta as regras atuais de confinamento obrigatório, contudo, outro dado ainda se reveste de maior escândalo: viajaram no mesmo avião que a equipa de arbitragem, chefiada por Vítor Ferreira. Consta, segundo nos foi dado a saber, que o regabofe foi grande, todos em amena cavaqueira. O motivo, bem sabemos, é o mesmo de sempre, condicionar.
Questionamos: quem permitiu que esta situação, absolutamente inconcebível e terceiro-mundista, acontecesse? A Liga Portugal continua a ser cúmplice da vergonha com que se veste o futebol português, cuja verdade é sistematicamente desvirtuada. A comunicação social, tão célere em propagandear minudências sobre o SL Benfica, também é omissa e conivente com as práticas caducas e criminosas de um passado de má memória, mas que continua bem presente, perpetradas pelos mesmos de sempre.
«Todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais do que outros», assim decretaram os porcos de George Orwell."

O VASQUINHO ANDA COM O PITO AOS SALTOS. TAMBÉM FOI BUZINAR?



 Taarabt foi o melhor. Chegou cá fora e, olhos nos olhos, disse o que Jesus não foi capaz de dizer na véspera do jogo: “os adeptos têm razão”

Esqueçam o futebol. A afirmação mais presidencial de um funcionário do clube nos últimos meses veio do Taarabt. Vou dar-vos um minuto para processarem.
Helton Leite
Uma autêntica assistência para golo e lugar privilegiado para mais uma edição do espetáculo “Benfica a arder” em exibição nos relvados portugueses e europeus.
Diogo Gonçalves
Tenho a sensação que muitos de nós acordaram de uma comatose de meses com o remate deste menino. Infelizmente não foi suficiente, mas recordou-me que ainda consigo berrar de entusiasmo com um golo do Benfica.
Lucas Veríssimo
Ainda me lembro quando o treinador do Benfica explicava que alguns jogadores não entravam logo na equipa porque precisavam de tempo para assimilar conceitos e se adaptarem às circunstâncias. Confirma-se. Lucas Veríssimo está plenamente adaptado a este Titanic. Adivinhem quem é que continua a tocar violino.
Otamendi
Infelizmente colocou o Auba em jogo no lance do 3-2 mas vejo nele a gana de alguém que está tão f****o como nós. Se continuar assim, é titular indiscutível até ao fim do contrato. E afinal a braçadeira talvez não lhe fique assim tão mal.
Verthongen
Deve ter batido uma saudade das patuscadas em Londres quando jogava contra o Arsenal e controlava os jogos do princípio ao fim.
Grimaldo
Também eu preferia ter saído aos 84 minutos. Ter-me-ia poupado alguma azia.
Weigl
Há jogadores que beijam - e muito bem - o emblema do clube quando festejam. Há outros que, pelo seu profissionalismo, beijam metaforicamente o emblema em diferentes ações ao longo de um jogo. Este Julian demorou a pegar, mas é dos nossos.
Taarabt
O melhor da noite. Esqueçam o futebol. Chegou cá fora e, olhos nos olhos, disse o que o treinador não foi capaz de dizer na véspera do jogo. “Os adeptos têm razão. O Benfica é um clube habituado a ganhar e os adeptos também. Sabemos a responsabilidade de jogar no Benfica”. A afirmação mais presidencial de um funcionário do clube nos últimos meses veio do Taarabt. Vou dar-vos um minuto para processarem.
Pizzi
Foi o nosso Odegaard. Tirem as vossas conclusões.
Rafa
Já o imaginava daqui a uns anos, com barriguinha de cerveja e um pug no colo, a falar de uma noite épica em Londres que nos catapultou para a conquista da Liga Europa. Pareceu-me claramente jogador de oitavos de final para cima, mas talvez precise de assinar pelo Molde para sonhar com outros voos.
Seferovic
Muitas dificuldades em ameaçar o trio David Luiz-Gabriel-Covid.
Darwin
Escusas de fechar os comentários do Instagram. Já ninguém sabe o que dizer, miúdo. Dias melhores virão. Acho eu.
Everton
A abordagem ao lance do 2-2 é exasperaste. Acaba por ser mais um exemplo das práticas de gestão que têm vindo a público. Neste caso pagámos 20 milhões por um futebolista que ainda não existe.
Gabriel
Teve nos pés a oportunidade de assistir o Rafa para o terceiro golo, mas optou por um daqueles passes líricos que confundem toda a gente. Os centrais do Arsenal abrandaram para observar a estranha trajetória da bola, o Rafa tentou perceber onde é que a bola iria cair, e o GR esperou pacientemente que a bola viesse parar aos seus braços. Um clássico.
Nuno Tavares
Ninguém podia prever que o Saka ia cruzar daquela forma. Afinal de contas, ele só fez essa jogada 47 vezes nas duas mãos.
Waldschmidt
Outra vez uma substituição inspirada a terminar o jogo? Ofereçam um relógio ao Jorge Jesus, por favor. Não por ele, mas pela nossa sanidade mental.
Um Azar do Kralj