sexta-feira, 30 de junho de 2017
ÚLTIMA HORA: EMAILS MUITO ESTRANHOS ENTRE SÓCIOS
RUI VITÓRIA: “O ‘RESET’ É UM MEIO PARA CHEGAR AO PENTA”
O SL Benfica deu, esta sexta-feira, o pontapé-de saída para a pré-época 2017/18 e Rui Vitória assegura que a equipa técnica e o plantel estão "preparadíssimos" para os desafios.
“Preparadíssimos para esta nova temporada. Há uma ansiedade normal de quem vai começar uma época mas com já alguns anos de experiência, é mais uma que vamos fazer. Temos uma ambição renovada, uma vontade muito grande de começar, de ganhar, mas tudo perfeitamente normal como tem sido nas últimas épocas”, começou por dizer o treinador, numa entrevista exclusiva à BTV, que acompanhou Rui Vitória no trajeto de Tróia, local do concelho de Grândola onde se refugiou para férias, para o Caixa Futebol Campus.
Rui Vitória, prepara-se para iniciar a terceira época no comando técnico do SL Benfica e, mais uma vez, com ambições renovadas.
“O ‘reset’ é um meio para chegar ao Penta. Entendemos que há um objetivo já mencionado pelo presidente e a forma que achamos que é melhor para chegar a uma conquista destas é todos partirmos como se fosse a primeira vez. É fundamental ganhar a ambição de vencer pela primeira vez. Humildes e focados para que essa conquista possa acontecer”, explicou.
Feito inédito
O SL Benfica foi líder isolado desde a quinta jornada e conquistou pela 36.ª vez o título nacional, escrevendo um inédito Tetra que falhara em cinco ocasiões.
“Ficou marcado na história do Benfica e na nossa história porque foi um trabalho duro e difícil. Quando se chega a um feito destes, o orgulho é enorme. Mas todos os que trabalhamos no futebol temos esta capacidade de não ter tempo a perder e rapidamente começar a pensar em novos caminhos e em novas conquistas”, garantiu.
O plantel
O técnico dos encarnados falou ainda sobre as eventuais alterações que poderão ainda verificar-se na equipa até ao final do mercado de transferências, no último dia de agosto.
“O plantel nunca está totalmente fechado, até porque o mercado é sempre muito inconstante. Mas estamos a crer que as coisas estão a ficar muito completas. Poderá haver uma ou outra situação. Não estou a dizer que sejam eventuais vendas, mas jogadores que possam começar e, no quadro final, não fiquem.”
Sobre os novos jogadores que chegam esta época, Rui Vitória diz que “há sempre uma preocupação de receber bem, para que se sintam acolhidos.” “À medida que os dias vão passando vamos estando atentos a tudo o que eles precisam. Porque se sentirem em casa, o rendimento começa a subir”, sublinhou.
Em relação aos jovens da formação que vão passar a trabalhar na equipa principal, o treinador do Benfica foi claro: “Se esses jogadores são chamados para aqui, isso por si significa que há confiança neles. Não os chamamos só porque são bonitos, têm olhos azuis ou são loiros ou morenos.”
Os encarnados arrancaram, esta sexta-feira, com exames médicos e testes físicos, distribuídos pelo Caixa Futebol Campus e o Hospital da Luz. Para os primeiros 12 dias de julho estão marcados trabalhos no Caixa Futebol Campus. Depois, a equipa liderada por Rui Vitória viaja para os compromissos de pré-época.
Os encarnados arrancaram, esta sexta-feira, com exames médicos e testes físicos, distribuídos pelo Caixa Futebol Campus e o Hospital da Luz. Para os primeiros 12 dias de julho estão marcados trabalhos no Caixa Futebol Campus. Depois, a equipa liderada por Rui Vitória viaja para os compromissos de pré-época.
ANDRÉ COELHO E TIAGO BRITO REFORÇAM SL BENFICA
Após uma grande época ao serviço do SC Braga, André Coelho e Tiago Brito vincularam-se ao Clube da Luz para as três próximas temporadas.
André Coelho mostrou-se satisfeito com a mudança. “É um orgulho representar um clube como o Benfica, com esta estrutura, com estes adeptos, com esta vontade de ganhar, com estes títulos que este enorme clube já conquistou nesta modalidade e não só”, frisou o atleta de 23, em declarações à BTV.
Já Tiago Brito, ala de 25 anos, mostrou-se ambicioso. “É uma sensação fantástica. Estou muito orgulhoso por ter aqui chegado, é um cumprir de um grande objectivo de carreira. Venho para o Benfica para conquistar títulos”, afiançou.
Do ponto de vista individual, André Coelho descreve-se como alguém que luta até ao último segundo. “Sou um jogador que dou tudo em campo, suo a camisola, gosto de ajudar o clube e de marcar golos. Sou um jogador de vontade”.
“Sou um jogador de passe. Sou ala, esquerdino, mas chuto também com o pé direito. Defino-me mais pelo trabalho semanal do que por evidenciar alguma característica individual forte”, sublinhou Tiago Brito.
Ambos internacionais A por Portugal, André Coelho e Tiago Brito são apostas do Benfica numa restruturação do plantel que prevê uma maior aposta no mercado nacional.
O vice-presidente do Benfica Domingos Almeida Lima considerou que estes são "dois reforços importantes" para as ‘águias’, que estão a reestruturar o plantel, na sequência de uma época que ficou aquém do esperado.
"Quando não se ganha, alguma coisa tem de ser feita. O Benfica não ganhou e temos de assumir esse insucesso. Tínhamos um plantel que entendíamos que poderia atingir os nossos objetivos. Às vezes é preciso fazer estas mudanças, criar novos hábitos, mas a base da equipa mantém-se", comentou o dirigente.
