terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

TEATRO DO ABSURDO!

 



"𝟭. 𝗔𝘁𝗶𝗿𝗮𝗿 𝗮 𝗽𝗲𝗱𝗿𝗮 𝗲 𝗲𝘀𝗰𝗼𝗻𝗱𝗲𝗿 𝗮 𝗺𝗮̃𝗼.
O Conselho de Redação do Porto Canal emitiu um comunicado a demarcar-se de um artigo publicado no seu site, a 10 de fevereiro último, onde foi identificada a mulher do comentador desportivo Rui Santos, bem como a morada do estabelecimento comercial de que é proprietária, no Porto. Comunicado que é, no mínimo, hipócrita. Como se fosse possível acreditar que os jornalistas do Porto Canal não estavam cientes da publicação que foi escrita e publicada por elementos da sua própria equipa. Mas nada de novo vindo de uma equipa que não sabe o que é ética jornalística nem responsabilidade social.
Entretanto, os dias vão passando sem que tenhamos uma ação firme da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que tem o dever de garantir que o Porto Canal, entidade financiada com recursos públicos, respeite os direitos fundamentais dos cidadãos e os princípios éticos e legais que regem o jornalismo. Também se aguarda que o Conselho Nacional de Imprensa Desportiva (CNID) tome uma posição clara e inequívoca contra este tipo de comportamento, que mancha a reputação da imprensa desportiva em Portugal. Ou será que já tomou posição sobre o caso e ninguém reparou? Não podemos permitir que tais ameaças passem impunes.

𝟮. 𝗢 𝗥𝗲𝗴𝗶𝗺𝗲 𝗱𝗼 𝗺𝗲𝗱𝗼 𝗻𝗼 𝗳𝘂𝘁𝗲𝗯𝗼𝗹 𝗽𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝘂𝗲̂𝘀.
À luz dos recentes eventos, torna-se ainda mais urgente desmantelar o regime do medo que permeia o futebol português há décadas. O Estado não pode continuar insensível a esta realidade, em que o futebol é visto como um monstro intocável. As claques oficiais e oficiosas do FC Porto são, há demasiado tempo, usadas como forma de coagir pessoas e instituições, funcionando como uma força armada do clube que semeia o medo e condiciona decisões. Esta ameaça não pode ser banalizada ou aceite como algo inevitável.
É urgente que o Estado assuma a suas responsabilidades para desmantelar este regime do medo, da chantagem e da ameaça. O futebol, enquanto indústria de entretenimento, deve ser regido por normas éticas e legais que promovam a integridade, a transparência e a justiça. É fundamental que medidas efetivas sejam tomadas para combater o problema da violência no futebol e que os responsáveis pelas claques que promovem atos de violência sejam adequadamente responsabilizados pelos seus atos."

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