segunda-feira, 31 de julho de 2017
ÉPOCA 2017-18 - NOVO PROGRAMA BENFICA TV - 31 JULHO 2017 HD
UM AZAR DO KRALJ
O Benfica voltou a perder, no último jogo da pré-época, frente ao Leipzig (0-2), e Um Azar do Kralj oferece-nos um texto pessimista.
Bruno Varela
Bruno Varela
Caminha a passos largos para a titularidade por exclusão de partes.
Pedro Pereira
A expressão “um Azar do Kralj” foi inventada para isto:
Transferência muito badalada, tendo surgido em 400 capas de desportivos;
Jogador ainda jovem com “grande” margem de progressão;
Jogador chega a Portugal depois de ter jogado num campeonato mais competitivo, sendo isso considerado um indício de maturidade técnico-táctica;
Apontado ao onze titular;
O ponto 5 é um empréstimo ao Cluj, ao Apoel Nicósia ou ao Kasimpasa. O ponto 6 é tornar-se uma piada recorrer na nossa página. Ainda está tudo em aberto, Pedro. Só depende de ti.
Jogador ainda jovem com “grande” margem de progressão;
Jogador chega a Portugal depois de ter jogado num campeonato mais competitivo, sendo isso considerado um indício de maturidade técnico-táctica;
Apontado ao onze titular;
O ponto 5 é um empréstimo ao Cluj, ao Apoel Nicósia ou ao Kasimpasa. O ponto 6 é tornar-se uma piada recorrer na nossa página. Ainda está tudo em aberto, Pedro. Só depende de ti.
Lisandro López
Aquela falha de marcação da praxe. A dupla que fez com Ruben Dias pareceu por vezes superior a Luisão e Jardel, mas só porque o adversário era muito mais fraco e Fejsa estava em campo. Se não fosse isso, teria sido pior.
Rúben Dias
Não foi dos piores. Ainda não chega para ser titular porque Luisão, Jardel e Lisandro estão primeiro. Ou melhor, talvez chegue. Sim. Talvez chegue.
Grimaldo
Comido de cebolada mais vezes do que seria de esperar. Ainda assim, continua apto para levantar a Supertaça no próximo sábado.
Fejsa
Muitos estranharam que o Benfica não tivesse sofrido mais uma goleada, pelo menos até saberem que Fejsa foi titular.
Carrillo
Muitos estranharam que o Benfica tivesse feito o primeiro remate enquadrado aos 79 minutos, pelo menos até sabermos que Carrillo foi titular.
Martin Chrien
Voltou a ser titular na pré-época. É muito mais convincente como suplente.
Cervi
Não se goza com anões, porra.
Rafa
Aquele emoji com a mão na testa.
Raúl Jiménez
Aquele emoji com cifrões nos olhos.
André Horta
Aquele emoji triste com a parte de cima azul, angustiado e temeroso perante o futuro.
Jonas
No final do jogo agradeceu aos adeptos enquanto os colegas de equipa lhe pediam desculpa.
Carrillo (outra vez)
Não conheço um único benfiquista que não o levasse ao aeroporto já hoje.
Mitroglou
Marcou um golo em posição irregular no único lance de ataque da sua equipa. Na sequência do mesmo, lesionou-se. Que belíssima pré-época a nossa.
Willock
Não me parece nada mau, mas pode ser porque quase tudo à volta dele tem parecido pior.
Pizzi
Menos de dez minutos em campo a fazer a vez de um lesionado. Deu para sentir como é ser um centro-campista não agenciado por Jorge Mendes.
Filipe Augusto
Tal como Filipe Augusto, não temos nada a acrescentar.
E PRONTO, OS ESCANZELADOS LADRARAM, MAS BAIXINHO MUITO BAIXINHO
Da série "Podem continuar a tentar"!
O Sport Lisboa e Benfica foi hoje notificado do despacho proferido pelo Presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), a deferir o registo do novo regulamento de segurança de utilização do Estádio da Luz e, em consequência, a garantir a possibilidade de aí serem realizados espetáculos desportivos.
O Sport Lisboa e Benfica congratula-se com o sentido do referido despacho e o reconhecimento, uma vez mais, de que o Estádio da Luz reúne todas as condições de segurança e que os espetáculos desportivos aí realizados respeitam todas as disposições legais aplicáveis, como não podia deixar de ser.
As noticias vindas a público e as pressões que têm sido levadas a cabo junto das mais diversas instituições no sentido de afastar os sócios e simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica do apoio às suas equipas, revelam-se hoje uma vez mais frustradas.
O Sport Lisboa e Benfica continuará a respeitar todos os seus sócios sem qualquer tipo de discriminação e espera agora pela primeira grande enchente da época, na sua estreia na Liga NOS, dia 9 de agosto no jogo com o Sporting de Braga que se realiza no Estádio da Luz.
ATUALIDADE DESPORTIVA SL BENFICA - BENFICA TV TV - 31-07-2017
ESTAR ACIMA É O CONTRÁRIO DE ESTAR ABAIXO
Conheci o Nicolau Santos da redação do "Público" no outono de 1996, quando os trabalhadores do jornal da SONAE viram sair o seu extraordinário diretor/fundador e viram entrar Nicolau Santos, que foi a escolha de Belmiro de Azevedo para o lugar deixado vago por Vicente Jorge Silva. Foram tudo menos amáveis, esses tempos que Nicolau Santos padeceu naquela que foi a sua curta experiência de dirigir o "Público" num ambiente de motim permanente encabeçada pela ala que haveria, mais tarde, de lhe suceder. Passaram-se, entretanto, 20 anos e o episódio não passa hoje de uma velha reminiscência na história de um jornal com o seu cotejo de decências formais e indecências funcionais de que, provavelmente, já poucos se lembram - e ainda bem - em função da largueza de pormenores e de protagonistas assanhados. Devem contar-se pelos dedos de uma mão as vezes em que, nestes 20 anos, voltei a encontrar ou a conversar fugazmente com o Nicolau Santos, que sempre mereceu a minha simpatia e sempre continuará a merecer a minha amizade (muito distante, é certo) e um justo respeito, sendo que o respeito, ao contrário das amizades, jamais pode ser distante porque o respeito ou é ou não é. E, neste caso, é. A meio desta semana lendo o texto que o atual diretor do "Expresso" escreveu sobre o seu clube e fez publicar na edição online do jornal, dei comigo a recordar a breve passagem do Nicolau pelo "Público". Uma das primeiras e louváveis atitudes enquanto diretor foi a de resignar à posição que tinha no chamado Conselho leonino - o órgão consultivo do Sporting Clube de Portugal - com o fim de exercer o seu novo cargo "acima" e3 com o máximo de distância das turbulências sociais que o futebol gera e gerará. As opiniões sobre a equipa de futebol do Sporting expressas por Nicolau Santos esta semana são legítimas como as opiniões de qualquer outra pessoa sobre esse ou qualquer outro assunto, convenhamos desde já. Sendo o "Expresso", no entanto, um generalista de "referência" e sendo a posição de Nicolau socialmente bem diferente da dos diretores dos jornais desportivos ou da dos comentadores afetos a emblemas, que interesse verá o meu amigo Nicolau em vestir a camisola do seu clube e sujeitar-se a estas baixíssimas guerras da bola? Conhecendo-o, sei que não é por interesse, é por amor que, descendo do altíssimo patamar da equidistância inerente ao seu cargo, acaba por se ver discutido nas tabernas como se de um "híbrido", um "ignorante", falho de "inteligência" e de "bom senso" se tratasse porque foi assim que, logo no dia seguinte, o diretor de comunicação do Sporting rebaixou o diretor do "Expresso". Isto será bom para o prestígio do "Expresso"? Não, não é. E será bom para Nicolau Santos? Muito menos. E porquê? Porque estar "acima" é o contrário de estar abaixo. Um abraço, Nicolau.
