quarta-feira, 21 de abril de 2021

GOLEADA



 Música luso-brasileira embalou águias para a goleada

As canarinhas Nycole e Marta Cintra faturaram na primeira parte, a portuguesa Kika Nazareth, por duas vezes, festejou na etapa complementar.
A equipa feminina do Benfica acertou calendário da fase de apuramento de campeão da Liga BPI com uma goleada por 4-0 diante do Braga, no Benfica Campus, em jogo da 3.ª jornada.
Mais intensa e determinada nas ações sobre o (excelente) relvado, a equipa do Benfica criou a primeira oportunidade de golo ao minuto 8. Kika Nazareth iniciou a jogada, Cloé Lacasse desenvolveu-a pela esquerda e depois virou o esférico para o corredor central, onde a mesma Kika teve espaço para rematar à baliza. Lu Pinheiro defendeu para a frente, Nycole tentou a recarga, mas a guarda-redes bracarense ainda recuperou a posição e desviou a bola para canto.
Pressionando as centrais do Braga, Kika Nazareth cortou um passe aos 11', recuperou a posse, ficou cara a cara com a guardiã Lu, mas o chapéu saiu-lhe um pedaço alto e a bola caiu sobre a rede superior da baliza arsenalista.
Perto da meia hora de jogo (29'), novo desequilíbrio provocado pelas encarnadas no espaço ofensivo. Catarina Amado armou o ataque, Cloé Lacasse embalou pela direita, invadiu a grande área e foi derrubada pela camisola 17 do Braga, Diana Gomes. Penálti! Na conversão do castigo máximo, Nycole atirou de pé esquerdo para o golo (1-0 aos 30').
Perto do intervalo, a treinadora Filipa Patão viu-se confrontada com a necessidade de mexer na equipa. Em dificuldades físicas, Nycole teve de ceder o lugar, sendo rendida pela compatriota Marta Cintra (41').
Buliçosa, Marta Cintra agitou o futebol benfiquista nos últimos metros. Depois de Beatriz Cameirão visar a baliza bracarense (defesa de Lu aos 43'), foi a jovem recém-entrada na partida quem brilhou: Marta Cintra recebeu um passe de Andreia Faria e, descaída para a direita na área, rematou cruzado de pé direito para o 2-0 (44'), resultado com que terminaria a etapa inicial do desafio.
O segundo tempo começou com o 3-0 para as águias, aos 47'. Recuperação de bola em zona adiantada, Marta Cintra serviu Cloé Lacasse que deixou Kika Nazareth na cara do golo e a avançada não se fez rogada. Referir que as minhotas haviam feito duas alterações ao intervalo com o objetivo de reentrar na partida, mas o terceiro tento do Benfica foi um rombo para o Braga.
A jovem atacante estava de pé quente e o 4-0 apareceu aos 55', por intermédio de Kika Nazareth. Livre à direita apontado por Beatriz Cameirão, Pauleta não deixou sair o esférico e enviou-o para a zona da marca da grande penalidade onde a camisola 18, sem deixar cair a bola, bateu Lu. As do Minho tentaram responder e ficaram perto do golo, aos 58', por Laura Luís, que fez um chapéu a Letícia, mas Lúcia Alves tirou a bola em cima da linha de golo.
Com o Benfica confortável na partida, a treinadora Filipa Patão mexeu na equipa, deu minutos a futebolistas menos utilizadas e fez descansar algumas jogadoras tendo em vista os próximos compromissos que aí vêm quando a época da Liga BPI está numa fase decisiva. As águias geriram a vantagem até final, ainda enviaram duas bolas aos ferros por Kika Nazareth em tempo de descontos, mas o resultado de 4-0 não sofreu mais alterações.
Com este triunfo, as encarnadas passam a somar 27 pontos (1.º lugar, com mais um jogo) e neste domingo, às 16h00, recebem o Famalicão no Benfica Campus.
DECLARAÇÕES
Filipa Patão (treinadora do Benfica): "Em primeiro lugar, parabéns ao Braga. Não se deve desvalorizar este adversário, independentemente do resultado, porque não deixa de ser uma equipa bastante competente e com dinâmicas e jogadoras muito boas. Não devemos olhar só para o resultado, mas para aquilo em que fomos extremamente competentes e que conseguimos alcançar. Marcar o primeiro golo cedo facilitou-nos, deu-nos calma e ponderação no jogo. Conseguimos explorar o que pretendíamos relativamente ao espaço que tínhamos no jogo e a partir daí tudo nos correu bem, fomos capazes de aproveitar as situações que tivemos e de ser competentes nas zonas do terreno que queríamos explorar. Volto a repetir: não podemos olhar para o resultado, mas, sim, para a equipa que defrontámos, que nos tem criado muitas dificuldades. Este é um Benfica comprometido com os objetivos instituídos desde o início e que vai continuar a trabalhar e a valorizar qualquer adversário que apareça pela frente. É nesse sentido que estamos focados."
Cloé Lacasse (jogadora do Benfica): "Foi um jogo fantástico. Focamo-nos no nosso trabalho para conseguirmos os golos, pensando no topo da classificação, claro. Da guarda-redes ao ataque, produzimos uma exibição fantástica. Jogo a jogo, procuramos evoluir e ter a melhor dinâmica enquanto um todo."
Benfica-Braga
4-0
Benfica Campus (Campo n.º 1)
Onze do Benfica
Letícia, Catarina Amado (Matilde Fidalgo, 68'), Sílvia Rebelo (Ana Seiça, 68'), Carole Costa, Lúcia Alves (Mariana Dantas, 75'), Pauleta, Andreia Faria, Beatriz Cameirão (Christy Ucheibe, 62'), Cloé Lacasse,
Kika Nazareth e Nycole (Marta Cintra, 41')
Suplentes
Carolina Vilão, Matilde Fidalgo (68'), Ana Seiça (68'), Mariana Dantas (75'), Christy Ucheibe (62'),
Marta Cintra (41') e Jolina
Ao intervalo 2-0
Golos do Benfica
Nycole (30' gp), Marta Cintra (44'), Kika Nazareth (47' e 55')

