segunda-feira, 30 de setembro de 2024

ÁGUIAS ABAFARAM RUGIDO DAS LEOAS EM ALVALADE

 


Benfica ganhou ao Sporting no jogo grande da 4.ª jornada da Liga BPI.

O Benfica foi ao Estádio José Alvalade vencer o Sporting de forma indubitável, por 2-0, na 4.ª jornada da Liga BPI, um resultado que adveio do controlo quase total que a turma de Filipa Patão teve durante a partida.
A equipa da casa, a jogar com um equipamento rosa para sensibilizar a prevenção do cancro da mama, entrou com nervos em campo. Desde cedo sentiu dificuldades em sair a jogar e o Benfica aproveitou para aumentar a pressão e controlar a posse de bola. Com esse domínio, surgiram as primeiras oportunidades de golo, com remate perigosos de Andreia Norton e de Martín-Prieto. Só que nestas situações, quem brilhou foi a guarda-redes leonina Hannah Seabert.




Apesar de alguns bons desenhos ofensivos das leoas, Telma Encarnação e Ana Capeta estavam isoladas na frente de ataque. Do outro lado, o mesmo não se podia dizer de Chandra Davidson, que jogava e fazia jogar as colegas de equipa, brilhando depois com a assistência para o golo de Martín-Prieto, que driblou bem a adversária antes de bater Seabert com facilidade.




 A equipa de Mariana Cabral acordou com o golo e ainda antes do intervalo quase empatou com um cabeceamento de Niehues ao poste – Lais Araújo limpou depois o lance em cima da linha de golo.

 As leoas queriam voltar do intervalo de cara lavada, mas acabaram por dar um passo atrás logo aos 48’. Martín-Prieto iniciou um contra-ataque, deixou a bola em Nicole Raysala e a brasileira fez o resto: correu mais de metade do campo, puxou para o pé esquerdo e colocou a bola no canto inferior direito da baliza de Seabert.

 O Benfica concedeu depois a posse de bola ao adversário, com a confiança de uma equipa que se sentia tão confortável a defender como a atacar. E foi isso mesmo que se viu: as águias fecharam as portas pelo corredor central e não concediam espaços nas alas, criando muitas dificuldades ao ataque leonino, cuja ansiedade não parava de aumentar. Nesta fase, Martín-Prieto ainda teve a chance de bisar ao recolher um mau passe de Seabert, mas a guarda-redes emendou o erro a tempo.

Aos 83’, Ana Capeta dispôs da melhor oportunidade do Sporting no encontro. Cláudia Neto trabalhou muito bem na direita e cruzou para a atacante, que rematou com formça, para defesa apertada de Lena Pauels.




Já aos 90+1', Maísa Correia ainda ficou próxima do golo, mas a incapacidade dos Sporting de marcar golos manteve-se mesmo até ao fim. O Benfica alcançou assim uma vitória muito celebrada pela equipa e pelas centenas de adeptos encarnados que marcaram presença em Alvalade.
O Benfica consegue assim a quarta vitória em quatro jogos na Liga BPI e segura o 1.º lugar – fica agora à espera do resultado do SC Braga para saber se fica, ou não, na liderança isolada. Já o Sporting já está a seis pontos do Benfica, mas com um jogo a menos.

Obs: Como não gostar da azia dos junta letras do canal da Federação do Naudinho das faturas com a celeridade com que acabaram com a emissão...

INTERNACIONALIZAR A MARCA!!!

