𝗝𝘂𝘀𝘁𝗼.
Primeiramente - e porque se vê poucos benfiquistas a fazê-lo - parabéns ao Sporting CP pelo 20.º título da liga portuguesa. Foram superiores, mais regulares e mereceram. Sem desculpas. Se queremos mudar o desporto para melhor, também temos de começar a mudar mentalidades.
O Benfica não foi regular, não conseguiu ganhar os jogos decisivos da segunda volta e falhou em toda a linha no que ao futebol profissional diz respeito. Os reforços contratados para colmatar as lesões e as saídas não corresponderam imediatamente às expectativas criadas, culminando em lacunas e défices a nível de resposta da equipa que se mantiveram até ao final da época. Além disso, o treinador cometeu vários erros grosseiros e não soube fazer uma gestão adequada do plantel nem adaptar-se às características de cada jogador. E, como um mal nunca vem só, era absolutamente crucial não perder em Alvalade para manter vivas as nossas ambições, contudo, num jogo insólito onde até fomos superiores, conseguimos o infortúnio de perder por 2-1 com um golo aos 0’ e outro aos 91’. Desfecho que ilustrou a época que fizemos, onde trememos quando nos deveríamos ter afirmado. O nosso campeonato terminou nesse jogo.
𝗜𝗻𝘀𝘁𝗮𝗯𝗶𝗹𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲.
Os adeptos dividem-se nas suas reflexões. Uns, racionalmente, tentam analisar o que falhou e o que poderia ter sido feito de diferente para corrigir os problemas que se foram manifestando, imputando culpas de forma criteriosa e imparcial e aludindo à necessidade de determinados ajustamentos para que a próxima época seja recheada de títulos. Outros, toldados pelo ódio, não olham a meios nem a fins para debitar as suas frustrações, enaltecendo as garrafas e tochas que foram mandadas contra elementos do clube, insultando de forma indiscriminada tudo e todos, criando divisões entre os benfiquistas, rebaixando e desprezando a capacidade de discernimento da maioria dos sócios e gritando aos céus que o Benfica é deles e não dos restantes. Pelo meio, ainda exclamam que existe falta de democracia no clube, quando tudo aquilo que têm feito nos últimos 2 anos e meio é não respeitar uma decisão democrática de mais de 80% dos sócios. Não deixa de ser irónico que aquilo que mais defendem é também aquilo que mais desrespeitam.
𝗛𝗶𝗽𝗼𝗰𝗿𝗶𝘀𝗶𝗮.
Nos últimos dias tem-se observado um intensificar de ódio. Aqueles que, outrora, exigiram a Rui Costa a renovação de Roger Schmidt e elogiaram fervorosamente a preparação desta época e o processo que conduziu a célere renovação do treinador, agora criticam efusivamente essa mesma renovação e a forma como a época foi preparada. Aqueles que outrora elogiaram a vinda de Di María, agora insultam-no e assobiam-no. Aqueles que outrora pediram a renovação de Rafa, agora oferecem-se para levá-lo ao aeroporto. Aqueles que outrora criticaram ferozmente a comunicação bélica do FC Porto, apelidando-a de execrável, agora criticam a do Benfica e pedem que seja igual à das Antas. O Benfica neste momento vive sobre um manto de instabilidade e divisão da massa associativa onde todos pensam que têm razão, onde todos pensam que são treinadores, onde todos pensam que são presidentes, onde todos pensam que são observadores de jogadores, onde todos pensam que são diretores de comunicação, onde todos pensam, no fundo, que são especialistas de todas as especialidades que envolvem tudo e mais alguma coisa. Criticar tudo quando as coisas correm mal é fácil. Difícil é assumir e reconhecer os erros e ajudar na sua resolução, recusando contribuir ainda mais para o achincalhamento do clube com o patrocínio da comunicação social.
𝗥𝗲𝗲𝗱𝘂𝗰𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼.
Os adeptos têm de compreender que uma boa comunicação não significa hostilidade, guerrilha, ódio e ataques constantes aos rivais, federação, liga e árbitros. Os clubes, principalmente os grandes, têm o dever cívico de promover valores e padrões morais benignos de forma a que se viabilize uma mudança de mentalidades, promovendo a mobilização social e a alteração de comportamentos das massas. Urge virar a página dos últimos 40 anos do futebol português, e isso começa na mentalidade das pessoas.
𝗥𝗲𝗳𝗹𝗲𝘅𝗮̃𝗼.
A época do Benfica foi marcada por inconsistências e falhas em momentos cruciais. É essencial que a estrutura do clube realize uma profunda introspecção para identificar as causas dessas falhas e aprender com elas. A análise crítica e imparcial aliada à necessidade de fazer os ajustes necessários ao plantel são procedimentos fundamentais para que a próxima época resulte num desempenho da equipa mais consistente e competitivo, culminando nos diversos títulos que todos desejamos seguramente conquistar.
𝗥𝗲𝘀𝗽𝗲𝗶𝘁𝗼.
A divisão e hostilidade entre os benfiquistas reflete-se não apenas na forma como expressam as suas frustrações, mas também na maneira como são abordadas as críticas e diferentes opiniões. É preciso construir uma cultura de respeito mútuo, onde o diálogo construtivo substitua a hostilidade e a intolerância. No Benfica não existem vieiristas, noronhistas, costistas ou benitistas. Existem benfiquistas. Benfiquistas com diferentes visões e opiniões. Apenas e só. Há que por fim à fragmentação da massa associativa. A união em torno do clube deve prevalecer sobre as divergências dos adeptos, com o objetivo comum de contribuir para o seu sucesso.
Em todas as competições onde entraram só causaram vergonha 👹 !…
ResponderEliminarVERGONHA é ter de ser o clube a pagar pelos desvarios de um grupo de acéfalos e mentecaptos que acham que o século XIX ainda não acabou.
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