Leonor Pinhão, in record
domingo, 30 de julho de 2017
A MEDIDA QUE FALTA AO PRESIDENTE DA UEFA
"O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, já percebeu que as actuais medidas do Fair Play Financeiro estão a ser facilmente contornadas pelos grandes clubes europeus e a prova disso é a avultada quantidade de negócios megalómanos que têm existido neste defeso. Os 150 milhões de euros que o Manchester City pagou por três laterais, os 180 que o Real Madrid promete pagar por Mbappé ou, até, os 222 milhões de euros da cláusula de Neymar que o PSG equaciona pagar são disso exemplo. Esta semana, o jornal italiano 'Gazzetta dello Sport' revelou que Ceferin pensa em três medidas a implementar de imediato e todas elas fazem lembrar... a Major League Soccer, dos Estados Unidos, onde o equilíbrio é a palavra de ordem.
O tecto salarial, um limite ao número de jogadores de cada plantel e o falado imposto de luxo fazem lembrar os orçamentos delimitados para todos os clubes da MLS, o máximo de 28 jogadores que qualquer equipa pode ter (20 sob um determinado orçamento e 8 sub-25 com outro também limitado) e ainda o termo de 'Designated Player', destinado a dois craques por equipa, cujo salário pode ultrapassar o orçamento. Obviamente que são ainda ideias em estudo mas que pretendem equilibrar o futebol europeu e pôr fim a um fosso que aumenta cada vez mais entre os gigantes endinheirados e os restantes clubes.
Mas Ceferin tem-se 'esquecido' de um pormenor muito importante, que promove também o desequilíbrio indesejado ano após ano. E que já tem sido alvo de fortes críticas de vários treinadores mas continua sem ser alterado: é uma aberração o mercado de transferências fechar só no dia 31 de Agosto. Sofrem as equipas mais pequenas, que iniciam as épocas com uma equipa e podem perder jogadores-chave até esse dia, podendo ser obrigadas a redefinir objectivos no dia 1 de Setembro. Porque se os gigantes podem pagar o que for preciso até 31 de Agosto, outras equipas não têm essa capacidade financeira para chegar, apresentar o dinheiro e trazer o atleta. O presidente da UEFA deve redefinir a data do fecho do mercado para mais cedo (talvez a 31 de Julho ou, no máximo, 10 de agosto) para que esse equilíbrio pretendido tenha pernas para andar. Enquanto assim for, haverá sempre equipas a iniciar campeonatos sem saber com o que contar a partir de 1 de Setembro...
PS.: O episódio ocorrido entre Nélson Semedo e Neymar prova que o craque brasileiro não está bem. Vendo as imagens, percebe-se que a provável mudança para o PSG está a afectar a estabilidade emocional de Neymar pois a reacção que teve para com o internacional português não é normal. Não fosse Busquets e o brasileiro poderia ter cometido um erro gravíssimo..."
BENFICA TERMINA EMIRATES CUP SÓ COM DERROTAS
O Benfica voltou a perder na Emirates Cup, agora com o RB Leipizg. Os ´encarnados` foram derrotados por 2-0 e terminaram o torneio no último lugar, com sete golos sofridos e dois marcados em dois encontros. Rui Vitória tem muito trabalho pela frente.
Depois da goleada sofrida no sábado (5-2) frente ao Arsenal, Rui Vitória colocou em campo uma outra equipa, com exceção de Cervi que foi o único a repetir a presença no onze inicial. O Benfica entrou com Bruno Varela na baliza, Pedro Pereira e Grimaldo nas laterais, Lisandro López e Ruben Dias a central. Fejsa fez dupla de médios com Martin Chrien, Carrillo e Cervi mas alas no apoio a Raúl Jiménez e Rafa. Já o RB Leipzig, 2.º colocado da Liga Alemã na época passada, contou com o português Bruma, recentemente contratado ao Galatasaray, no onze.
No Emirates Stadium, o Benfica entrou melhor e fez uns bons 15 minutos, com destaque para Cervi. Mas na primeira verdadeira incursão, o RB Leipzig chegou ao golo. Halstenberg combinou com Burge pela esquerda, passou por Rúben Dias e rematou forte para o golo.
Este golo intranquilizou o Benfica e deu deixou a equipa alemã mais solta. Valeu Bruno Varela na baliza, a evitar males maiores. Primeiro aos 29 minutos, a travar o remate de Abouchabaka após passe de Bruma. Depois aos 36 a negar o golo a Burke por duas vezes no mesmo lance. Grimaldo foi batido em velocidade neste lance.
O segundo tempo pedia outro Benfica para tentar dar a volta ao jogo e mostrar outros argumentos, mas quem entrou praticamente a marcar foi o RB Leipzig, aos 52 minutos. Kaiser marcou um livre para a área onde apareceu Comper, a fugir a Lisandro e a marcar o 2-0.
Depois do 2-0, Rui Vitória fez entrar Jonas e André Horta e, mais tarde, Diogo Gonçalves, Kostas Mitroglou, Willock (defrontou a sua antiga equipa), Filipe Augusto. E só nos derradeiros minutos os ´encarnados` conseguiram criar lances de golo. Mitroglou teve um golo anulado (e bem anulado) por fora-de-jogo. Lisandro Lopez viu o poste negar-lhe o golo aos 85 minutos.
O Benfica termina assim a Emirates Cup só com derrotas. O próximo compromisso dos ´encarnados` é frente ao Vitória de Guimarães, para a Supertaça. O jogo está marcado para o dia 5 de agosto.
LEIPZIG 2 x 0 BENFICA - ANÁLISE BENFICA TV - 30 JULHO 2017 HD
COM TRÉS CENTRAIS, NÃO!
Jogadores e treinadores estiveram de férias mas os departamentos de comunicação não pararam.