 


TRÉS PONTOS JÁ CÁ MORAM EM MAIS UMA REMONTADA

 


"Benfica 5 - 1 Gil Vicente

O Gil apresenta-se na Luz com apenas uma derrota, que teve, aliás, lugar no Dragão (0-3). E em casa empatou (0-0) com o Braga. Espero tudo menos facilidades.
00' Mais uma grande casa - mais de 60 mil, aposto - para ajudar o Pedro Proença a avaliar melhor a força do SLB.
08' A dar um de avanço na Luz outra vez. Excelente reação do tribunal. Vamos, Benfica!
15' O nosso jogo ainda não assentou.
17' O Otamendi foi ao terceiro andar e toma lá mais um golo de bola parada. Muito importante este tipo de lances contra equipas que se fecham bem. 20' Pavlidis ainda não atinou...
25' Akturkoglu, o melhor em campo até agora, nem tirou os pés do chão para marcar de cabeça. Belo gesto técnico. Está feita a remontada. E já mandou mais uma broa de pé esquerdo que não deu golo por pouco.
45' Uma primeira parte que não encheu as medidas, mas ainda assim podíamos ter vantagem superior.
47' Oh Di María, afina aí a pontaria do pé esquerdo. Essa era quase um penálti em andamento.
55' Bom arranque de segunda parte. Vários lances de perigo na área deles. Falta o golo para arrumar com isto.
65' Isto entretanto caiu e o Lage mexe três de uma vez. Só estranho ter ficado o Di María. Não está a fazer um bom jogo e 4a feira temos o Atlético de Madrid.
72' Agora os cantos criam quase sempre perigo.
74' O Bah que se cuide porque o Tomás Araújo vai colecionando jogadas e competência.
75' Isto está longe de estar resolvido. E eles a atreverem-se cada vez mais.
58.965 na Catedral! Somos grandes!!!
77' Obrigado, Amdouni, vou ver os últimos minutos mais descansadinho. Que belo golo de pé esquerdo, fora da área, colocadíssimo.
81' Carreras merecia o golo, mas o pé direito, que nem é nada mau....mandou prás nuvens.
90' Mais um golo de canto e o Florentino já vai no segundo desde que o Lage pegou na equipa! E que jogo fez o Tino!!!
90+3' Rollheiser!!! 5-1. Guarda-redes mal na fotografia. Mas também conta.
90+4' Três pontos em mais uma remontada bem conseguida na Luz.
4a feira há Atlético de Madrid aqui. Carrega Benfica!!!"

Jaime Cancella de Abreu, in Fcebook

AMDOUNI É PARA FICAR NO BENFICA

 


Avançado internacional suíço veio por empréstimo mas existe um plano para o segurar na Luz.