Tiago Brito e André Coelho juntam-se aos também reforços Robinho, Raúl Campos, Diego Roncaglio e Bruno Pinto, num plantel em que saíram Ré, Patías, Jefferson, Fernando Wilhem, Mário Freitas, Elisandro, Franklim, Cristian, Bebé e o capitão Gonçalo Alves, que terminou a carreira e assumiu o cargo de ‘team manager’ dos ‘encarnados’.
ANDRÉ ALVES NA EQUIPA PRINCIPAL DE ANDEBOL DO SL BENFICA
André Alves vai fazer parte da equipa principal do Sport Lisboa e Benfica nas próximas quatro temporadas. Bicampeão Nacional de Juniores, André Alves em declarações à BTV mostrou-se muito satisfeito e com motivação para esta nova etapa da sua carreira.
“Sinto-me feliz, é o objetivo de toda a gente chegar à equipa principal, acrescentando o facto de se tratar do clube do meu coração”.
Em relação à passagem dos Juniores para os Seniores e o convívio com os mais velhos, André Alves fala de novas aprendizagens. “Estou a aprender muito com os mais velhos, sendo o meu primeiro ano de sénior vou dar tudo para melhorar cada dia e espero ajudar a equipa a concretizar os objetivos.”.
André Alves deixou também uma mensagem para os adeptos do Benfica. “ Venham apoiar a equipa, o apoio é fundamental, assim como o título de campeão”.
Para finalizar o novo jogador de Carlos Resende mostrou-se confiante para a nova época. “Há muitos jogadores novos, mas penso que com o início da época vamos todos ficar a nos conhecer melhor e no fim os resultados vão aparecer e vamos dar muitas vitórias ao clube”.
ATUALIDADE DESPORTIVA SL BENFICA - BENFICA TV 30 JUNHO 2017
AQUECIMENTO BENFICA TV HD :: 29 JUNHO 2017
PRIMEIRAS PÁGINAS: FEZ-SE LUZ SOBRE O BRUXO
CRÓNICA FINAL DE RUI GOMES DA SILVA
"COMO DEVEMOS SAIR ONDE PREFEREM TER COMENTADORES DO PORTO E DO SPORTING A INSULTAR OS BENFIQUISTAS DO QUE PESSOAS DO BENFICA A … DEFENDER O BENFICA."
"N – 1
(OU COMO DEVEMOS SAIR ONDE PREFEREM TER COMENTADORES DO PORTO E DO SPORTING A INSULTAR OS BENFIQUISTAS DO QUE PESSOAS DO BENFICA A … DEFENDER O BENFICA)
N – 1
No princípio de 1995, Aníbal Cavaco Silva, então Primeiro Ministro de Portugal, quase a completar 10 anos nessas funções (ele que … “nunca foi politico” e que passou os 10 anos seguintes a condicionar tudo e todos para poder ser Presidente da República, onde esteve mais 10 anos … embora – repita-se – … “nunca tenha sido político”), anunciou a sua saída de Presidente do PSD, não se recandidatando a essas funções, no Congresso que estava já convocado para o mês seguinte.
No princípio de 1995, Aníbal Cavaco Silva, então Primeiro Ministro de Portugal, quase a completar 10 anos nessas funções (ele que … “nunca foi politico” e que passou os 10 anos seguintes a condicionar tudo e todos para poder ser Presidente da República, onde esteve mais 10 anos … embora – repita-se – … “nunca tenha sido político”), anunciou a sua saída de Presidente do PSD, não se recandidatando a essas funções, no Congresso que estava já convocado para o mês seguinte.
E, deixando o PSD como deixou, nos dias seguintes à sua decisão explicou, “urbi et orbe” as motivações da sua saída.
De entre todas as explicações, houve uma que me tocou – a mim, Deputado da então maioria, desde 1987, cargo esse que … apoiando o Governo, sendo Ministro de um deles ou na oposição … haveria de exercer até 2009 – de forma especial.
Poucos se lembrarão, até porque essa parte de uma entrevista a Cavaco Silva é pouco (ou muito pouco) recordada, mas ele explicou que a razão principal da sua saída foi ter percebido que, se nas eleições que se realizariam em outubro, ainda tinha condições para ganhar, … já não as teria no ato eleitoral seguinte.
E, assim, teria decidido sair no momento anterior àquele em que seria obrigado a fazê-lo.
Era o que designou da teoria N – 1.
Ouvi e – para além de muitas coisas em que me identifiquei com Cavaco … e com algumas em que me sentia nos antípodas do que ele pensava e fazia – não deixei de concordar com esse princípio de vida em democracia.
Devemos sempre deixar os sítios (ou os cargos) de onde seremos obrigados a sair (não interessam agora as causas nem as razões, porque isso é … outra conversa) no momento anterior em que obrigatoriamente o teríamos de fazer.
Claro que as razões dessas saída poderão ir desde acharmos que não ganhamos as eleições a seguir às próximas (como seria este o caso), de sermos obrigados a sair porque no mandato seguinte deixaremos de ter condições para, em consciência, desempenharmos o cargo para que seriamos eleitos sem violentarmos os nossos valores e os nossos princípios, até à avaliação que fizermos de, se lá continuarmos, a vida se poder encarregar de não deixar que se lembrem de nós como vencedores mas, antes, como vencidos!
Ou seja, N – 1.
Confesso que devo muito – como todos os portugueses – a Cavaco Silva.
Mesmo os que, depois, se desiludiram com ele (e, por maioria de razão, os que nunca se entusiasmaram com a sua liderança).
Mas devo-lhe a teorização deste princípio universal que sempre tive como certo: sair dos sítios antes de nos fazerem sentir a mais!
N – 1 … NA BOLA
Este é – se for publicado – o meu artigo 99 em “A Bola”.
Como – anteriormente, nos anos 90 – já havia escrito em “O Jogo” e no “Record”.
O 99º, desde o dia 13 de agosto de 2015.