Falta uma semana para tudo voltar a ser a sério. Já não era sem tempo. O defeso passou-se como se passam todos os defesos. Entre a monotonia e a saudade das emoções, e mais uns quantos sentimentos mornos salpicados de promessas bélicas a anunciar o que está para vir de agosto até maio de 2018. Jogadores e treinadores estiveram de férias mas os departamentos de comunicação dos três candidatos ao título não pararam nem para dar um mergulho rápido na água do mar que tudo refresca, até as ideias. Prosseguiu, assim, em tons ameaçadores, o diálogo institucional entre os grandes de Portugal. Estas chinfrineiras pagam-se lamentavelmente. O diretor de comunicação do FC Porto, por exemplo, anunciou na semana passada que "o melhor está para vir" e logo no dia seguinte o presidente do clube sofreu uma queda aparatosa que o remeteu para o leito de um hospital. O presidente do Sporting também foi notícia porque se casou, o que, convenhamos, não tem nada de francamente especial, e o presidente do Benfica só conseguiu ser notícia porque entrou em campo à frente da equipa no primeiro dia do estágio em Inglaterra, um acontecimento menor que lhe outorga o título do menos mediático dos três sensacionais presidentes em concurso. A época oficial de 2017/18 arranca no próximo fim de semana com a discussão da Supertaça, que opõe o campeão nacional ao finalista vencido da Taça de Portugal. Terá, portanto, o Benfica de vencer o V. Guimarães se quiser continuar a sua impressionante soma de títulos e se pretender continuar a ser veementemente acusado de domínio hegemónico em Portugal. É com isso que os benfiquistas contam e é contra isso que a equipa de Pedro Martins se vai debater de hoje a uma semana em Aveiro. Para preparar o confronto com os campeões de Portugal escolheu o V.Guimarães ter neste defeso por adversários o FC Porto e o Sporting, duas equipas do top interno, tendo-se saído mal no jogo com os primeiros e muitíssimo bem no jogo com os segundos. A equipa técnica do Benfica observou, certamente, com muita atenção o evoluir da formação vitoriana – sempre um rival que mete respeito – desde o primeiro dia da chamada pré-época e terá chegado, pelo menos, a uma conclusão pertinente: é de todo desaconselhável jogar contra o V.Guimarães com uma linha de 5 defesas contando com 3 centrais. Foi o que fez o Sporting e viu-se o que aconteceu. Se não fosse o árbitro ter mostrado um cartão vermelho a Coates impondo com bom senso, mas à força, o regresso a uma linha defensiva mais clássica, ninguém sabe a que volume teria chegado o ‘score’ final. Foi este o fulminante recado deixado a Rui Vitória depois de Rio Maior: com 3 centrais, não! Geraldes e o problema de ler em pleno horário de trabalho. O gosto pela leitura é uma bênção e ninguém considerará que a profissão de futebolista é incompatível com o prazer dos livros. Bem esteve o marketing do Rio Ave ao anunciar Francisco Geraldes como um dos seus para 2017/2018 através da imagem de um exemplar de ‘Ensaio Sobre a Cegueira’ de Saramago semi-envolvido numa camisola vila-condense. Foi este o livro que Geraldes lia no banco do Sporting enquanto não começava um desses joguinhos da pré-temporada. O caso deu algum brado e fica a dúvida se o jogador terá sido emprestado pelo Sporting ao Rio Ave por não ter qualidade suficiente ou por estar a ler de chuteiras calçadas, ou por o título da obra ter sido entendido como provocatório. Ler é uma vantagem (e sempre será) mas a abstração que a leitura provoca não pode ser consentida a nenhum profissional de nenhuma profissão no momento em que as suas funções lhe exigem a maior concentração operacional. Ainda assim, como não simpatizar com o Xico Geraldes e com o Rio Ave?
Leonor Pinhão, in correio da manhã
"QUERO FICAR NO BENFICA MUITO TEMPO"
O avançado Jonas reiterou, após a derrota do Benfica diante do Arsenal (2-5), a sua vontade em permanecer no plantel das águias, salientando o apoio constante que recebe por parte do universo encarnado.
«O Benfica acolheu-me super bem. Tenho sentido isso não só dos adeptos, mas também do clube, dos companheiros, direção e equipa técnica. Eu e a minha família estamos muito felizes e tenho transmitido isso para dentro de campo. Tenho conquistado coisas coletivas e individuais e quero permanecer muito tempo no Benfica. É um clube que está no meu coração e me trata muito bem», afirmou o internacional brasileiro.
O jogador de 33 anos, em declarações prestadas ao canal do clube, desvalorizou a derrota diante dos gunners, preferindo antes reforçar o crescimento da equipa na pré-época:
«É um período de preparação e jogar contra equipas de grande qualidade fortalece a nossa equipa para começar bem a época. A cada semana temos crescido, com uma carga de trabalho intensa, que nos permite ganhar o máximo de força possível para estarmos bem ao longo da temporada e fazermos uma grande época».
sábado, 29 de julho de 2017
SEGUNDA PARTE DESEQUILIBROU
ENCARNADOS DEFRONTAM LEIPZIG NO DOMINGO, ÀS 14 HORAS.
O SL Benfica perdeu, este sábado, com o Arsenal (5-2), no primeiro jogo dos encarnados na Emirates Cup, naquele que foi mais um teste de luxo para a primeira competição oficial da temporada, a Supertaça.
No Emirates Stadium - onde marcaram presença muitos Benfiquistas - Rui Vitória apostou num onze inicial com sete alterações em relação ao que apresentou no jogo com o Hull City. Saíram Lisandro, Samaris, André Horta, João Carvalho, Carrillo, Diogo Gonçalves e Mitroglou.
Naquela que foi a segunda participação dos encarnados nesta competição – a primeira foi em 2014 –, jogo com os primeiros 45 minutos a serem muito equilibrados. A primeira oportunidade até pertenceu ao Arsenal – grande defesa de Júlio César, logo aos 4’, a negar um golo de cabeça a Giroud – mas foi mesmo o Tetracampeão que inaugurou o marcador.
À passagem do minuto 11, Pizzi picou por cima da defesa, Jonas serviu Cervi que rematou para o fundo da baliza dos gunners. Belíssima jogada do ataque que colocou os encarnados na frente do marcador.
O Arsenal correu atrás do prejuízo e, aos 24’, golo de Walcott. Pizzi ainda ficou a pedir falta, mas o árbitro mandou jogar… Aos 32’, a reviravolta. Walcott novamente na pequena área, a encostar para o 2-1.
A pressão alta dos encarnados deu frutos e, ainda antes do intervalo (39’), Salvio repôs a igualdade no Emirates Stadium.
45 minutos e muitas mexidas
Segundo tempo e mais uma oportunidade para o Benfica. Em boa posição, Seferovic rematou ao lado do poste direito da baliza do Arsenal. Mas, aos 51’, um lance de azar para Lisandro. Após um cruzamento na direita, o central tentou o desvio e acabou por colocar a bola na baliza de Júlio César.
Mais dois golos do Arsenal (aos 64’ por Giroud e aos 71’ por A. Iwobi) e, apesar disso, continuava a ouvir-se nas bancadas do Emirates Stadium, em Londres, “eu amo o Benfica”.
Depois de um empate a duas bolas ao intervalo, uns segundos 45 minutos que desequilibraram e penderam para o lado da formação anfitriã, após um amontoado de substituições em ambas as equipas.
Amanhã (14h00) o SL Benfica defronta o Leipzig que perdeu, por 1-0, com o Sevilha na ronda inaugural da Emirates Cup.
Rui Vitória fez alinhar: Júlio César; Aurélio Buta, Luisão, Jardel e Eliseu: Salvio, Filipe Augusto, Pizzi e Cervi; Jonas e Seferovic.
Jogaram ainda: Lisandro, Grimaldo, Rafa, Chrien, Rúben Dias e Raúl Jiménez.
JORNAL O BENFICA - BENFICA TV - 28 JULHO 2017 HD
CARÊNCIAS NA DEFESA
"O torneio londrino este fim de semana servirá como um teste mais exigente e qualificado. Arsenal e Leipzig serão uma boa prova dos nove.