Zeki Amdouni ainda nem se estreou como titular, mas os sinais nos poucos minutos que ele tem de Benfica reforçam uma convição formada pela SAD dos encarnados logo quando, este verão, conseguiu garantir o empréstimo do avançado internacional suíço de 23 anos junto do Burnley: Amdouni é para segurar em definitivo.
Amdouni entrou aos 67 minutos do jogo de sábado frente ao Gil Vicente e aos 78' marcou o primeiro golo dele com a camisola do Benfica, na vitória da equipa por 5-1. Esteve nos quatro jogos que o treinador Bruno Lage leva no comando, sempre como suplente utilizado — fez 23' com o Santa Clara, 2' frente ao Estrela Vermelha na Sérvia, para a Champions, 19' com o Boavista e 23', então, no duelo com o Santa Clara —, mas em todos os desafios teve pormenores que provam qualidade. Na retina dos adeptos ficou um grande remate ao poste que fez nos dois minutos em campo frente ao Estrela Vermelha, em Belgrado, e, anteontem, com o Gil Vicente, para o campeonato, rematou de fora da área para o quarto golo do Benfica no jogo e o primeiro dele pelo clube.
A capacidade de Zeki Amdouni para jogar nas várias posições do ataque também é um argumento importante e que, já se percebeu, agrada a Bruno Lage.
O atacante suíço, pelo Benfica, já entrou em campo para jogar na posição de extremo-esquerdo, de extremo-direito e segundo avançado (foi para desempenhar essa função que os encarnados o decidiram contratar) num desenho tático mais próximo do 4x4x2. Esta polivalência também o torna valioso.
O NEGÓCIO
Amdouni veio para a Luz cedido até final da época, com uma taxa de empréstimo de €2 milhões e uma cláusula de opção de compra de €20 milhões. Trata-se de um investimento alto, mas o Benfica está disposto a fazê-lo e já terá encaminhado com o clube inglês e o jogador os moldes para um futuro negócio.
Embora estejamos ainda no início da época, o presidente do Benfica já deixou claro qual é o plano para o jogador. «Chegou na última semana do mercado, entretanto houve seleções, e praticamente ainda está a entrosar-se e a conhecer bem os colegas. Mas tenho a certeza absoluta de que será importante nesta temporada e, esperemos, nas próximas temporadas também, porque ele tem um empréstimo com opção de compra. Foi a única forma de o podermos trazer. Temos esperança de que as coisas corram bem e de que, no final da época, ele seja nosso jogador», disse Rui Costa na semana passada, quando fez uma análise às transações do último mercado.
Os encarnados tinham este avançado sinalizado há bastante tempo (entusiasmou sobretudo a época no Basileia, em 2022/23, na qual marcou 22 golos e fez cinco assistências em 52 jogos), mas só conseguiram avançar para ele este verão, na sequência das saídas de vários atacantes do plantel (Rafa, Neres e Tengstedt) e aproveitando a janela aberta depois da descida de divisão do Burnley na época passada, da Premier League para o Championship.
Amdouni ficou logo muito interessado no convite do Benfica, mas as exigências financeiras do Burnley para uma venda em definitivo aconselharam a SAD das águias a estruturar uma operação primeiro com um empréstimo.
Depois de conquistar quem manda no Benfica, Amdouni começa agora a seduzir também os adeptos com o futebol dele e uma personalidade carismática em campo, vincada, por exemplo, na forma como festeja os golos, esticando o braço esquerdo e simulando com o direito um tiro certeiro, como se fosse um snipper.
Jean-Michel Aeby, que treinou o novo número 7 das águias nos belgas do Etoile Carouge, disse que Amdouni tem tudo para triunfar. «É um jogador completo, capaz de jogar e rematar com os dois pés. Tem um grande faro de golo e é também capaz de dar passes decisivos. Tem uma mentalidade notável», garantiu o treinador.
Para que tudo corra bem no Benfica, Amdouni conta com a vantagem de saber falar turco (tem dupla nacionalidade, suíça e turca) e de ter no balneário Kokçu e Akturkoglu, dois internacionais pela Turquia que seguramente o vão ajudar na adaptação.

domingo, 29 de setembro de 2024

TÁCTICAS DO ESGOTO...


 

SEM O BENFICA NINGUÉM QUER OS DIREITOS Ó BRILHANTINA

 


"«Queremos criar marca, internacionalizar a nossa Liga com 306 jogos e não com os 17 jogos de um clube que acha que sozinho vale mais que a Liga inteira. Só cinco clubes do Mundo se poderiam dar ao luxo de avançar sem as suas ligas, e infelizmente infelizmente nenhum deles é português.» by Pedro Proença

Não meu caro, o que NÓS sabemos é que sem o Sport Lisboa e Benfica vocês não conseguem vender esta liga periférica a NINGUÉM!
Isso sim!
O Benfica é o que dá valor internacional a esta liga corrupta por muito que vos doa.
E a centralização mais não é do que o precipício que irá enviar as equipas portuguesas todas para a 4ª divisão do futebol mundial!
Porque é isso que irá suceder, basta olharmos para a liga holandesa, desde a centralização que tem sido a perder valor, até os clubes nacionais, nomeadamente o Benfica consegue lá ir adquirir os MVP’s da liga, algo impensável antes de terem enveredado pela centralização!
Depois, basta olharmos para as dificuldades que a França tem em vender os direitos da sua liga, isto porque ninguém quer ver uma “liga de agricultores” que é naquilo em que aquela liga está transformava com um clube que pertence a um estado soberano…nem sequer é a uma empresa…é a um estado soberano!
Portanto caro Proença, não tente fazer o que fazia dentro de campo, não vale a pena andar a tentar inclinar o relvado com estas bocas, assuma que a liga só vale pelo o Benfica e ponto final!"

A Gola do Sabry, in Facebbok

MAIS UM TROFÉU PARA O MUSEU BENFICA-COSME DAMIÃO!