Fazendo, dessa forma, o pleno dos jornais desportivos (embora, com toda a franqueza, não sei se daqui a 20 anos … os jornais serão tão relevantes … ou existam, mesmo, como há … 20 anos).
Mas isso são previsões para outros momentos, que não os de despedida.
Em 13 de agosto, era o Benfica bicampeão nacional!
Em 28 de junho – hoje, portanto – o Benfica é tetracampeão nacional.
Com todas as condições para ser … penta!
Por mim, chegou o momento N – 1, em “A Bola”.
Com um agradecimento público, sincero e muito sentido, a 4 pessoas que gostaria de nomear.
Ao Vitor Serpa, pela responsabilidade formal do convite e pela simpatia com que sempre me tratou, a mim, simples “opinador”, ele, um velho monstro sagrado do jornalismo desportivo, … apesar de não ser … do Benfica!
Ao Paulo Cardoso, administrador da empresa proprietária do jornal, velho novo (ou novo velho??) amigo, com quem me cruzo … muitas vezes, nos almoços, no … “Sinal Vermelho”!
O mesmo “Sinal Vermelho” onde me cruzo com o Dr. Arga e Lima, proprietário de “A Bola” e legítimo portador das bandeiras de quem fundou e imaginou o jornal como grande referência da imprensa desportiva nacional, “herdeiro” não só da propriedade, mas, também da superioridade moral e intelectual de quem sabe que há coisas que … se têm ou nunca se terão (e ele tem)!
E, por último, ao José Manuel Delgado, grande amigo dos tempos da Faculdade, em que discutíamos tanto futebol que … passamos a ser amigos para a vida.
Para a vida, independentemente de tudo.
E o tudo significa nunca termos deixado de perceber o papel que cada um desempenhava, o que cada um podia contar, ou, mesmo, o que cada um poderia contar … depois de ter ouvido … muito mais do que que poderia ser contado.
É assim a vida!
Como em tudo, … também na Bola, … N – 1.
E se há “lugares” de onde saímos, por causa do N- 1, para voltarmos, … há outros de onde saimos porque já não queremos lá estar!
Com a perceção certa do eu, no tempo e no espaço, … onde deveremos estar!
É isso a vida!
Conhecendo o nosso mundo (onde somos atores e guionistas) e … as nossas convicções.
Porque, mais do que nós e as nossas circunstâncias, … devemos ser nós e os nosos valores!
Para que, com isso, o tempo volte a ser (todo) nosso!
N – 1 … ANTES DO 100
N – 1 … antes do 100, antes do penta, antes de …
Obrigado aos meus (em termos deste jornal, obviamente) … 4 cavaleiros do Apocalipse (no bom sentido, claro)!
Obrigado a todos os que me … criticaram e – também – a todos os que me … ajudaram!
Mas o maior obrigado, claro, para todos os que … leram!
Obrigado a “A Bola”!
Até … sempre!"
Última crónica de Rui Gomes da Silva, in a bola
DOS VENDAVAIS...
"Sempre que oiço falar do que na vida me atormenta ou me espanta, penso: talvez a Ella Berthoud e a Susan Elderkin resolvam (ou expliquem...) Eu explico: a Ella e a Susan têm um livro que se chama Remédios Literários. Nele usam os melhores romances para tratarem, com as suas metáforas ou seus sinais em doses homeopáticas, de delírios e escapismos, de patifarias e atrapalhações, de minas e armadilhas, de línguas azedas e vícios secos (& mais e não apenas do que é mau ou reles...)
Por exemplo, através de O Monte dos Vendavais de Emily Bronte mostram como a vingança (e não só...) é uma destrutiva cadeia em efeito dominó - que se abre quando Mr. Earnshaw, o senhor dos Vendavais, leva para casa o órfão Heathcliff, deixando Hindley e Catherine os filhos, varridos por ventos de ciúmes e Earnshaw acaba por vingar-se de todos, morrendo. Por entre vinditas que se sucedem, Hindley torna-se jogador, dedica-se à bebida, escondidos subterfúgios levam-no a mais bebida e mais jogo (e acaba morto também...) Dá no que dá, seguem-se paixões imprevistas e seduções perigosas, alianças imprevisíveis e casamentos forçados, fantasmas à solta e prisões sem grades, tropelias magoadas e hipocrisias de viés, culpas imaginadas e desculpas perdidas.
Mas não, não foi só pela vingança (também foi pela artimanha e a videirice...) que o futebol português parece ter caído no seu Monte dos Vendavais - num jogo que não se joga com bola, se vai jogando com rufias a parasitá-lo e mariolas a prostituí-lo. A Ella e a Susan também mostram com a Expiação de Ian McEwan que a mentira se faz de muitas cores - e não apenas com o Brionypreso nos seus enganos e inventar narrativas para se salvar. E se, a cada dia que passa (nos seus fariaísmos e suas manigâncias...), há sempre mais do que um Briony a saltar-se, vergonhoso, do fundo dum mail - a virtude que pode haver nisto tudo é o poder acabar-se com eles, extirpá-los. Se tal acontecer, o futebol de verdade ganhou alguma coisa. Aliás, muito."
António Simões, in a bola
quinta-feira, 29 de junho de 2017
NETPRESS BENFICA TV HD :: 29 JUNHO 2017
DUSAN STOJSAVLJEVIC REFORÇA SL BENFICA
Dusan Stojsavljevic é o mais recente reforço da equipa Campeã Nacional de voleibol. O jogador, de 27 anos, chega pela primeira vez a Portugal com vontade de conquistar títulos em 2017/18.
“Estou muito feliz. O Benfica é uma grande equipa. Só ouvi coisas boas sobre o Clube e para mim é uma nova oportunidade de ser campeão”, começou por dizer o voleibolista, em declarações à BTV.
