"Há sete jogos consecutivos que o Benfica vence. Há sete jogos consecutivos que não sofre qualquer golo. No campeonato, desde a partida de Alvalade (há já dois meses e meio), a nossa equipa apenas uma vez foi batida: de penálti, em Moreira de Cónegos.
Aquele que parecia ser o ponto fraco no início da temporada está, pois, debelado. A equipa é sólida, consistente e defende bem. Helton afirmou-se na baliza, e Lucas Veríssimo mostrou que é reforço. Lá na frente. Seferovic marca e dá a marcar E Darwin voltou aos golos. Resultado: 0-5 no estádio do 5.º classificado.
Entre 4 de Janeiro e 21 de Fevereiro perdemos 15 pontos. Na altura muito se especulou sobre a crise benfiquista. A culpa era de Jesus, era de Rui Costa, era de Vieira, era de Mendes, era do planeamento da época, era das contratações, era das vendas, era do balneário, era dos parafusos do portão do Seixal. A verdade é que a equipa sofreu um surto de covid como nenhuma outra em Portugal, e custou a recompor-se. Com treino, com tempo e com saúde, aí está o verdadeiro Benfica 2020-21 - com o mesmo treinador, com o mesmo plantel, e com a mesma estrutura dirigente de há dois meses.
Se pudéssemos isolar e retirar as seis jornadas covid (após o Dragão e até à deslocação a Faro), o Benfica lideraria a classificação. Sem covid, fomos a melhor equipa.
Se ainda vamos a tempo, não sei. Que não é impossível, não é. Nas últimas seis jornadas recuperámos seis pontos. Considerando que ganhamos as oito partidas que restam, necessitamos de mais duas derrotas, ou três empates, do Sporting. Há que acreditar até ao fim. Ainda há esperança!"
Luís Fialho, in O Benfica
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