 


O Benfica conquistou neste sábado, 28 de setembro, a 3.ª Supertaça do seu palmarés após vencer o GDESSA por 61-54, em Sines.

A equipa feminina de basquetebol do Benfica venceu neste sábado, 28 de setembro, o GDESSA por 61-54 e conquistou a 3.ª Supertaça do seu palmarés.

EFICÁCIA NO ATAQUE E SOLIDEZ DA DEFESA DITARAM VITÓRIA

 


De visita ao Estádio Capital do Móvel na 6.ª jornada da Liga 2, o Benfica B levou a melhor (0-3) frente ao Paços de Ferreira.

Eficaz e competente nas duas metades do terreno de jogo, o Benfica B bateu o Paços de Ferreira por 0-3 no Estádio Capital do Móvel, na tarde deste sábado, 28 de setembro, a contar para a 6.ª jornada da Liga 2.
O nivelamento de forças prevaleceu durante a primeira meia hora do encontro, com a organização defensiva das equipas a ditar leis.
Ao minuto 32, porém, os encarnados agitaram os acontecimentos. Pela direita do ataque, Hugo Félix foi insistente na ação, avançou com bola, invadiu a grande área e rematou. O esférico foi intercetado por um defensor, mas não saiu da zona de perigo, à qual Francisco Domingues acorreu a toda a velocidade, atirando de pé esquerdo na direção das redes guardadas por Marafona (0-1). A comemoração foi acrobática e efusiva!
Os pacenses procuraram ter bola para reagir, mas a linha recuada do Benfica B, denotando rigor tático e concentração, opôs-se às tentativas do adversário.
Sobre o fecho da etapa inicial, as jovens águias voltaram a acercar-se com perigo da baliza do Paços de Ferreira. À entrada da grande área, de costas para o alvo, Gustavo Varela trabalhou o lance e fez um passe curto para os pés de Hugo Félix, que ajeitou e disparou na busca de mais um golo. Mas, na proteção das redes dos castores, Marafona estava atento e susteve o esférico (45'+1').
A abrir a segunda parte da partida, o Benfica B desenhou uma jogada ameaçadora. Gerson Sousa recebeu a bola (endossada por João Rego) e, descaído para a esquerda, encarou um adversário, foi mais forte no um para um e chutou rasteiro, com força. Marafona, com as pernas, em queda para o lado oposto ao da trajetória da bola, impediu o 0-2.
Perante a consistência e a solidez do Benfica B na sua linha mais recuada, o Paços de Ferreira só à passagem do minuto 73 descobriu uma nesga na área. Na sequência de um livre executado sobre o flanco direito do ataque, Anilson saltou mais alto e cabeceou sobre a barra.
Refrescado em todos os setores – entraram João Veloso (58'), Nuno Félix (58'), José Melro (69'), Luan Farias (69') e Lacroix (77'), saíram Rafael Luís, Hugo Félix, Gustavo Varela, João Rego e ainda João Fonseca, que se estreou como titular –, o Benfica B reforçou a posição de vantagem aos 79'. Pela direita, Diogo Spencer fez um passe rasteiro a esticar o jogo, para a desmarcação de Luan Farias, que cruzou com precisão para o cabeceamento letal de João Veloso na pequena área (0-2).
No tudo por tudo, os pacenses esbarraram por duas vezes (86' e 90'+1') na competência do guarda-redes André Gomes, que trancou a baliza encarnada. Quase ao cair do pano (90'+5'), aproveitando uma oportunidade que nasceu de um arremesso lateral a favor da equipa da casa, o jovem coletivo benfiquista marcou o 0-3. José Melro, pela esquerda da área, rematou e bateu inapelavelmente Marafona.