“Falaram-me bem do Clube e fizeram-me uma boa proposta. É um Clube fantástico e, para mim, um dos melhores da Europa. Por tudo isso decidi vir para o Benfica”, assumiu.
Depois de Milija Mrdak, Filip Cveticanin e Miroslav Gradinarov, foi a vez de Dusan Stojsavljevic. Teve a oportunidade de falar com o oposto, também ele sérvio, Milija Mrdak, embora admita que acompanha frequentemente a atualidade do Clube.
“Eu pedi-lhe para me falar um pouco mais sobre o Clube mas eu sei muito sobre o Benfica. Para mim é um prazer jogar aqui”, contou.
Nascido a 31 de agosto de 1989, o sérvio encara agora a primeira experiência fora do país natal. Na Sérvia, passou por clubes como Ribnica (2012/2013), Mladi Radnik (2013/2014), Djerdap (2014/2015) e Crvena Zvezda (2015/2016). Das características como jogador, salienta principalmente o empenho e o trabalho. “Dou tudo o que tenho nos treinos e nos jogos. Preparo-me bem para os jogos”, descreveu-se.
No final, uma promessa: “Vou trabalhar para poder estar em todos os jogos. Venho para Portugal com muita vontade de ser Campeão.”
FILIP CVETICANIN: “PRONTO PARA COMEÇAR A ÉPOCA”
Filip Cveticanin foi oficialmente apresentado, esta quinta-feira, no Estádio da Luz. De manhã, o central, que já tinha sido oficializado no final de maio, realizou os habituais exames médicos no Hospital da Luz.
O jovem de 20 anos tem dupla nacionalidade, sérvia e portuguesa e chegou no ano passado à Seleção Nacional principal. O central, filho de um nome sonante do andebol sérvio há longos anos radicado em Portugal, Vladimir Cveticanin, é um dos valores emergentes da nova vaga do voleibol português e pilar indiscutível da seleção. Agora vai integrar a equipa Campeão Nacional com um contrato válido por três temporadas.
“Não esperava nada melhor que isto, sinto-me muito bem, contente de estar aqui. Prontíssimo para começar uma época, espero eu, cheia de vitórias”, começou por dizer o atleta, à BTV.
O central garante que vai fazer de tudo para o sucesso do clube: “Vou treinar para tentar levar este clube sempre ao máximo, eu e os meus colegas claro”.
“Integra-se perfeitamente nos objetivos”
O vice-presidente Domingos Almeida Lima elogiou o jogador e garantiu que é uma mais valia para a equipa de voleibol.
“O Filipe Cveticanin, integra-se perfeitamente nos objetivos que nós temos, de reforçar a equipa principal, era um atleta que nós tínhamos em vista já há alguns anos”, revelou.
REVELADO O MISTÉRIO, O BRUXO TEM CONTRATO ATÉ 2020
LUÍS FILIPE VIEIRA: “RUMO AO PENTA”
Luís Filipe Vieira recebeu, esta quinta-feira, vários deputados Benfiquistas da Assembleia da República. À semelhança de anos anteriores, o presidente do Sport Lisboa e Benfica reuniu-se à mesa no Museum – Catedral de Cerveja, onde discursou para os presentes.
Discurso completo de Luís Filipe Vieira:
“Benfiquistas,
As boas tradições são para se manterem, e é uma boa tradição este nosso encontro anual de convívio dos representantes do povo com o clube do povo, o Sport Lisboa e Benfica.
Faz um ano, lançámos como grande objetivo a conquista do nosso primeiro Tetra. Pois bem, aqui está connosco a taça do primeiro Tetra da nossa história, num ano em que fizemos o primeiro triplete dos últimos 36 anos – e que culmina quatro anos em que afirmámos uma hegemonia do futebol português com números que falam por si.
Nos últimos quatro anos, em 16 títulos possíveis conquistámos 11. Houve quem, na mesma altura, não conquistasse nada ou apenas dois. E isso faz toda a diferença.
Resultados desportivos que são o culminar de um projeto de recuperação, credibilização e profissionalização do Benfica em todas as áreas.
Hoje temos contas consolidadas, um património e um conjunto de infra estruturas que nos permite olhar o futuro com total confiança.
Estamos a avançar com um novo ciclo de ambição, que passa por uma nova geração de infra estruturas com o alargamento da Caixa futebol Campus e a criação do novo Centro de Alto Rendimento que se vai localizar no concelho de Oeiras.
Nova ambição que passa também, pela expansão e uniformização das Casas do Benfica, pelo reforço da Fundação Benfica, pela Rádio Benfica e pela criação da nova plataforma digital – o novo site – que vai ser âncora da estratégia de proximidade com os nossos milhões de adeptos espalhados pelo mundo.
Somos reconhecidamente a melhor marca do país. Neste último ano sucederam-se as notícias a colocar o Benfica no top 10 dos mais variados estudos. Seja do ranking da UEFA, do clube que melhor rentabiliza as vendas dos seus ativos, em número de espectadores no Estádio, passando pelas inúmeras estrelas internacionais das várias áreas que fizeram questão de aparecer com a nossa camisola.
E um dos aspetos em que mais nos distinguimos, foi pelo reconhecimento do trabalho realizado, pela nossa famosa escola de formação do Benfica.
Neste momento, talentosos jovens que jogam em grandes clubes internacionais procuram vir para o Benfica, porque sabem que para além da forte aposta na sua formação, têm oportunidades de mostrar o seu valor na equipa principal.
Por isso, este ano lá teremos uma nova fornada de cinco a seis jovens vindos da equipa B a iniciar a época na equipa principal. Ganhar faz parte do nosso ADN e é na formação que queremos desde logo construir essa mentalidade.
Em síntese, temos provas dadas, resultados, uma estratégia e um novo rumo já definidos, o que nos torna fortes, unidos e coesos com confiança total no trabalho que temos todos juntos vindo a desenvolver.