Finalmente, temos todo o plantel disponível. Esta pré-época prestações torna mais difícil uma preparação com qualidade e certezas. No entanto, não precisamos de ser gurus da bola para perceber que há muita qualidade e soluções do meio-campo para a frente, e algumas carências no sector mais recuado. No Benfica, constatar isto é de La Palice: saíram Ederson, Nélson Semedo e Lindelof que foram substituídos pelos seus suplentes, e pelos suplentes dos seus suplentes. Veremos as evoluções, as adaptações e as contratações que o futuro nos reserva. O torneio londrino este fim de semana irá servir como um teste mais exigente e qualificado. Arsenal e Leipzig são uma boa prova dos nove.
Quer o FC Porto, quer Sporting pontuam qualidade nos jogos de pré-época. O FC Porto, com uma agressividade e qualidade de jogo de que sou fã, mostra já aquilo que teremos durante a época. Mesmo que o risco de acabar com menos de 11 jogadores seja grande eu gosto desta abordagem competitiva. Sérgio Conceição soma também um discurso inteligente, moderado, quase modesto nos objectivos anunciados. Vai ser mais perigoso se optasse pelo habitual discurso charlatão. Este discurso pode não ajudar a vender tantas camisolas, mas ajuda a ganhar muito mais pontos.
Vejo um FC Porto inteligente.
Em Veneza, onde escrevo esta crónica, as perguntas dos adeptos do Milan são todas sobre as qualidades de André Silva. Eu elogio a compra dos italianos, mesmo quando se elogiam os méritos da venda dos portugueses. Impressionante o impacto que têm as declarações de Cristiano Ronaldo sobre o colega da Selecção. O entusiasmo dos tifosi é tão grande que se prevê uma inteligência elevada.
No Sporting, cheio de alterações face à última época, com jogadores de valia e preço elevados a chegar em catapuda, a qualidade individual está lá toda, agora terá que ser a inegável competência de Jesus para fazer as omeletas. Há inegáveis condições para termos um Sporting verdadeiramente candidato.
Já escrevi e repito, só vendo todo o potencial dos rivais, e constatando todas as nossas debilidades, estaremos preparados para poder vencer. Ora na época que começa, queremos muito vencer. Dia 5 de Agosto queremos começar pela Supertaça. O estágio do Benfica em terras de sua majestade prepara com ambição novas conquistas, esperemos que muitas conquistas."
Sílvio Cervan, in A Bola
HOMENS COM CALÇAS DOUTROS
"Todos os defesos, impretrívelmente, os não-grandes recebem por empréstimo dos maiores clubes jogadores por empréstimo. Normalmente, jogadores saídos das equipas B com poucas possibilidades de integrar os plantéis da casa-mãe e que têm oportunidade de jogar com regularidade, acelerar o crescimento e confirmar ou não credenciais. Sempre assim foi, sempre assim será e na última temporada até foi introduzida a norma de não serem permitidos mais de três por cada equipa. Até aqui, tudo mais ou menos bem.
No entanto, para ludibriar a norma, nos últimos tempos há quem compre o passe de jogadores, o trespasse rapidamente para outro clube com manobras contabilísticas nas quais os direitos económicos ficam em determinado clube, mas existem cláusulas de recompra que não implicam pagamentos em dinheiro vivo. Muitos desses jogadores nem por uma vez envergam a camisola do grande pelo qual assinaram. Estranho? Sim. Complicado? Sem dúvida. Se compromete a integridade das competições? Claramente. Se a Liga já fez alguma coisa para precaver esta situação? Zero, mas também é regulada pelos clubes, pelo que não se pode esperar grande coisa...
Esta manobra, pelo menos a curto prazo, por vezes permite a equipas de menor dimensão segurar-se entre o escalão maior do futebol nacional. Pode chegar para uma época, talvez duas, no máximo três. Mas num domingo qualquer a casa vem mesmo abaixo e quando já não houver margem por um qualquer motivo para receber estes jogadores, se calhar, sobrará muito pouco. Talvez quase nada. «Com as calças do meu pai também eu sou um homem», diz um ditado. Por isso, talvez seja bom por vezes não aceitar vestir as calças dos outros, pois quando estas definitivamente se rompem, fica-se nu. E o armário está vazio..."
Hugo Forte, in A Bola
NETPRESS BENFICA TV HD :: 28 JULHO 2017
UMA SEMANA DO MELHOR BENFICA TV HD :: 28 JULHO 2017
sexta-feira, 28 de julho de 2017
NOTÍCIAS BENFICA: BENFICA 14 HORAS 28-07-2017: BENFICA TV
NETPRESS BENFICA TV HD :: DECISÕES DO ESCARRO,27 JULHO 2017
ATUALIDADE DESPORTIVA SL BENFICA - 28 JULHO 2017 BENFICA TV
AQUECIMENTO BENFICA TV HD :: 27 JULHO 2017
quinta-feira, 27 de julho de 2017
O ANO DE TODOS OS EMPRÉSTIMOS
"A disparidade vigente na Liga portuguesa potencia muito o fenómeno dos empréstimos, acentuando o fosso entre uns e os outros. Embora a limitação do número de emprestados e a impossibilidade de defrontarem a casa-mãe constituam medidas correctas (mesmo assim, dois em vez de três cedidos como máximo seria mais adequado...), verifica-se-á, quando chegar a altura, no início de Setembro, de fazer contas finais, uma distorção significativa, com consequências na integridade da competição. Valerá então a pena explicar aos adeptos quem está inibido de defrontar quem, quantos jogadores estão, especialmente nos três grandes, sob empréstimo noutros emblemas e qual o verdadeiro número de futebolistas profissionais sob contrato de cada clube...
PS1 - Não correu bem o dia de ontem ao Sporting. E a derrota frente ao Vitória de Guimarães terá sido até o menor dos males, porque os jogos de preparação não passam disso mesmo, mesmo aqueles que não correm bem. Porém, os sinais vindos da Champions não foram os mais animadores e cresce a possibilidade dos leões não serem cabeças de série no play-off, factor que aumenta bastante o risco numa eliminatória com especial relevância para a época sportinguista.
PS2 - Vítor Pereira foi nomeado presidente dos árbitros na Grécia. Mais um caso em que santos à porta não fazem milagres. Especialmente quando se procura andar de espinha direita e sem preocupação de fazer amigos. Por cá, serviu, na derradeira fase, de bode expiatório para insucessos alheios. Ficam os gregos a ganhar porque acabaram de garantir o concurso de alguém que nunca foi um yes man."
José Manuel Delgado, in A Bola
A BOLHA
"Quando cada vez mais investidores compram títulos de dívida pública a juros negativos de um estado soberano com rating negativo como, por exemplo, Portugal (preferem pagar para terem o dinheiro seguro) ninguém pode ficar surpreendido com os valores que, de ano para ano, são alocados à compra de passes de futebolistas. Quando se pensa que foram batidos todos os recordes, eis que surge mais uma contratação que nos deixa de queixo caído. Ou talvez já não.
