"Aquela maravilhosa exibição em Famalicão trouxe-me um problema: já fiquei mal-habituado para o resto da época. A magia do Taarabt, o virtuosismo do Everton, o talento do Waldshmidt. A potência do Darwin, a agilidade do Rafa, a qualidade do Grimaldo. A valentia do Rúben, a serenidade do Vertonghen, a fibra do André. A técnica do Pizzi, a segurança do Ody, a vontade de todos os jogadores do plantel, determinados em provar que a queda na Grécia não reflete a capacidade da equipa.
Este foi o arranque de campeonato mais forte que eu já vi o Benfica fazer. Pelo resultado, claro, mas sobretudo pela exibição. Felizmente já vai longe a maldição da primeira jornada (nove temporadas seguidas sem vencer no jogo inaugural entre 2005 e 2013: 3 derrotas e 6 empates). Agora ninguém pode abrandar. Jorge Jesus prometeu uma equipa para jogar o triplo e arrasar. Cumpriu com distinção na estreia no campeonato, porém ainda há 33 jogos calendarizados - e mais alguns por sortear e agendar - onde a promessa tem de ser convertida em realidade.
Amanhã recebemos o Moreirense, que nas últimas duas temporadas somou mais pontos na Luz do que o Sporting e o FC Porto. É um sinal forte o suficiente para que o estado de alerta se mantenha bem activo, porque nenhum jogo se ganha antes de começar. O cliché tantas vezes propagado de que não existem jogos fáceis é muito mais do que uma simples frase feita. Não há jogos fáceis - com excepção dos jogos de FIFA em que eu humilho todos os amigos que passam pela minha casa.
Amanhã é dia 26 de Setembro, uma data que sempre pensei ser muito bonita para ver o Darwin Núñez estrear-se a marcar de águia ao peito. Assim seja!"
Pedro Soares, in O Benfica
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