quinta-feira, 26 de junho de 2025

BRUNO LAGE JÁ GANHOU O MUNDIAL



 Grande vitória do Benfica sobre o Bayern. Um resultado histórico. Pela importância do resultado no Mundial de Clubes e, fundamentalmente, por ter sido a primeira frente ao colosso alemão, à 14.ª tentativa. Um triunfo precioso para a equipa, que venceu o grupo C e se qualificou para os oitavos de final, para o clube, que além de ter reforçado o prestígio internacional ainda arrecadou mais 6,5 milhões de euros — entre UEFA Champions League e a prova da FIFA já são €97,566 M encaixados esta época! — e para Bruno Lage, o mais beneficiado com a competição nos Estados Unidos.

O treinador saiu de Portugal há pouco mais de 15 dias muito fragilizado, depois de ter perdido para o Sporting o campeonato e a Taça de Portugal, e agora já ganhou o Mundial! Sim, o futebol faz-se de resultados e depois da vitória sobre o Bayern Bruno Lage como que calou todos os críticos. De Kokçu, que ousou pôr-lhe em causa a autoridade com milhões a ver, até aos adeptos, que já sonham com um percurso dourado na prova.
Apesar de o presidente Rui Costa ter garantido a continuidade do treinador para a próxima temporada, julgo que muito do futuro de Bruno Lage passava pela campanha nos Estados Unidos. Disse mesmo, há umas semanas, em A BOLA TV, que o Mundial de Clubes seria para o Benfica o prorrogar da temporada, enquanto para o FC Porto seria como que uma pré-época. Verificou-se que para Martín Anselmi não foi nada disso, mas para Bruno Lage sim.
O treinador das águias ganhou já um novo fôlego, até porque o rendimento da equipa reforçou simultaneamente a posição de… Rui Costa. Não foram, obviamente, circunstanciais, muito menos inocentes, as palavras de Bruno Lage após o jogo com o Bayern. «Está na altura de as pessoas acreditarem mais no nosso trabalho. Estou a falar do trabalho do nosso presidente, dos nossos dirigentes, do meu trabalho enquanto treinador e dos meus jogadores.» Isto é o puxar dos galões, é um discurso de quem se sente confiante e… seguro.
Lage, aliás, já na véspera da partida com os alemães tinha sido bem mais arrojado perante os jornalistas do que é hábito. Kokçu foi o principal culpado do triste episódio ocorrido durante o jogo com o Auckland City, o treinador também não esteve bem ao dar troco ao turco, mas não se limitou a assumir parte da responsabilidade — «Não foi um bom momento, como líder tenho de ser o primeiro a reconhecer», disse. Jogou, antes, ao ataque. «Temos de ser muito mais agressivos na próxima época, quer dentro de campo quer fora. Quem nos pisar não vai ficar a rir nem a cantar.» Uma mensagem clara. Para dentro e para fora.
Hugo do Carmo, in a Bola

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