Por muito boas intenções que tenha o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, em querer um tecto salarial ou mesmo limitar valores de transferências, está e estará de mãos e pés atados. Primeiro, porque a UEFA é cada vez mais refém dos interesses da ECA (Associação de Clubes Europeus, sigla em inglês) que, a mando de alemães, espanhóis, italianos e franceses conseguiram impor as suas regras para fazer da Liga dos Campeões uma prova cada vez mais vocacionada para os clubes ricos; segundo, porque muitos desses clubes tornaram-se propriedade de pessoas ou entidades que representam fundos que, entre outros investimentos, compram dívida soberanas. Compram países, portanto. Falamos da tal pequena percentagem que manda no mundo. Um mundo agora mais globalizado. O futebol é, pois, apenas mais um veículo para movimentar dinheiro e os ricos conseguirão sempre contornar o fair play financeiro. basta aumentar as receitas num falso contrato de publicidade para equilibrar as contas e não apresentar prejuízo.
Não vale a pena aos presidentes de clubes portugueses vangloriarem-se com grandes vendas que tenham feito. Este é um tempo de vacas gordas. Como disse José Mourinho, paga-se cada vez mais quantias elevadas por jogadores banais. Entre os €14 milhões que custou Ronaldo ao Man. United e os €180 milhões que poderão ser pagos por Mbappé ter-se-ão passado 14 anos. E não, o mundo não está 13 vezes mais rico. A bolha é que é cada vez maior."
Fernando Urbano, in A Bola
NEYMAR
"Tudo leva a crer que Neymar está a caminho do PSG. Neymar quer ser o 10 e não estar na sombra de ninguém. Messi é a sua sombra e de todos que passaram por Barcelona. Alexis Sánchez foi vítima do seu protagonismo, como em tempos idos, Ibrahimovic e tantos outros.
Se jogar no PSG é a estrela principal de um orquestra de grandes jogadores que o ano passado fizeram ver que poderiam ser campeões europeus.
Sendo vedeta principal mais fácil será ganhar a Bola de Ouro. Neymar, em 2015, foi Bola de Bronze atrás de Ronaldo e Messi. No PSG passará a ser o jogador mais bem pago do Mundo - 30 milhões de euros por época, batendo o record da transferência mais cara do Mundo 222 milhões de euros (valor da cláusula de rescisão). Actualmente recebe 15 milhões de euros , no PSG irá ganhar o dobro. O dinheiro compra quase tudo, Neymar pode ir para o PSG sem que os dirigentes do clube francês tenham que negociar com os dirigentes do clube espanhol.
O dinheiro, a fama, o estrelato são ingredientes que Neymar e o seu pai não descuram. Neymar tem 25 anos e está na altura de dar o salto e da sua afirmação em toda a plenitude. Ainda tem uma grande base de progressão.
Neymar no PSG, a sua adaptação será fácil, pois vai encontrar amigos brasileiros e da selecção: Maxell, Thiago Silva, Lucas Moura, Marquinhos e Dani Alves.
No PSG, Neymar pode jogar solto e com mais liberdade de movimentos, como o faz na selecção do Brasil. Em Barcelona tem que jogar essencialmente pela esquerda, Suárez pelo centro e Messi por onde entende. Passa a marcar os livres, em que não fica nada atrás de Messi. Diria que a vinda de Neymar para o PSG será a sua libertação e a sua afirmação total.
O pai de Neymar que é também seu agente tem um papel crucial na sua transferência para o PSG. A sua influência no filho é determinante.
Neymar impõe algumas condições: exigiu à direcção do PSG alguns colegas brasileiros para jogarem ao seu lado; pediu Coutinho e Alex Sánchez expressamente; quer estar seguro que pagam a cláusula de rescisão e garantias do cumprimento do fair-play financeiro, de modo, a não haver sanções desportivas com exclusão de todas as competições europeias a partir da temporada 2018-2019.
Neymar tudo leva a crer está de malas aviadas para Paris.
Nota: Ibrahimovic no seu melhor! O Manchester United impõe condições para renovar em Janeiro tendo em conta a recuperação do seu joelho. Ibrahimovic não está pelos ajustes, também, impõe condições para ficar: depende da campanha do Manchester na Liga dos Campeões e na Premier League. Uma figura dentro e fora do campo."
ÁLVARO MAGALHÃES NO ALTA FIDELIDADE - BENFICA TV HD
ATUALIDADE DESPORTIVA SL BENFICA - 27 JULHO 2017 BENFICA TV
NETPRESS BENFICA TV HD :: 26 JULHO 2017
PRIMEIRAS PÁGINAS: ARREFECEU A EUFORIA
LANÇAS APONTADAS BENFICA TV HD :: 26 JULHO 2017
OS "TOURS" ( E O DE FRANÇA SOBRE RODAS)O CÁ DA BOLA
"Não me desagradam estas previsões pessimistas quanto ao Benfica. Temo-nos dado bem com estas 'bolas de cristal'.
O intróito
Eu, benfiquista, me envaideço. Um fim-de-semana em cheio no atletismo, judo e, sobretudo, no triatlo, onde a equipa encarnada se sagrou campeão europeia. Assim, fica bem claro qual é o clube, em Portugal (e na Europa?), com o máximo título europeu em mais desportos colectivos, a saber: futebol, hóquei em patins, atletismo (estrada), futsal e, agora, triatlo. Cinco modalidades de um clube que faz do ecletismo um dos seus baluartes institucionais e iconográficos. Sou benfiquista e isso me envaidece!
Os três 'grandes'
1. Confesso que só vejo os jogos de preparação do Benfica. Não vejo os jogos do Sporting e do Porto, não necessariamente por alergia ou indiferença. É que estes jogos de aquecimento, sejam do Benfica, ou de outros clubes, são, em regra, partidas enfadonhas, com segundas partes reduzidas a substituições por atacado e sem o sal e pimenta fundamental no futebol que é a importância do jogo ou da competição. Parafraseando o que, na semana passada, Rogério Alves, escreveu em A Bola, também prefiro uma qualquer supertaça da Eslováquia ou Letónia, onde está em causa um troféu, a jogos de preparação, amigáveis ou particulares (estas três qualificações nem sempre são coincidentes, sobretudo o carácter amigável...).
Ainda o defeso é uma criança, mas começam a ficar minimamente visíveis os pontos fortes e fracos dos três tradicionais e sempiternos favoritos ao título de campeão.
O Benfica está a contar dinheiro que jorra na sua tesouraria, ainda que de passagem para os bancos credores, e, de 'repente' (entre aspas, porque é o que parece, não necessariamente o que é) lembrou-se que sem Ederson, Lindelof e Nélson Semedo, o sector defensivo ficaria debilitado. Repito o que aqui escrevi a semana passada. Não consigo entender a saída de Ederson com um encaixe excelente para a... conta-corrente da Gestifute. Que mal seria mais um aninho no Benfica? O rapaz é novo, tinha muito tempo para voar para outros impérios de novos-ricos, e, seguramente daqui a um ano, haveria a mesma possibilidade de concretizar um excelente negócio. A estória dos guarda-redes do Benfica afigura-se complexa. Há um velho, Júlio César, notável, naturalmente, na fase descendente. Há, um novo, o promissor B. Varela, que todavia, não dá ainda garantias para ser titular. Falta o de meia-idade, ainda misterioso entre alguns nomes que têm vindo à estampa, sabendo-se que a pressa não é boa conselheira. Devo dizer, todavia, que aplaudo a não concretização da transferência de André Moreira do Atlético de Madrid, pois o moço, até agora, ainda nem sequer vestiu o equipamento para fazer uma partidinha...