Mas, caras e caros Benfiquistas, nas últimas semanas, o País assistiu a uma agitação no mundo do futebol, que procurou instalar a ideia de que todos somos iguais e que teria, caso resultasse, o efeito de destruir os restos de credibilidade que ainda levam adeptos aos estádios e os sócios a apoiarem os clubes da sua preferência.
Ao mesmo tempo, tentou-se criar um manto de suspeita e condicionamento sobre todos os agentes desportivos quando se aproxima o início de uma nova época.
No ambiente de grande agitação que foi artificialmente criado, o Sport Lisboa e Benfica foi brindado com uma sucessão de acusações, todas elas falsas e infundadas.
Neste momento, cabe-nos manter a serenidade e conservar distância em relação a comportamentos que não são próprios da atividade desportiva e muito menos próprios das relações que devem existir entre parceiros do mesmo sector de atividade.
Por isso, importa destacar que só devemos travar as batalhas que nós próprios escolhemos, jamais aquelas para onde nos querem arrastar.
O Benfica em nada contribuiu para este conflito suicida que, no final, acabará por vitimar quem a desencadeou e alimentou de forma irresponsável. Por essa razão, congratulamo-nos pelo facto de o assunto já ter sido levado às instâncias próprias.
Quero garantir aos sócios e simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica que no nosso Clube não existem atos praticados à margem da lei, nem condutas que possam ser objeto de censura.
A seu tempo, este facto ficará claro para todos.
Os Benfiquistas não devem estranhar que o nosso Clube esteja a ser o alvo de ódios alheios.
Os sucessos desportivos, a estabilidade financeira e a existência de uma organização muito profissional são motivo de incómodo para quem não pode orgulhar-se de estar no patamar de excelência, que faz do Sport Lisboa e Benfica uma referência a nível internacional.
E desenganem-se aqueles que pensam que nos fazem distrair dos nossos principais objetivos, pelo contrário, a todos os Benfiquistas quero garantir que o nosso foco está e estará no planeamento e preparação da próxima época, nas mais diferentes modalidades, para que no final voltemos a ter as alegrias, que tanto nos faz ter orgulho no nosso Clube.
E por isso não tenham dúvidas, vamos iniciar esta nova época com renovada ambição porque temos um novo feito inédito a conquistar o Penta.
Rumo ao Penta
Sempre com humildade e respeito por todos os adversários.
E sempre contando com esse apoio inexcedível dos milhões de Benfiquistas que por onde a nossa equipa se desloque, estão sempre lá a apoiar.
Mas quero fazer uma confidência sobre o segredo dos nossos resultados, a verdadeira poção mágica para tantos golos marcados e defesas extraordinárias.
O nosso feiticeiro mor chama-se Rui Vitória.
As fantasias mais deslumbrantes são do Jonas, os segredos mais poderosos do capitão Luisão, a poção mais forte de Fejsa que por onde passa ganha todos os títulos. E os pós mais inebriantes saem dos dribles dos nossos vários artistas como o Nélson Semedo, Cervi, Rafa e tantos outros.
Mas temos mais segredos. Investimos em formação em vez de crime informático. Em aprender com os erros em vez de culpar sempre terceiros. Em estabilidade em vez de despedimentos de sucessivos treinadores. Num próprio rumo em vez de alianças negativas.
E por isso digo sempre, a melhor resposta que podemos dar é continuar focados no nosso trabalho e continuar a ter resultados.
Benfiquistas, um Clube com a força dos nossos adeptos, em Portugal e no Mundo, está obrigado a trabalhar para ganhar, para formar, para ser uma referência.
É este o nosso registo, positivo, sólido, ganhador e global. Podem continuar a contar com o Benfica para ganhar. Viva o Benfica! Viva Portugal!”
ATUALIDADE DESPORTIVA SL BENFICA - 29 JUNHO 2017 BENFICA TV
A VELHA ALIANÇA
"Comecemos com um pequeno exercício de memória: quando o actual presidente do Sporting Clube de Portugal conquistou nas urnas tão honrosa posição, cumprindo assim um sonho de criança, o primeiro alvo que seleccionou para sobre ele descarregar o seu viperino arsenal de setas, bem venenosas, diga-se, foi o presidente do Futebol Clube do Porto - chamou-lhe de tudo!
Estranho? Só para quem andar distraído sobre o vaivém das motivações do mundo da bola: ataca-se sempre aquele que se percepciona como a mais séria ameaça – e o FCP, tendo em conta o seu recente histórico, naquela altura, ainda era visto como o mais temível detentor de poder.
Ora, todos pudemos, entretanto, ver e acompanhar com ternurenta complacência, o namoro, um verdadeiro noivado, que culminou, há dias, com mediático casamento entre estas duas grandes instituições desportivas, casamento que ironicamente teve um convidado de honra, um convidado que, de tão odiado, se tornou omnipresente: o incontornável e obsidiante Benfica. Sim, o clube encarnado, com seu crescente e avassalador domínio, não foi só o sibilino e ínvio convidado, mas a única razão de tão espúrias núpcias. Aos consortes uni-os o ódio e o medo sob as ígneas cores do vermelho. Ontem, era cobras e lagartos do clube nortenho, aparentemente viciado nos sabores da vitória, para agora se engolirem todos os sapos de décadas. Em nome de quê? Do medo vermelho que conjunturalmente os une!
Uma certeza estatística: não há no país, nem, se calhar, no mundo uma única pessoa que não aponte o verdadeiro móbil de tão cálido enlace. Toda a minha gente sabe e o diz à boca cheia (vox populi, vox Dei): é um casamento de conveniência. E os casamentos de conveniência não são pautados pelo amor, mas pelo maquiavélico critério do mal menor.