Três pontos muito saborosos para o Benfica B, que, na Capital do Móvel, averbou a quarta vitória em seis jornadas, percurso que o impulsiona para o topo da classificação.
Nélson Veríssimo (treinador do Benfica B): "Tivemos um jogo difícil. Naquilo que é o nosso jogo ofensivo, não tivemos um jogo brilhante, também muito mérito do Paços de Ferreira, pelas dificuldades que nos foi causando. O que fomos sentindo, e foi também essa a mensagem que passámos ao intervalo, é que tínhamos de ser muito consistentes no nosso processo defensivo, na nossa organização defensiva, e depois também sermos eficazes, que é algo que nos tem faltado nas últimas jornadas. Esta diferença no resultado acaba por caracterizar isso mesmo que aconteceu. Fomos a equipa mais eficaz, não fizemos um bom jogo, mas a equipa teve a maturidade suficiente e necessária para perceber o que é que o jogo pedia. Face a isso, estamos contentes pelo resultado, por somar mais três pontos na nossa luta e também satisfeitos pela reposta que a equipa deu perante um adversário difícil e que tem qualidade."
Gerson Sousa (avançado do Benfica B, Homem do Jogo): "Estou muito contente por receber este prémio, mas não é só meu, é dos meus colegas também. Foi um jogo supercompetitivo, uma guerra autêntica, soubemos jogar o jogo e aproveitar as nossas oportunidades."
Francisco Domingues (defesa-esquerdo e capitão do Benfica B): "Entrámos bem. Eles talvez tenham entrado um pouco por cima, mas conseguimos dar a volta a começar pelo meu golo. Depois fomos eficazes, é nisso que se baseia o jogo. Houve momentos em que eles estiveram mais vezes por cima, mas nós conseguimos dar a volta. Baseou-se nisso, fomos mais eficazes e saímos vitoriosos num campo difícil. Merecemos."
Liga 2 | 6.ª jornada | 28/09/2024
Paços de Ferreira-Benfica B
0-3
Estádio Capital do Móvel
Onze do Benfica B
André Gomes, Diogo Spencer, Gustavo Marques, João Fonseca (Lacroix, 77'), Francisco Domingues, Diogo Prioste, Rafael Luís (João Veloso, 58'), Hugo Félix (Luan Farias, 69'), João Rego (Nuno Félix, 58'), Gerson Sousa e Gustavo Varela (José Melro, 69')
Suplentes
Ricardo Ribeiro, Nuno Félix (58'), Lacroix (77'), João Veloso (58'), Leandro, Paul Okon, Ivan Lima, José Melro (69') e Luan Farias (69')
Treinador do Benfica B
Nélson Veríssimo
Onze do Paços de Ferreira
Marafona, Diegão, Antunes (Costinha, 63'), Caiado (Rui Pedro, 63'), Gonçalo Nogueira, Welton Jr. (Joffrey, 87'), Uilton (Emerson Pata, 79'), Rui Fonte, Anilson, Ferigra e Lumungo (Pavlic, 63')
Suplentes
Jeimes, Cardoso, Pavlic (63'), Marcos Paulo, Rui Pedro (63'), Joffrey (87'), Costinha (63'), Emerson Pata (79') e Renteria
Ao intervalo 0-1
Golos
Benfica B: Francisco Domingues (32'), João Veloso (79') e José Melro (90'+5')
Boletim clínico do Benfica B
Filipe Cruz (status pós-ligamentoplastia do cruzado anterior do joelho esquerdo); e Joshua Wynder (lesão muscular na coxa direita)