1 comentário:

  1. Elas merecem todo o nosso respeito, admiração e carinho. Por jogarem sempre, sempre à Benfica, coisa que a rapaziada da equipa masculina parece não saber o que é. Foram 4, como poderiam ter sido 7 ou 8. Elas são assim: jogam à bola; sabem jogar à bola; encantam a jogar à bola; têm prazer em jogar à bola; são profissionais dignas que honram as camisolas que vestem e a instituição secular que representam; respeitam os adeptos. E não têm peneiras. Parabéns, campeãs! Obrigado, princesas.

    Gostei do «Lanças Apontadas» de ontem. Como de poucos. Falou-se da vergonha que foi o jogo e a derrota com o Gil Vicente. E os quatro participantes, com destaque para Pedro Ferreira e João Paulo Oliveira e Costa (aplaudo-os, de pé) disseram o que qualquer adepto diria: quem enverga a camisola do Sport Lisboa e Benfica não pode jogar daquela maneira infantil, incrível, lastimável, miserável; quem joga assim não está a ser profissional sério; quem joga assim não está a honrar os pergaminhos do clube, nem a respeitar a instituição que lhes paga e dá todas as condições, e os adeptos que não poupam na paixão, no apoio, nos carinhos e nos gastos. Se eu fosse o JJ, hoje de manhã passaria dois vídeos: o do programa e o do jogo da equipa feminina contra o Braga, para a rapaziada (que temos de tomar como uma autêntica gaiatada) ver, ouvir, refletir e envergonhar-se sobre o que tem andado a fazer.
    Estamos (os que amam verdadeiramente o Benfica e sofrem com os seus insucessos) fartos de gozarem connosco – há mais de um ano! Estamos fartos! Tenham respeito, se querem ser respeitados. O clube é nosso, dos adeptos e dos sócios, muitos milhões espalhados pelo país e pelo mundo. Se não se sentem cá bem, vão embora, desapareçam, que outros melhores que vocês virão! Logo à noite, sejam homenzinhos (vejam como jogaram ontem as nossas mulheres – aquilo é que é jogar à Benfica! – e envergonhem-se), honestos e profissionais. E ganhem a porcaria do jogo (se tivessem feito a vossa obrigação contra o «colossal», o «galático» Gil Vicente, hoje poderíamos ficar a 7 pontos do 1º, e tudo seria possível).

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