"Já aqui trouxe a pressão alta do Porto (vs Estoril) mas vale a pena ver como este foi o factor que deu ascendente aos portistas no último clássico. Nota também para a falta de variabilidade do Benfica.
442 do Porto deixava inicialmente centrais do Benfica terem bola. Avs 1. cortavam linha de passe para médios encarnados que não saiam do corredor central – apenas quando condução de colega levava para half space – 2. Impedir mudança de corredor quando central já recebia + aberto.
O Benfica foi optando por ter os laterais baixos e era a eles que os centrais recorriam. No entanto, Bah e Grimaldo recebiam com pressão em cima do ala portista e já bastante condicionados.
Aspectos construção SLB 1. centrais não baixavam para dentro da grande área e adversários ficavam compactos 2. distribuição rígida. Apenas os alas baixavam ligeiramente dentro. Florentino e Enzo no meio, basculavam conforme a bola e não incorporavam linha defensiva.
A melhor oportunidade do Porto (o cabeceamento de Taremi a cruzamento de Zaidu) é consequência do acima descrito. Fundamental o FC Porto estar compacto, também fruto do posicionamento do Benfica, para ganhar a bola no meio-campo ofensivo
O factor Enzo: somou várias perdas de bola. A conjuntura não ajudou mas já esteve uns níveis acima. Não pareceu preparado para a abordagem do Porto, nomeadamente a pressão que quem está à frente da linha da bola realiza (acção facilitada, como já vimos pelo posicionamento do SLB)
Outro exemplo, agora com o argentino a demorar na definição e colegas mal posicionados para receber bola
Por último, vejamos como foi o jogo nas situações de reposição de bola em que os centrais do Benfica se encontravam recuados, ou seja, dentro da grande área. As dinâmicas, no essencial, mantiveram-se em ambas as equipas, no entanto, a linha defensiva foi capaz de ligar com os alas, no habitual passe vertical, mas o Porto mostrou estar preparado e o Benfica não teve qualquer saída “limpa”. Aliás, os azuis recorreram com bom timing, aos corredores laterais para recuperar bola.
Há uma diferença, muitas vezes ignorada, entre jogar curto inicialmente e, efectivamente, tentar uma saída limpa a partir do GR. Geralmente a 2ª envolve utilizar a pressão adversária para, de alguma forma, conseguir jogar nas costas de quem sai a pressionar, ou juntando o adversário no corredor central, ligar com o lateral. Abaixo vemos como essa não pareceu ser a intenção do Benfica. Pontapé de baliza, tabela entre António Silva e Vlachodimos e bola longa do GR grego.
Nova situação em que inicialmente o Benfica até joga curto mas fruto dos posicionamentos seguintes, não há grande alternativa a jogar longo.
O Porto até à expulsão somou várias recuperações de bola no meio-campo adversário e o Benfica não mostrou soluções para contrariar a pressão montada por Sérgio Conceição."
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