GALO LEVANTOU A CRISTA MAS CAIU NA PANELA DE PRESSÃO DA LUZ



Contra o Santa Clara, na estreia de Bruno Lage ao comando encarnado, nem deu para pensar muito no que estava a acontecer, tão madrugador foi o golo forasteiro no Estádio da Luz. O resultado acabou por ser mais ou menos o mesmo, mas este sábado foi diferente por duas razões: a primeira é que quando o GIl Vicente chegou à vantagem, aos oito minutos, já se tinha percebido que não estava de visita a Lisboa para jogar uma peladinha e fazer umas compras no Colombo; a segunda é que o Benfica viu-se de facto a perder mas ninguém deu realmente por isso. E esta capacidade de encarar a adversidade constituiu, por si só, meio caminho andado para o sucesso.
Bruno Lage repetiu o onze do Bessa, e fez bem. A equipa tem dinâmicas em crescendo, os espaços vão sendo preenchidos a preceito e a ideia de jogo parece claramente existir. O Benfica começou por cima e aos três minutos já tinha dois cantos conquistados.
Acontece que pela frente tinha uma equipa igualmente decidida e muito bem organizada, com uma proposta de jogo ousada. E é escusado pensarmos já naquele lugar comum de que quem joga aberto no estádio dos grandes arrisca-se a sair goleado.
A goleada que os minhotos acabaram por sofrer está longe de poder cair nesse simplismo e uma coisa é certa: este Gil Vicente esteve bem mais perto de causar surpresa na Luz do que muitas equipas que visitam os terrenos dos candidatos ao título cheias de cautelas e acabam por perder por apenas um ou dois.
A verdade é que aos oito minutos, na primeira incursão séria gilista, o 1-0 chegou para os visitantes. Fujimoto, nessa altura verdadeiro segundo ponta de lança travestido de falso médio, fez uma assistência brilhante e Félix Correia não perdoou. E é neste momento, paradoxalmente, que reside uma das chaves do jogo. Quem apenas ouvisse as bancadas da Luz não teria dado pelo golo gilista. O apoio quente e incessante continuou, nem sequer se ouviu um suspiro coletivo, um bruá de receio. Mas — ainda mais importante para o desenrolar da partida — não se viu um tremelique na equipa do Benfica, uma hesitação em relação ao plano. Do lado minhoto a mesma coisa, tendo-se continuado a ver bons desenhos com a bola nos pés (o jogo terminou 50/50 em termos de posse) e intenção nos movimentos.
Para felicidade encarnada, a bola parada funcionou cedo. Nove minutos depois de o Benfica ter sofrido, Di María bateu um canto e o compatriota Otamendi empatou o jogo, no primeiro de três golos de cabeça da noite. Passados outros sete minutos, foi a vez de Tomás Araújo (pelo meio!) descobrir Aursnes na direita e o norueguês cruzar a preceito para Akturkoglu, esquecido na pequena área do Gil, cabecear para o 2-1 sem levantar os pés do chão.
Tranquilidade para o Benfica? Nem por sombras. O que restou da primeira parte e uma larga fatia da segunda continuaram a trazer o que se tinha visto até então: um Benfica dinâmico, incisivo e com vontade a esbarrar numa belíssima organização gilista e uma continuada intenção de chegar, pelo menos, ao empate.
Aos 68 minutos, Bruno Lage mexeu, e de facto, às vezes, as coisas saem bem. Quem saiu tinha estado bem, quem entrou esteve ainda melhor e, sobretudo, envolvido em jogadas decisivas. Depois de, aos 75 minutos, as bancadas terem claudicado pela primeira vez, incomodadas por uma presença do Gil no meio campo encarnado mais prolongada que a expectativa, um dos suplentes, Rollheiser, serviu outro, Amdouni, e este decidiu o vencedor da noite com um golaço de pé esquerdo de fora da área.
Os restantes dois golos surgiram aos 90' e no tempo de compensação. Com Beste (outro suplente) a bater o canto na sequência do qual Florentino fez o terceiro de cabeça da noite e, depois, Prestianni (entrado aos 90+3'!) a servir Rollheiser para o fecho da goleada, com desgraciosa colaboração do guarda-redes Andrew. Uma vitória justa (ninguém vence 5-1 sem justiça), mas por números enganadores. E aí vão quatro seguidas para Lage...

sábado, 28 de setembro de 2024

MENSAGEM CLARA, BENEFICIEM OS SAPOS SENÃO A JARRA ESPERA-VOS...




A Gola do Sabry, in Facebook

SURPRESA?! OU NÃO...



 Presidente dos arsenalistas viu o Tribunal aplicar-lhe uma pena de 15 meses de prisão, suspensa por igual período; emblema bracarense multado em 18 mil euros.

