segunda-feira, 27 de maio de 2024

PARA LÁ DA DECISÃO LEGÍTIMA DE RUI COSTA



 Os dados estão lançados, vamos ver como rolam. A partir de agora, o insucesso de Schmidt será arma de arremesso contra o presidente...

Ao decidir manter Roger Schmidt como treinador do Benfica em 2024/25, Rui Costa tomou a decisão mais arriscada da sua presidência. Como tive ocasião de escrever num passado recente, o histórico dos treinadores benfiquistas que começaram uma época fragilizados, essencialmente por contestação de uma parte significativa dos adeptos, está longe de ser brilhante (isto para dizer o menos), e numa das ocasiões até o presidente foi com a água do banho: depois de ter sido eleito em 1996, com 90 por cento dos votos, Manuel Damásio não resistiu ao mau começo (uma vitória, um empate e três derrotas) do treinador que, embora contestado, decidiu manter (Manuel José), e acabou por demitir-se, abrindo caminho à liderança desastrosa de Vale e Azevedo.
Rui Costa tem legitimidade para fazer as suas escolhas e um clube não pode ser gerido de fora para dentro. Mas haverá apenas um aferidor de mérito para o rumo por que o presidente do Benfica optou, que passa pelos resultados (especialmente os iniciais), sabendo-se que Roger Schmidt não contará com qualquer estado de graça que lhe dê margem de manobra.
Por tudo isto, torna-se claro que o Benfica não pode falhar de novo na construção do plantel, dando prioridade a algo que faltou de forma exponencial em 2023/24, o equilíbrio. Os melhores momentos de Schmidt na Luz, em 2022/23, aconteceram quando apresentou equipas onde todos atacavam e todos defendiam, faziam uma pressão alta que asfixiava os adversários, e eram capazes de manter os setores sempre juntos. Quando, na época agora finda, o Benfica sem Gonçalo Ramos perdeu o seu primeiro defensor, sem Grimaldo deixou de atacar pela esquerda, e com Di María deixou de defender pela direita, o equilíbrio eclipsou-se e sem ele a irregularidade comprometeu o sucesso. Rui Costa, que percebe a fundo de futebol, vai ter de devolver ao Benfica a coerência perdida, e a Schmidt meios para regressar ao tipo de futebol moderno que esteve na base da sua contratação. Mesmo assim, deverá estar consciente de que um eventual insucesso de Roger Schmidt em 2024/25 será usado como arma de arremesso contra a sua presidência. Os dados estão lançados, esperemos por ver como rolam, na certeza de que se o Benfica não for mais criterioso no perfil dos jogadores a contratar, o gelo em que vai patinar será insustentavelmente fino.

4 comentários:

  1. Não concordo em nada com este artigo.
    Por muito que digam do treinador, dos jogadores, nenhum clube do mundo é campeão com tantas adversidades ( diferença de penaltis enorme para o principal rival ao título, más decisões arbitrais para o principal rival aos títulos, os principais rivais aos títulos a serem constantemente beneficiados pelas equipas de arbitragem, etc, etc...) são factos, está e que foi a realidade. Só não viu quem não quis, como o sr Delgado.

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    1. e o ano passado não foi igual queres ver, ou nos outros anos anteriores.
      e pouco interessa o que o senhor delgado vê ou deixa de ver porque isso não interessa nada nem tem real importância muito mais importante é o que o senhor rui vê e diz sobre o assunto e isso é zero, como zero é o que sua excelência diz sobre o silencio comprometedor do rui.

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  2. Quando o sr Rui, presidente do SLB, deu a entrevista, o sr. João Carlos estava em coma alcoólica?

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    1. isso deixo para sua excelência o grão na asa.
      ui que o homem falou tanto do assunto, e mesmo que tivesse falado no fim da época apenas servia de palha para asnonimos.

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