quinta-feira, 21 de setembro de 2023

BRAVOS CONTRA A INFELICIDADE



 O Benfica perdeu (0-2) com o Salzburgo na 1.ª jornada do Grupo D da Liga dos Campeões, num duelo em que jogou mais de 80 minutos com menos uma unidade.

A jogar com menos uma unidade desde os 13', o Benfica perdeu (0-2) nesta quarta-feira, 20 de setembro, frente aos austríacos do Salzburgo, que beneficiaram de duas grandes penalidades no duelo referente à 1.ª jornada do Grupo D da Liga dos Campeões. A equipa batalhou por um desfecho diferente e os adeptos – 60 917 ocuparam as bancadas do Estádio da Luz – despediram-se dela com fortes aplausos.
A história do encontro, e as condicionantes que marcaram o desenrolar do mesmo, começou a ser traçada aos 2', quando o árbitro turco Halil Umut Meler considerou infração de Trubin no duelo pela bola, na pequena área do guardião internacional ucraniano, com Pavlovic, após um pontapé de canto.
Foi da marca dos onze metros que o jogo recomeçou, com Konaté, aos 3', a atirar a bola por cima da baliza na conversão da grande penalidade. Livrando-se da desvantagem madrugadora, as águias procuraram pegar num jogo que se mostrou incaracterístico nos primeiros minutos, oferecendo-lhe o rumo desejado.
Aos 10' João Mário surgiu na área a finalizar, descaído ligeiramente sobre a esquerda, com a bola a sair direcionada ao braço direito de Dedic, mas o juiz do encontro não considerou que a ação do defesa dos austríacos fosse merecedora de grande penalidade.




O Benfica manteve a pressão e, aos 12', após uma excelente jogada ofensiva das águias, João Mário, no coração da área, atirou forte e rasteiro ao poste esquerdo da baliza dos forasteiros. O esférico sobrou para Musa, que, na recarga, acertou num defensor.
Aos 13' nova grande penalidade contra o Benfica! O passe atrasado de Bah sai curto, Otamendi foi na dobra, desviou a bola rematada por Simic e esta, passando por cima de Trubin, embateu na barra, ressaltando para o braço direito de António Silva.
Halil Umut Meler assinalou penálti e exibiu o cartão vermelho a António Silva. Simic, aos 15', inaugurou o marcador (0-1). Roger Schmidt procurou equilibrar o setor defensivo, colocando Morato no lugar de João Mário.
Sem virar a cara à luta, os encarnados voltaram a assumir as despesas do jogo e, aos 22', coube a Di María levar o pânico ao setor mais recuado dos visitantes, mas o último passe de João Neves não encontrou Musa.
Aos 25' viu-se a primeira grande defesa do guardião Schlager: um livre, sobre a direita, de Di María foi travado com aperto. Dois minutos depois, de novo Di María, e a bola saiu muito por cima, após uma jogada de insistência pela direita de Musa.

Di María, aos 32', tentou o canto direto e valeu Schlager aos visitantes, a afastar a bola em cima da linha de baliza. O Benfica carregava e, aos 33', foi por centímetros que Rafa não conseguiu emendar na pequena área um cruzamento de Di María na direita.
Perante a passividade do árbitro Halil Umut Meler face às ações de Pavlovic (acertou com a mão direita na cara de Di María, aos 35') e de Bidstrup (faltas seguidas na zona do meio-campo), o Benfica voltou a ameaçar por Musa, aos 39': isolado, atirou para defesa de Schlager, antes de ser assinalada posição irregular ao internacional croata.
Até ao intervalo o Benfica ainda procurou a baliza contrária com duas finalizações, primeiro através de um cabeceamento de Otamendi, aos 44', depois por Musa, com a bola a sair por cima da baliza.
A segunda parte começou com o Benfica em cima dos austríacos e um sinal disso mesmo foi a excelente oportunidade criada por Rafa aos 50', com Musa a rematar forte, já na área e sobre a direita, para nova intervenção apertada de Schlager. Na insistência, Kökcü disparou por cima.
Dois minutos depois, aos 52', aproveitando uma hesitação na defensiva encarnada, Simic isolou-se e serviu Gloukh, que ampliou a vantagem forasteira (0-2).
Mesmo com dois golos de desvantagem, os encarnados não desistiram e, aos 59', foi novamente Musa a obrigar Schlager a mais uma defesa de nível, na sequência de um remate sobre a direita, dentro da área.




Aos 66' o guardião dos austríacos (melhor jogador em campo do lado do Salzburgo!) voltou a negar o golo ao Benfica, desta vez a João Neves, que, de cabeça e a canto de Di María na direita, atirou de cima para baixo.
Sem que a falta do amarelado Baidoo fosse sancionada com nova admoestação, aos 69', por infração assinalada sobre Rafa, os encarnados receberam a adição de Chiquinho e Neres, que entraram para os lugares de Kökcü e Di María, aos 72'.
Dois minutos depois, aos 74', Otamendi rematou de forma acrobática, no entanto, encontrou o mesmo opositor: o guarda-redes contrário.
Procurando um derradeiro impulso, aos 84', Roger Schmidt lançou Tengstedt e Tiago Gouveia nos lugares dos desgastados Musa e Rafa, porém o resultado não sofreu qualquer alteração e o Benfica saiu derrotado após mais de 80 minutos a jogar com menos uma unidade e a carregar sobre a área do Salzburgo.

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