António Salvador, presidente do SC Braga, foi esta sexta-feira condenado a 15 meses de prisão, pena suspensa por igual período, no âmbito da 'Operação Éter'.
Ainda de acordo com a decisão hoje proferida em sede de julgamento, que teve lugar no Tribunal de São João Novo, no Porto, o SC Braga foi também condenado ao pagamento de um multa de 18 mil euros.
O referido processo, que envolveu 29 arguidos - 21 singulares e 8 entidades coletivas -, diz respeito a vários crimes económicos, entre os quais corrupção, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder, falsificação de documento e recebimento indevido de vantagem. Segundo revela a SIC Notícias, em causa estavam «procedimentos de contratação de pessoal e aquisição de bens, a alegada utilização de meios deste organismo público para fins pessoais e o apoio prestado a clubes de futebol, a troco de contrapartidas e favores pessoais a Melchior Moreira [presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal entre 2009 e janeiro de 2019 e que era o principal arguido no processo], que, segundo o Ministério Público, tinha a "ambição de concorrer à presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional"».
Ainda de acordo com a mesma fonte, o Ministério Público «defendeu também a condenação do presidente do SC Braga, António Salvador, e do ex-presidente do Vitória Sport Club, ambos por falsificação de documento, crime alegadamente cometido nos contratos de publicidade nas camisolas dos clubes, celebrados com a Turismo do Porto e Norte de Portugal, mas defendeu a absolvição de Júlio Mendes de corrupção, uma vez que não houve "um toma lá, dá cá", entre o então presidente do VSC e Melchior Moreira».

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

NÃO É SÓ RUI COSTA A CORRER RISCOS NA AG

 


Com estes estatutos, as consequências da AG serão ‘apenas’ políticas. A oposição será pouco prudente se não medir todas as vertentes, nomeadamente as motivações dos 40 mil que votam nas eleições.