Seferovic não engana. É mesmo um excelente atacante, o que permitirá a transferência de Jiménez ou Mitroglou. Na defesa, à direita, há o sempre generoso André Almeida, nem como Buta e Pedro Pereira. Todos longe, porém, do virtuosismo de Nélson. E que tal pensar em Salvio para este posto?
Última nota: a época ainda não começou, mas já 5 jogadores têm estado no estaleiro, tal como o ano passado. Coincidência? Azar? E a nova equipa médica? Será precisa alguma bruxa ortopédico-muscular?
2. O Sporting parece-me mais forte do que antes, ainda que só saibamos quem entrou e não quem vai sair e muita haja por saber as mais de 10 (!) aquisições já feitas. Mais forte, sobretudo no plantel total, que não necessariamente no onze inicial. Doumbia poderá ser um excelente reforço (mas Podence é mais virtuoso) e Bas Dost dá garantias. Já na defesa, acho que poderá ficar menos bem. O pré-reformado Mathieu e o leão Coentrão têm um percurso de excelência, é certo, mas resta a incógnita de um época de mais de 50 jogos. A propósito de Fábio Coentrão, registo para memória futura as suas tão prestimosas declarações sobre a vinculação eterna ao Benfica e o seu amor vitalício ao Sporting (Oh, Fábio, não havia necessidade...). Jorge Jesus continua com os traumas dos laterais. Já assim era no Benfica, sobretudo à esquerda. Agora, no SCP, insiste no problema à direita, com importação de refugoexterno.
Mais do que futebol, o que agora e após o fim da suspensão do presidente leonino anima a malta é o pedagógico e prestimoso bate-papo com Octávio Machado, entretanto terceira escolha para director do futebol. Reparará Bruno de Carvalho que essa inconfidência é mais danosa para ele e seu clube do que para Octávio?
3. O Porto, em regime de austeridade imposta, pode surpreender. Se mantiver alguns dos jogadores-chave, e tendo-se reforçado com alguns regressos de valor, como Aboubakar (na minha opinião melhor que André Silva) e Ricardo Pereira, antevejo uma equipa sólida e estável a começar no sector defensivo. Já considerando todo o plantel, essencial para uma época longa em várias competições, poderá haver alguma debilidade, podendo vir a ser o calcanhar de Aquiles dos dragões. E, não questionando a determinação e competência de Sérgio Conceição, há algum risco de descarrilamento do comboio, dependendo do início de época e do maior ou menor controle de um temperamento impulsivo e errático do técnico.
4. Quem é o favorito dos favoritos? Pelo que já tenho lido e ouvido de especialistas da praça, o Benfica não o será... O costume, aliás, nestes últimos anos, em particular desde que Rui Vitória treina o clube. Pelo contrário, as expectativas quanto ao Sporting são sempre exponenciadas, tendo presente a secção de compras e as maravilhas que dela advêm. Não me desagradam estas previsões pessimistas quanto ao Benfica. Temo-nos dado bem com estas bolas de cristal. O tetra é disso a prova, e o netra dos outros também.
O Tour de França
Acabou a 104.ª edição da Volta a França em ciclismo. Acompanhei como sempre com prazer La Grande Boucle, através de notáveis transmissões televisivas, que nos ofereceram com uma beleza quase inexcedível, não apenas o colorido e longo pelotão, como também o pavé, a paisagem envolvente, as terras por onde passa, o património cultural e os ex-libris dos percursos.
Há sinais de que foram superadas, ainda que não esquecidas, as sequelas das batotas e do doping endémico. A prevenção e o maior investimento no jogo do rato e do gato contra a dopagem dão um certo ar de alívio nesta nova fase do Tour.
Venceu e bem pela quarta vez (terceira consecutiva) o britânico-queniano Chris Froome, repetidamente assobiado pelos gauleses. Assistimos ao crepúsculo de Alberto Contador, também um notável campeão. E novos valores emergem como Landa, Aru e Herbert. Pena que, no contra-relógio decisivo, a televisão francesa tenha sido tão chauvinista que secundarizou o camisola amarela para se centrar no francês, então segundo classificado. Percebo a ânsia de ver um gaulês ganhar o Tour, o que já não acontece há 32 anos (B. Hinault, 1985), mas não havia necessidade...
Contraluz
- Mão (de qualquer eliminatória)
Mas, afinal, a mão não é falta no futebol? Já os ingleses dizem mais acertadamente leg (perna).
- Equipamento.
O principal do Benfica 17/18 foi considerado pelo jornal britânico The Telegraph o 2.º mais bonito do mundo, a seguir a um Bayern. Esqueçamos o alternativo.
- Interrogação
No futebol feminino, a linguagem de género não chega a certas posições no campo? Por exemplo, Média em vez de Médio e Extrema no lugar de Extremo? Já para não falar na Atacanta!
- Pensamento
«Em futebol, o pior cego é que só vê a bola»
(Nelson Rodrigues, 1921-80, dramaturgo brasileiro)."
Bagão Félix, in A Bola
CARTA ABERTA AO BENFICA
"Caro Benfica, deixa-me começar por te dizer que o sucesso, normalmente, não é eterno como o bigode de Salvador Dalí. É evidente que tens o conforto de quatro anos seguidos a ganhar, mas parece-me que este ano estás a facilitar um pouco perante os teus rivais. Nunca te esqueças que nos dois últimos campeonatos, para me reportar apenas à era Rui Vitória, foste campeão à tangente, o que significa que os teus rivais podem estar à distância de pormenores. Eu sei que no ataque está tudo bem, tens Seferovic para o lugar de Mitrolgou ou Jiménez, se um deles partir, e extremos é coisa que não te falta (mesmo que um deles seja Carrillo...), mas o mesmo não se pode dizer da baliza, da defesa e do meio-campo.
Tens apenas um guarda-redes que dá garantias mas tem 37 anos e tendência para lesões; tens outro problema no lado direito, já que Pedro Pereira parece estar a acusar a responsabilidade, apesar de André Almeida poder tapar o buraco e teres ainda o miúdo Buta; tens um grande ponto de interrogação no eixo defensivo porque Luisão tem 36 anos, Jardel vem de um ano praticamente parado, Lisandro é irregular e Kalaica e Rúben Dias são aprendizes (Linfelod também era, eu sei). E já agora, se venderes Samaris, já por si a anos-luz de Fejsa (as lesões são recorrentes...), ficas sem alternativa para a posição 6 (Filipe Augusto não é 6 nem 8...). Resta saber se, para Pizzi ter descanso, algum dos três terá pedalada: Chrien (boas indicações), Krovinovic ou João Carvalho.
Podes dizer-me que ainda há tempo, é verdade, mas as pré-épocas servem precisamente para preparar e afinar as equipas para o competição. Deixar as coisas para o fim e fazer pré-épocas em competição pode custar-te caro um dia.
O tempo, às vezes, não é mais do que um relógio derretido, daqueles do quadro de Salvador Dalí."