Se, com Pierre Clastres, fizermos uma breve deambulação pela “arquelogia da violência”, rapidamente nos apercebemos do que verdadeiramente está na gênese de qualquer aliança: o sentimento de vulnerabilidade face a uma ameaça externa, percebida como capaz (credibilidade) de dissolver o núcleo identitário de qualquer um dos aliados. Ou seja, ela baseia-se num pacto segundo o qual cada um se reconhece ser, sozinho, incapaz de fazer frente ao inimigo eleito como ameaça preferencial e prioritária. Ou seja, uma aliança traduz, a fortiori, um aflito expediente de sobrevivência.
É por isso que este casamento de aflitos, com namoro à porta dos gabinetes de Gomes e de Proença, se precipitou com a vitoriosa cavalgada (ou voo?) do clube da Luz, confirmando de forma categórica uma hegemonia que se vinha configurando: foi um casamento de aflitos e à pressa...
Nos casamentos à séria (que os há cada vez menos!), os nubentes e os convidados se manifestam contentes e felizes: neste, só um conviva, porém, tinha verdadeiros motivos para sorrir e que, por ironia, foi o único que não recebeu convite – o Benfica!
Insisto na atitude desesperada de preservação da coesão interna face à imagem antitética de um inimigo, quase sempre imaginário, ou provocado, como aconteceu com o General Leopoldo Galtieri, que, a braços com grave crise interna, mandou, em 2 de Abril de 1982, as tropas argentinas ocuparem as Ilhas Malvinas, sobre as quais agitou um histórico direito de jurisdição, desviando, deste modo, o foco nacional para um inimigo, neste caso, a Inglaterra, que ocupa aqueles territórios desde 1833.
Quando um líder enfrenta oposição interna, o truque clássico, conforme o demonstrou Musafer Sherif, é inventar ou provocar um inimigo externo. E, neste sentido, este recente casamento entre leões e dragões, além de gritar os quatro ventos a temida superioridade benfiquista, denuncia também, com flagrante nitidez, a actual tibieza das lideranças de cada um desses clubes. Cada um dos líderes em causa parece colocar num inimigo externo a verdadeira e única razão da sua força.
E isto entronca numa outra dolorosa verificação que é também uma profecia: verão fugir para a Águia tantos mais títulos quanto mais insistirem em disputá-los exclusivamente contra esse adversário, assim convertido em inimigo devorador.
A motivação traz sucesso sempre e quando ela se alimentar do íntimo de cada agente desportivo e não sacudida pelos ventos do circunstancialismo externo e conjuntural.
Já o afirmei diversas vezes: o que gera o sucesso é só uma motivação endógena, nunca uma motivação exógena.
Porque aos casamentos de conveniência espera-os um mesmo sim, sempre: o divórcio pela certa.
Este casamento em concreto durará só o tempo que demorar o poder a mudar de mãos.
Sim, mais de mãos do que de pés, apesar de ser sobretudo com estes que a bola se joga!"
LAMA EM VEZ DE RELVA
"Da relva para a lama. Da ética normativa para o reino dos interesses sem regras. Da sensatez para a mais autofágica turbulência. Da exemplaridade para o mais reles nível. Da leal competição para a guerra total. Da decadência para a ausência de pudor. Da estabilidade para o arrivismo inconsequente. Da transparência para a mais ordinária delação. Da constatação do erro para a abusiva generalização do dolo. Da cooperação para a vendeta. Da verdade como atitude para a mentira e intriga como táctica. Eis como, com brandura, se pode classificar a patologia do nosso futebol. Transversal aos clubes, em que uns são mais iguais do que outros. E onde a memória se esboroa a cada esquina de oportunismo doentio. Onde uns acusam outros e vice-versa, não se vendo ao espelho e julgando-se imaculados. Onde tudo vale por nada valer. Tudo agora reforçado com a parva delegação de porta-vozes funcionários, sem que se ouçam as vozes que os sócios democraticamente elegeram. Com as crianças hoje, adultos amanhã, a respirarem este ar poluído e até venenoso, sem que haja coragem para dizer basta. Com programas nojentos em alguns canais de tv para os quais, em nome do totalitarismo das audiências, não há limites deontológicos e éticos e onde a prostituída regra é a de que qualquer fim (deles, claro) justifica qualquer meio. Um abandalhamento total com intervenientes que, por vã glória, colaboram no assassinato deste desporto.
Este não é o futebol da naturalidade de se ganhar e de se perder (e saber aceitar). Quem acode à sua reabilitação como (parafraseando António Gramsci) «um reino de lealdade jogado ao ar livre»? É uma utopia? Pois que seja."
Bagão Félix, in a bola
quarta-feira, 28 de junho de 2017
SEM MEDO DA VERDADE
"Há cinco/seis anos que paira na Luz o receio de o correio electrónico do Benfica chegar ao conhecimento do FC Porto
Sem grande rigor cronológico, tudo parece ter começado a 1 de Abril (jornada 27), esse, o dia das mentiras, quando os jogadores do FC Porto se abraçaram em bizarra comemoração pelo empate no Estádio da Luz, mesmo não tendo chegado à liderança nem relevado competência bastante para lá chegarem em oportunidades futuras.
Qual o motivo, então, de misterioso festejo? Depositar todas as esperanças na parceira com o Sporting, na altura ainda meio clandestina, mas confirmada mais tarde através de curtas missivas entre presidentes, depois de os directores de comunicação dos dois clubes terem sido apanhados em encontro que se admitia protegido da curiosidade jornalística, dada a experiência de quem nele participou, por denunciar a arquitectura de uma aliança contra o Benfica.
Em vésperas da jornada 29, desenrolou-se a novidade número um, a da relevação da existência de uma cartilha entre os comentadores associados ao Benfica e logo a seguir a número dois com a divulgação de nomes a quem seria endereçada. Nessa jornada 29 (15 de Abril), porém, o FC Porto não conseguiu ganhar em Braga e o efeito da mensagem esvaiu-se.
