sábado, 7 de dezembro de 2024

CONFIEM...

 


"Depois de uma importante vitória a meio da semana, que abre boas perspetivas para, pelo menos, o play-off da Champions, o Benfica regressava ao campeonato com um sempre difícil jogo em Arouca e depois do “tropeção” do Sporting. Era, assim, imperativo continuar a senda vitoriosa, independentemente da “nota artística”, e, sem o brilho da melhor versão do Benfica de Lage, mas com uma equipa que soube “viver com isso”, com menos inspiração e mais transpiração, arrancou uma vitória que era essencial e sem grande sofrimento, diga-se. Na verdade, consistência, mais do que arte, era o que se pedia nesta semana e Lage foi mestre a geri-la, pois, tal como no Mónaco, com as entradas de Arthur Cabral e Amdouni, a dupla substituição de Beste e Barreiro para os lugares do desgastado par turco resultou em pleno e arrastou o Benfica para os 10 minutos da sua melhor versão com que resolveu o jogo de Arouca. Poderá não ser o que “enche mais o olho”, mas, neste mês de dezembro, com sete jogos, o que mais interessará será a capacidade para ganhá-los, com mais ou menos dificuldades, maior ou menor folga, mas com a consistência que normalmente acompanha os campeões. Os próximos cinco jogos serão muito importantes para o resto da época e para chegarmos ao último jogo do ano capazes de discutir a liderança no campeonato e bem encaminhados na Champions, serão necessários tanto a arte que Lage demonstrou no banco como o suor que os jogadores deixaram em Arouca, mesmo, ou sobretudo, quando as coisas não lhes correrem bem. Como dizia Lage na roda final do Mónaco, confiem."

Nuno Magalhães, in Jornal de Notícias

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