Gonçalo Guimarães, in A Bola
quarta-feira, 26 de julho de 2017
BARCELONA - 92 E NÓS TÃO LONGE
"Em Espanha celebram-se, por estes dias, os 25 anos dos Jogos Olímpicos de Barcelona. E têm nuestros hermanos boas razões para recordarem não só o evento desportivo que teve lugar em 1992, mas sobretudo as consequências altamente benéficas que tal organização teve no desporto espanhol e não só. Barcelona deu um salto quântico com os Jogos, abriram-se vias, melhorou a mobilidade e surgiram novos bairros, preparando a Cidade Condal para enfrentar as décadas seguintes (Lisboa fez o mesmo com a Expo-98 de boa memória). Mas para o desporto espanhol a ideia de sediar os Jogos esteve muito para além das três semanas de eventos ou dos benefícios para a capital da Catalunha.
Tendo os Jogos Olímpicos de 1992 por meta, a Espanha criou um plano de desenvolvimento desportivo em todas as modalidades que hoje, um quarto de século volvido, continua a dar frutos, fazendo com que nos sintamos, neste particular, tão perto e cada vez mais longe. Tenho vontade de confessar que sinto inveja do desporto espanhol; mas, para ser preciso, mais do que inveja sinto admiração pelo que fizeram e pela convicção que colocaram na causa.
Em Portugal, quase nada se fez por uma política desportiva séria, vista como um investimento e não como uma despesa. Em 43 anos de democracia não houve um governo, que há um partido que possa dizer que fez uma tentativa honesta na criação de um modelo desportivo global, que apostasse na escola e criasse condições de massificação de onde surgissem, com naturalidade, as elites. De quatro em quatro anos, não é por acaso que passamos quase incógnitos pelos Jogos. É por falta de visão política."
José Manuel Delgado, in A Bola
UMA OLÍMPICA TRAGICOMÉDIA
"À primeira vista, a reunião que um grupo de catorze presidentes de Federações Desportivas (G-14), à revelia dos seus órgãos de cúpula, concretamente, o Comité Olímpico de Portugal (COP) e a Confederação do Desporto de Portugal (CDP), teve com o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto no passado dia 19-07-2017, é de louvar na medida em que pode ser vista como um franco desejo de alguns presidentes clarificarem o processo de desenvolvimento do desporto nacional que, de há cerca de catorze anos a esta parte, está completamente pervertido nos seus princípios, valores e objectivos. Contudo, tratando-se de um grupo informal, não posso acreditar que a generalidade dos dirigentes se reveja no comunicado espontâneo surgido na comunicação social na medida que não traduz um conhecimento mínimo acerca daquilo que, em matéria de desenvolvimento do desporto, se passou no País nos últimos trinta anos.
Acredito que no referido grupo existem presidentes genuinamente interessados em explorar as melhores vias para encontrar um novo rumo para o desporto nacional. Mas, também estou convicto que há quem pense que a referida reunião se tratou, tão só, do primeiro ato de uma olímpica tragicomédia destinada a passar uma certidão de óbito à Confederação do Desporto de Portugal (CDP) que, por incrível que possa parecer, tal qual “bode expiatório”, já está, em regime de exclusividade, a ser responsabilizada pelo estado calamitoso em que o desporto nacional se encontra.
Repare-se que a afirmação de que a referida reunião representou "um cartão amarelo à Confederação do Desporto de Portugal" que, segundo o comunicado, “não defende os interesses dos seus associados com a força com que estes gostariam” deixando o Comité Olímpico completamente de fora da equação só pode ter “água no bico” na medida em que é absolutamente claro que o actual estado de miserabilismo de competências e financeiro em que a generalidade das Federações se encontra nada tem a ver com a CDP, mas tem tudo a ver com o COP.
O início da desorganização do desporto nacional, que colocou as Federações numa situação de profunda carência, teve início em 2004-2005 e não foi por acção da CDP. A generalidade dos presidentes das Federações sabe muito bem que, naqueles anos, foi protagonizado uma espécie de “golpe palaciano” no desporto nacional em que as Federações Desportivas, para além de terem ficado prejudicadas nas suas competências relativas ao alto rendimento, acabaram sem cerca de 25% do normal subsídio estatal destinado, fundamentalmente, à promoção da prática desportiva. Ora, a CDP nada teve a ver com aquela usurpação de competências e de verbas, pelo que, compreende-se mas não se aceita que a comunicação social, angelicamente, tenha embarcado na tese do “cartão amarelo” à CDP.
Se há lugar, não para um “cartão amarelo” mas para um “cartão vermelho” é para repudiar a política da “galinha dos ovos de ouro” que, desde 2004-2005, têm vindo a ser desenvolvida pelas sucessivas Secretarias de Estado tendo como “braço armado” o COP que, voluntariamente, se colocou debaixo do Bloco Central cuja ação política se tem caracterizado por um esquizofrénico desejo de conquistar medalhas olímpicas. O que aconteceu foi que, completamente embriagados com resultados dos Jogos Olímpicos de Atenas (2004), o COP caudilhado por Vicente Moura e o Instituto do Desporto de Portugal encabeçado por José Constantino, debaixo da tutela da Secretaria de Estado do Desporto ocupada por Hermínio Loureiro, protagonizaram um Contrato Programa de Desenvolvimento do Desporto que, ao estilo da estória da “galinha dos ovos de ouro”, desviou para o COP, para fins de preparação olímpica, os recursos financeiros destinados à promoção da prática desportiva das Federações Desportivas. Com tal medida, foi desencadeado um “programa de preparação olímpica” a fim de, tal como os espertos que mataram a “galinha dos ovos de oiro”, se conseguirem, mais rapidamente, um número suficiente de medalhas olímpicas destinado a satisfazer a oligarquia político-partidária do Bloco Central e, ao estilo da Coreia do Norte, “domesticar” as Federações Desportivas e, numa ilusão de olímpica felicidade, embalar os portugueses.
Ao fazê-lo, na sua sofreguidão atávica, mataram a “galinha de ovos de ouro”, quer dizer, o processo de desenvolvimento do desporto que, através da Lei 1/90 (Lei de Bases do Sistema Desportivo), se vinha a consumar desde o tempo em que Roberto Carneiro exerceu as funções de Ministro da Educação. Em consequência, tal como na estória, acabaram, também, por ficar sem os ovos na medida em que, desde então, a participação portuguesa dos Jogos Olímpicos tem vindo a obter resultados cada vez mais medíocres, ao ponto de, no Rio de Janeiro (2016), depois de cerca de oitenta milhões de euros despendidos, o COP regressar dos Jogos com uma única medalha de bronze obtida a ferros por uma atleta excecional, quando tinham sido garantidas aos portugueses seis medalhas olímpicas. Quer dizer, a olímpica política da “galinha dos ovos de ouro” resultou num autêntico descalabro desportivo que hoje custa rios de dinheiro aos contribuintes (veja-se o monstro burocrático-administrativo que está a ser montado no COP) com resultados absolutamente vergonhosos. Perante tal derrocada compreende-se que, passado um ano sobre os Jogos do Rio de Janeiro 2016), os portugueses ainda aguardem pela divulgação pública do tradicional Relatório do Chefe de Missão que, segundo nos dizem, está retido na gaveta da secretária do presidente do COP. Esperamos que José Garcia, o Chefe de Missão aos Jogos Olímpicos do Rio (2016), que foi sujeito a uma “olímpica lei da rolha”, em defesa da sua honra e para memória futura, um dia, tão breve quanto possível, ainda venha a divulgar publicamente o referido relatório a fim de que os portugueses, para além das festas e festarolas divulgadas profusamente na comunicação social, venham a conhecer exactamente e até nas suas tonalidades mais cor-de-rosa, aquilo que se passou no Rio de Janeiro.