Na seguinte, a 30.ª (22 de Abril), o Sporting não foi suficientemente competente para justificar o acordo de conveniência com o amigo nortenho e o Benfica ficou com o caminho livre para o título. Apostaram-se, então, todas as fichas na viagem do Vitória SC (13 de Maio) à Luz. Outra desilusão: além de um Benfica super inspirado, na altura os jogadores vimaranenses tinham a cabeça já na final da Taça de Portugal.
Campeão a uma jornada do fim, Luís Filipe Vieira libertou o entusiasmo e apontou a patamar mais elevado: o penta!
Soaram os alarmes no Dragão. O Sporting revelara-se aliado de fraca influência, obrigando a uma estratégia mais agressiva com dois objectivos imediatos: desviar as atenções da demorada substituição de treinador e, principalmente, do furacão previsto na torre das Antas, mas ainda ignorado da opinião pública e que teve a ver com a intervenção da UEFA por incumprimento do fair-playfinanceiro.
A venda de André Silva foi a primeira medida. Claro que o FC Porto tinha de vender jogadores, esclareceu o administrador Fernando Gomes, à margem de uma sessão especial de mercado na Euronext (7 de Junho), salientando, no entanto, que o clube procurará «encontrar soluções no mercado e continuar a ter uma equipa muito competitiva».
Em concomitância, na sua briosa empreitada, o director de comunicação portista continuou a mostrar trabalho bem feito. De tal modo que foi capaz de erguer uma cortina que tem escondido da curiosidade alheia os problemas que a sua Administração enfrenta. Alguém questiona as entradas e saídas no FC Porto ou como vai respeitar-se a ordem superior sem fragilizar a capacidade competitiva do plantel? Não, o foco, como é moda dizer-se, está nos mails, nos sms relacionados com o Benfica e em tudo quanto deles derivará.
Na trincheira benfiquista, o silêncio tornou-se incomodativo para os adeptos e a sua primeira reacção pública teve-a António Simões, a 8 de Junho, no programa Aquecimento da BTV. Proclamou o antigo campeão europeu não se rever «nesta gente a representar o Benfica», clube que, sublinhou, além de maior, «tem de ser o melhor».
Do ponto de vista jurídico, poderá haver matéria para recorrer aos tribunais com dúzias de acções, mas o que família benfiquista quer saber é se os mails e os sms existem e se os conteúdos revelados são verdadeiros e no que isso poderá prejudicar a imagem do emblema. O resto é conversa para entreter.
Dizer-se que o director de comunicação portista a partir de agora estará impedido de dar publicidade ao caso é igual à zero. Nada impede que outros o façam e lhe peçam para comentar, como já deu para perceber. Além de, há cinco/seis anos, pairar na Luz o receio de o correio electrónico do Benfica, pelo menos em determinado período, ou até determinado período, chegar ao conhecimento do FC Porto.
Que se saiba, o risco nunca foi assumido. Por isso, não há volta a dar. É o efeito de convidar para casa ou andar de braço dado com pessoas que comeram sopa nas mesmas malgas dos adversários e da tolice de outras que falam de mais e estimulam amizades que não se recomendam.
Assiste-se a um ataque ao Benfica com origem conhecida. À justiça cabe apurar se há culpas, de acusadores, de acusados, ou de ambos. A Filipe Vieira compete retirar as ilações que a situação recomenda.
O Benfica não deve deixar-se comer de cebolada, como alertou Rui Vitória, mas também não deve o presidente tolerar que gente que o rodeia manche o nome da instituição. Sem medo da verdade, nem das consequências. Só assim o Benfica, além de maior, será o melhor, como preconiza António Simões. "
Fernando Guerra, in a bola
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
"Benfica e Porto foram os clubes que mais dinheiro fizeram na última década em transferências. Isto é uma boa notícia. Mas é possível fazer uma leitura negativa...
Os números impressionantes: num ranking de transferências da última década, o Benfica lidera com 727 milhões de euros de vendas, logo seguido pelo Porto com 722 e, nos restantes dez primeiras lugares, só constam clubes ingleses, espanhóis e italianos.
Apesar de assolados pela dívida, os clubes portugueses podem ter encontrado um modelo de negócio sustentável: apostar na formação e no scouting valorizar jogadores e vendê-los muito bem. Se olharmos para outros países da nossa dimensão, ninguém parece ter ido tão longe nesta estratégia. O futebol português encontrou a sua galinha dos ovos de ouro, resta saber se não está também a matá-la.
Colocam-se, a este propósito, dois problemas interligados: a competitividade do futebol português pode ficar ameaçada do médio prazo e a generalização das vendas pode tornar difícil manter o valor do jogador português.
Um dos equívocos muitas vezes repetidos é que a importância das vendas de jogadores no modelo de negócio dos três grandes vai aumentar irremediavelmente o fosso competitivo com os outros clubes.
Na verdade, o campeonato português - como aliás quase todas as ligas - sempre foi desequilibrado, com vendedores crónicos. O problema para Portugal não é a desigualdade interna, mas, sim, o risco de, vendendo cedo de mais, os clubes nacionais perderam competitividade na Europa. Sem presença assídua na Champions e sem passarem a fase de grupos, os clubes portugueses deixarão de ser capazes de vender como agora, pois a percepção positiva sobre o futebol português piorará.
Para já, coloca-se um outro problema. Enquanto até há pouco tempo, Benfica e Porto e, em menor medida, também o Sporting, vendiam jogadores já maduros, hoje, a aposta passa por vender jogadores acabados de sair das academias, com grande potencial, mas longe de terem maturado. Como se não bastasse, estes jogadores são vendidos por valores exorbitantes a clubes de topo, onde a probabilidade de não se afirmarem é grande, por chegarem demasiado cedo.
