domingo, 16 de outubro de 2022

TANTO DESPERDÍCIO, QUE SIRVA DE LIÇÃO...



 Tamanho desperdício originou igual sofrimento

Benfica perdulário deixou o jogo com o Caldas ir para as grandes penalidades e só aí teve cabeça fria para resolver o jogo e o apuramento para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal.
O Benfica garantiu neste sábado, 15 de outubro, um lugar na 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, ao vencer o Caldas no Campo da Mata. Uma vitória obtida nas grandes penalidades (3-5), após uma igualdade a um golo ao fim de 120 minutos.
Roger Schmidt fez cinco alterações no onze, relativamente à equipa titular em Paris. Helton, Gilberto, Brooks, Draxler e Rodrigo Pinho iniciaram a partida no Campo da Mata. Bah (adoentado), Otamendi, Rafa e Gonçalo Ramos ficaram fora da ficha de jogo, Odysseas ocupou um lugar no banco de suplentes.
O primeiro sinal de perigo nas Caldas da Rainha foi dado pelo Benfica. Aos 5' Enzo rematou cruzado ao lado da baliza do conjunto da casa. Sem acelerar muito, os encarnados voltaram a estar perto do golo, mas Rodrigo Pinho aos 8', do lado esquerdo do ataque, não acertou bem na bola e a oportunidade gorou-se.
Perante um adversário bem organizado defensivamente e numa primeira parte particularmente desinspirada, os encarnados deixaram o Caldas acreditar. Aos 38', e já depois de Aursnes ver um golo anulado por fora de jogo, apareceu a melhor oportunidade do primeiro tempo e para a equipa da casa.
João Silva surpreendeu tudo e todos com um remate de meia distância e obrigou Helton Leite a uma defesa importante – a bola ainda bateu no poste da baliza defendida pelo guardião brasileiro (38').
0-0 ao intervalo, adivinhavam-se mudanças para o segundo tempo. Roger Schmidt retirou Florentino e Rodrigo Pinho do jogo e lançou Diogo Gonçalves e Petar Musa para o segundo tempo.
O avançado croata agitou a partida e logo no reatamento obrigou Wilson Soares a intervenção apertada para canto. Pouco depois foi Diogo Gonçalves que levou perigo à baliza adversária, mas um corte no momento certo impediu que a bola chegasse a Musa.
O Benfica estava mais rápido, e o primeiro momento de clarividência encarnada saiu dos pés de Musa, que aos 53', tirou dois adversários do caminho e ainda de fora da área bateu sem hipóteses o guarda-redes do Caldas. Um golo que gelou o Campo da Mata e que colocou as águias na frente do marcador.
Endiabrado, Petar Musa podia ter bisado logo a seguir, por duas vezes, mas Wilson Soares negou o segundo golo dos encarnados na partida.



A equipa da casa operou quatro alterações no jogo, mas foi o Benfica que voltou a estar perto do 0-2. Grimaldo, de livre, atirou ao poste aos 73'.
Não marcaram os encarnados, marcou o Caldas. António Silva falhou a receção a um passe de Brooks, em zona proibida, e Gonçalo Barreiras, isolado, empatou o jogo a um golo aos 74'.
O Benfica reagiu, mas o guarda-redes do Caldas, inspirado, impediu o golo de Diogo Gonçalves. Roger Schmidt tirou Grimaldo e Draxler e colocou em campo Mihailo e Chiquinho.
Os encarnados insistiram e Musa teve novamente nos pés o golo, mas voltou a ser contrariado. Tanto desperdício no Campo da Mata levou o jogo para prolongamento, com uma igualdade a um golo.
Para os 30 minutos adicionais o técnico do Benfica tirou António Silva e lançou João Victor, que se estreou com a camisola do Glorioso.
Os encarnados dominaram o prolongamento e por duas vezes estiveram perto do golo. No primeiro tempo Enzo atirou à barra e na segunda parte valeu ao Caldas um corte no momento certo a impedir o desvio de Musa para a baliza.
O jogo foi mesmo para os penáltis e, neste capítulo, os encarnados foram extremamente competentes. Enzo, Mihailo, Aursnes, Chiquinho e João Mário não falharam, enquanto do lado da equipa da casa Clemente atirou por cima da barra.
Ainda que no desempate por pontapés de penálti, vitória justa do Benfica, que, com tamanho desperdício, permitiu ao adversário sonhar, tal a postura brava que teve ao longo dos 120 minutos.

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