Por este cenário, construído ao longo de quase catorze anos de mediocridade e oportunismos e um pindérico culto de personalidade, só por humor é possível aceitar que, agora, alguém venha sequer sugerir que a responsabilidade pela miserável situação em que o Sistema Desportivo se encontra é da CDP. Por isso, afirmar que as preocupações que transmitiram ao Secretário de Estado do Desporto significaram um “cartão amarelo” à CDP não passa de uma ridícula tentativa para encontrar um “bode expiatório”. – Coitadinha da CDP que não faz mal a ninguém. Qualquer pessoa, minimamente envolvida no desporto português, percebe perfeitamente que se está a pretender branquear uma situação cujos responsáveis, para que não surjam dúvidas, estão perfeitamente identificado nos protocolos publicados no Diário da República.
É do conhecimento público que a CDP, nas suas contradições e incompetências, abundantemente demonstradas também pelos seus anteriores presidentes, para além de servir de trampolim a alguns especialistas da “ginástica política” do desporto nacional, nunca fez muito mais do que organizar a famigerada Gala do Desporto. E nunca fez muito mais sobretudo porque as Federações nunca lhe delegaram efetivamente qualquer poder digno de se ver. Isto é, algumas Federações, ao longo dos anos, nem sequer pagaram as quotas que lhes eram devidas. Todavia, agora, acusam a CDP de não ter feito de “peão de brega”, a fim de, junto da tutela, reivindicar mais dinheiro para as financiar a fim de repor o dinheiro em falta que, desde 2004-2005, lhes foi subtraído para, sem qualquer controlo social, económico e desportivo, despejar no COP que, hoje, num novo-riquismo confrangedor como é qualquer novo-riquismo, funciona em regime de superávite.
Diz o porta-voz do G-14 que existe falta de clarificação de competências, presume-se, entre o COP e a CDP. Todavia, também a este respeito, os presidentes das Federações não se podem deixar tomar por anjinhos. Do ponto de vista teórico, considerando as prerrogativas conferidas pelo Estado Português ao COP, claramente expressas na lei, só por ingenuidade se pode fazer tal afirmação. E, do ponto de vista prático basta comparar os financiamentos que cada uma das organizações recebe do Estado para se perceber que os mais de 16 milhões de euros que o COP recebe por Ciclo Olímpico, por meio de contrato-programa estabelecido com a tutela, não permitem afirmar que exista “falta de clarificação” das respectivas competências. Se não existe “clarificação de competências” é da parte do COP relativamente às Federações Desportivas porque, bem vistas as coisas, o COP, desde 2004-2005, à revelia da Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto, do Regime Jurídico das Federações Desportivas e da Carta Olímpica, está a exercer atabalhoadamente competências das próprias Federações. Portanto, é a esta “clarificação de competências” que os presidentes das Federações Desportivas devem, de imediato, dedicar a sua atenção se, realmente, desejarem recuperar o controlo global sobre as suas modalidades desportivas a fim de, efectivamente, promoverem o desenvolvimento das suas modalidades e começarem a salvar os resultados dos próximos Ciclos Olímpicos.
A última coisa que se pode admitir é que, ao cabo de quase catorze anos a impor um modelo falhado, se venha agora remeter a responsabilidade pelo estado calamitoso do Sistema Desportivo para cima da CDP que, na sua insignificância institucional, ao longo dos últimos anos, a única coisa que, verdadeiramente, realizou, com brilho e proficiência, foi a Gala do Desporto. E com algum mérito como alertava o presidente de uma das Federações Desportivas com quem trocámos opiniões. Porque, a CDP ao organizar a Gala do Desporto ainda é uma das poucas entidades que, uma vez por ano, dá visibilidade e protagonismo a desportos e a desportistas que, de outra maneira, nunca teriam a oportunidade de aparecer sob as luzes da ribalta.
Pretender encontrar um “bode expiatório” para os desastrosos resultados produzidos pelo Sistema Desportivo, acusando a CDP por “não defender os interesses dos seus associados com a força com que estes gostariam” e, veladamente, sugerir a sua extinção, revela, para além de uma intenção absolutamente ilegítima, uma visão completamente alienada dos últimos quase catorze anos do desporto nacional. Acresce que demonstra ausência de espírito olímpico que, até no confronto de ideias, obriga a que a competição seja, obrigatoriamente, justa, nobre e leal. Ora, recuso-me a acreditar que a generalidade dos presidentes das Federações Desportivas alinhe nesta posição. E mesmo com um “garrote ao pescoço”, uma vez que os recursos que lhes foram subtraídos passaram a ser distribuídos pelo COP.
Qualquer discussão sobre a situação em que se encontra o desporto nacional passa, antes de tudo, pela identificação das suas causas e não pelo ataque às suas consequências. Que interessa resolver as consequências se as causas continuam a produzir insuportáveis efeitos reversos. Apresentar a CDP como o “bode expiatório” da falência técnico-administrativa e financeira em que as Federações se encontram, parece-nos ser um enorme equívoco porque, para além a descartar responsabilidades de terceiros, se limita a atacar uma consequência ridícula do estuporado Sistema Desportivo sem que exista uma ideia minimamente fundamentada e estruturada sobre as verdadeiras causas dos problemas.
Portanto, a situação da CDP é uma questão importante a tratar pelas Federações Desportivas, no momento certo, no local próprio, com as pessoas responsáveis e de forma nobre e leal, no quadro de um projecto de reorganização do Sistema Desportivo nacional. A última coisa que pode acontecer é, por via da irresponsável extinção da CDP, transformar tal necessidade num processo de concentração de poder no COP que não tem qualquer legitimidade democrática, antes pelo contrário, para exercer responsabilidades no âmbito do desporto nacional para além daquelas que lhe são atribuídas na Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto que, fundamentalmente, são as seguintes: representar e defender as propriedades olímpicas em Portugal; promover os princípios e os valores do Olimpismo; organizar a Missão portuguesa aos Jogos Olímpicos.
Há muito que defendo que é necessário desencadear um espaço de debate contínuo, sério, aberto, livre e democrático sobre aquilo que se deseja para o desporto nacional. Agora, alguns presidentes de Federações, em defesa das suas prerrogativas abusivamente usurpadas em 2004-2005, eventualmente, iniciaram tal processo. Tal acontecimento é de louvar. Todavia, é necessário que sejam capazes de abrir a reflexão à sociedade e a todos os agentes que, quer directa, quer indirectamente, interagem no Sistema Desportivo.
Entretanto, perante a disponibilidade dos presidentes das Federações Desportivas, o Ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues, através da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto e do Instituto do Desporto e Juventude, devia assumir a iniciativa política a fim de desencadear um projecto sério, aberto, participado, livre e democrático que comece a equacionar os problemas que se colocam ao desenvolvimento do desporto nacional que vão da disciplina de Educação Física (desportiva) ao Alto Rendimento, passando pela promoção nacional da prática desportiva. Deste modo, iniciaria a construção da Nova Agenda para o Desporto anunciada no Programa de XXI Governo. Infelizmente, não acredito que tal possa vir a acontecer."
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