Enquanto jogadores cada vez mais jovens são promovidos aos plantéis principais dos clubes grandes - o que os tornará menos competitivos na Europa -, estes jogadores são vendidos ainda numa fase muito inicial das sua carreira. O efeito conjugado destas duas tendências tem tudo para correr mal: a competitividade do futebol português diminui, enquanto a probabilidade de jogadores com muito potencial falharem na sua afirmação externa aumenta. Com consequências: os clubes que hoje pagam tanto por jogadores portugueses, poderão deixar de o fazer e o futebol português poderá iniciar uma trajectória de 'holandização'. Clubes menos competitivos na Europa, selecção com dificuldades de afirmação e desvalorização relativa do jogador nacional (basta pensar no valor de venda de jovens talentos portugueses hoje quando comparado com jovens talentos holandeses)."
ATUALIDADE DESPORTIVA SL BENFICA: 28 JUNHO 2017 BENFICA TV
F@DA-SE VIEIRA, ÉS O MAIOR....
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O INSÓNIAS EM CARVÃO MERECE UM ÓSCAR....
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terça-feira, 27 de junho de 2017
105x68 BENFICA TV HD :: 27 JUNHO 2017
BREVE HISTÓRIA DE UMA MORTE ANUNCIADA
"Portugal disputa, nestes últimas quinze dias de Junho (se tudo correr bem) uma prova em que é estreante e parece condenada ao desaparecimento: a Taça das Confederações. Responsabilidade acrescida: é campeão da Europa e a Alemanha apresenta-se com uma espécie de equipa B...
Esta edição da Taça das Confederações é a oitava organizada sob a égide da FIFA e, muito provavelmente, a última a que poderemos assistir. O novo calendário internacional que se perfila no horizonte para as selecções deixará de ter espaço para uma prova que, vendo bem, nunca caiu muito no goto das federações nacionais.
Orgulhosa dos seus galões de campeã da Europa, a selecção nacional, que um dia Ricardo Ornellas, um dos mestres do jornalismo, apelidou de Equipa-de-Todos-Nós, vê nesta sua primeira presença na prova a possibilidade da conquista de um troféu que ficaria a matar nas vitrinas da sede da federação, lado a lado com a Taça Henry Delaunay, triunfalmente ganha em Paris, Saint-Denis, na cara dos chauvinistas franceses.
Como durante esta semana e até à saída deste seu jornal teremos vários jogos que não conseguimos reportar antes do fecho, fiquemo-nos hoje pelo um breve historial desta competição.
Foi em 1992 que a Federação da Arábia Saudita teve a interessante ideia de realizar uma competição envolvendo os vencedores da Copa América, da Taça das Nações Africanas, da Taça da Ásia e da Copa de Ouro da CONCACAF. Meias-finais, final e jogo para os terceiros e quartos lugares, tudo em três dias de Outubro, meio à pressa por vicissitudes mais do que compreensíveis, com vitória dos argentinos sobre os sauditas no jogo decisivo de Riade (3-1).
O primeiro passo estava dado.
Três anos mais tarde, em 1995, nova dose. Também na Arábia Saudita. Chamava-se, na altura, Campeonato Intercontinental. Sendo o Japão campeão asiático, acrescentou-se a equipa do país organizador, como não poderia deixar de ser. Seis participantes, já em dois grupos iniciais para apurar os semi-finalistas. Vencedor: Dinamarca, na final contra a Argentina (2-0).
Tudo piava, a partir de agora, mais fino.
Em 1997, já estávamos, muito mais prosaicamente, perante a Taça das Confederações.
Com edição agendada de dois em dois anos. Entravam na liça o campeão do mundo (Brasil, no caso), o campeão da Oceânia (Austrália) e o finalista da Taça da Ásia, os Emiratos Árabes Unidos, já que a Arábia Saudita voltava a apresentar-se como país organizador. O campeão europeu, a Alemanha, declinou a presença, chegando-se à frente o finalista do Euro-96, a República Checa. Atingia-se o número ideal de oito, divisível por dois grupos de quatro, tal como acontece actualmente.
Vitória brasileira sobre os australianos 6-0!
Tempos modernos
A edição de 1999 teve lugar no México. A França, campeão do mundo em 1998, decidiu não participar. A prova disputou-se no início de Agosto, embora estivesse agendada para Janeiro.
O México venceu o Brasil e, dois anos depois, já se encontrava estabelecido que a Taça das Confederações serviria para para teste das fases finais dos Campeonatos do Mundo.
Como co-organizadores do Mundial de 2002, Coreia do Sul e Japão receberam a edição de 2001. E participaram nela, como está bem de ver. Com o campeão do mundo e da Europa confundidos na mesma selecção, a França (1998 e 2000), o México teve direito a entrar como titular.
Ao título mundial e europeu, somou o título confederativo, batendo o Japão por 1-0.
Dois anos mais tarde, em 2003, seria a própria França a receber o torneio.
Ganhou outra vez.
Aos Campeões que, na meia-final, tinham visto o seu jogador. Marc-Viven Foé colapsar em campo inanimado ao minuto 71. Seguiu-se a morte.
A partir de 2005, a FIFA estabeleceu que a Taça das Confederações só se disputaria nos anos anteriores às fases finais dos Campeões do Mundo.
E, mantendo o principio de que o grande objectivo era o de servir de teste aos Mundiais, sempre no país que, no ano seguinte, organizasse a prova.
A nova era teria, assim, início na Alemanha.
Seguir-se-iam a África do Sul, o Brasil e a Rússia.
O Brasil conquistaria todas as Taças das Confederações a partir daí, embora tenha ficado de fora da deste ano.
4-1 à Argentina, em Frankfurt; 3-2 aos Estados Unidos, em Joanesburgo;3-0 à Espanha. Mas fala-se à boca cheia pelos corredores que a Taça das Confederações não tem futuro.
Ou melhor, que o futuro dela é já agora. Na Rússia, de onde daremos notícias..."
Afonso de Melo, in O Benfica
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