Será sob a presidência do sócio 13.520 do Benfica, José Pereira da Costa, investido na condição de principal figura da Mesa da Assembleia Geral do clube da Luz desde que Fernando Seara se demitiu, em plena reunião magna para aprovação dos novos estatutos, no último sábado, que decorrerá, sexta-feira, nova Assembleia Geral (AG) dos encarnados, desta feita para voltar a votar as contas do clube, que foram chumbadas numa primeira assembleia.
Diga-se, desde já, que não decorrerão outras consequências, que não políticas, do que vier a ser votado, porque os atuais estatutos não preveem qualquer sanção para a Direção em funções, em caso de segundo chumbo. O mesmo não aconteceria, porém, se os novos estatutos, que foram aprovados, no sábado, na generalidade, mas que ficaram, a menos de meio, no que à especialidade diz respeito, estivessem já em vigor, uma vez que determinam que se as contas do clube referentes a um determinado ano, receberem, em duas AG’s consecutivas, a reprovação dos sócios, isso implicará a queda da Direção.
Assim, estamos perante uma situação em que um novo chumbo representará uma humilhação para Rui Costa, que só terá consequências, nomeadamente eleições antecipadas, se o presidente em funções quiser. Por isso, trata-se de uma arma que os grupos que têm estado abertamente contra a política do antigo maestro da Luz, podem usar sem incorrerem na responsabilidade de ‘atirarem’ o clube para eleições, por um lado, mas mantendo o presidente fragilizado, por outro. A grande questão estará em saber se, destas guerras palacianas, vistas durante décadas do outro lado da Segunda Circular, o Benfica terá alguma coisa a ganhar.
TIRO AO RUI
Duas entrevistas recentes, a primeira de Luís Filipe Vieira, que durante mais de uma década afirmou estar em Rui Costa a pessoa ideal para suceder-lhe na Luz; e outra, de ontem, de Luís Mendes, ex-vice-presidente recém-demissionário, que chegou à Luz precisamente pela mão de Rui Costa, e na qualidade de pessoa de confiança do líder encarnado, funcionaram como uma espécie de abertura de caça ao antigo 10. Curiosamente, nesta fase, Rui Costa é acusado por Luís Filipe Vieira de ter desvirtuado o projeto que este vinha erguendo desde 2003; e Luís Mendes acusa-o de ter dado a mão ao chamado vieirismo, colocando Rui Costa numa posição de ser preso por ter cão e por não ter.
Deste estado de coisas, em que da parte de Vieira foram consideradas indesejadas pessoas que trabalham no Benfica, o mesmo acontecendo com Luís Mendes (coincidentes em relação a algumas, curiosamente), parece estar a ser poupado algum trabalho de desgaste e alguma retórica à oposição ‘tradicional’, que se apresenta com ideias mais extremas através de Francisco Benitez (que tem vindo, em abono da verdade, a temperar o discurso, e a procurar, até, posições de consenso, como no caso dos estatutos), e sob as vestes da tecnocracia, no que diz respeito a Noronha Lopes.
PRESENTES E AUSENTES
Qualquer destes benfiquistas e seus apoiantes não deixarão de estar, por certo, na AG (deixando alguma curiosidade quanto à presença de Luís Mendes, sócio do Benfica há 48 anos), não sendo clara a estratégia que irão adotar.
Com o campeonato ainda no primeiro terço, a equipa a dar sinais de recuperação pontual e exibicional, ultrapassada que foi a fase Schmidt e em grande parte feitas as pazes com o Terceiro Anel, não será risco demasiado para a oposição atirar o clube para uma crise social (deixando, imagine-se, Rui Costa numa situação entre a espada e a parede em que se vê obrigado a fazer uma fuga para a frente) que pode atingi-los em efeito ‘boomerang’? Todos os sócios e respetivos staffs atrás nomeados não são benfiquistas de aviário, seguem o clube há muitos anos, e sabem perfeitamente que uma coisa é ‘ganhar’ uma AG, onde se reúnem dois ou três mil sócios, outra completamente diferente é ganhar eleições com 40 mil votantes, sendo que, neste particular, a ‘morte eleitoral’ de Rui Costa anunciada por Luís Mendes - «perde para qualquer candidato, até para Vieira», disse -, arrisca-se a ser manifestamente exagerada.
Os clubes, que fazem do futebol a sua principal atividade, e apresentam contas que tanto podem merecer prata ou lata consoante as vendas são feitas uma semana antes ou uma semana depois do seu fecho, não são empresas iguais às outras, embora devam ser servidas por profissionais altamente qualificados. Porém, o estado de alma dos sócios depende sempre do andamento do futebol e será esse o dilema que se deparará de momento à oposição: se a equipa está a ganhar; se o treinador mal-amado foi substituído com êxito; se as contratações de fim de mercado fortaleceram o conjunto… não será demasiado arriscado, a um ano de eleições, precipitar qualquer crise?
Desta vez, na verdade, numa AG que não terá poderes para derrubar a Direção, a avaliação é apenas política.
OUTROS PROTAGONISTAS
Faltará falar de outros participantes na AG, que podem ser considerados não alinhados: os tradicionais sócios do Benfica que não fazem parte de qualquer fação, e que são, por natureza conservadores, gostando pouco de mudanças forçadas e de quem vai com demasiada sede ao pote, funcionando como uma espécie de maioria silenciosa que se faz ouvir especialmente nos atos eleitorais; e ainda os elementos da claque que, em muitas ocasiões, através de alguns dos seus membros, estabelecem o tom das reuniões. Não considerar a importância destas duas vertentes, é não ter ideia plena do universo representado.
Finalmente, valerá a pena, para dar uma sintonia mais fina a este momento, estar atento à reação do presidente do Conselho Fiscal do Benfica, Fonseca Santos, benfiquista de longuíssima data, que nunca foi de levar desaforo para casa, e que se viu confrontado com algumas afirmações de Luís Mendes. Depois da forma surpreendente como Fernando Seara se demitiu, Fonseca Santos, que tem um passado que fala por ele, não admitirá, por certo, qualquer melindre à sua pessoa.

José Manuel Delgado, in a Bola