terça-feira, 23 de junho de 2020

SIMPLESMENTE MISERÁVEL...


O Santa Clara somou uma vitória inédita no Estádio da Luz, triunfando por 4-3 num jogo verdadeiramente de loucos no Estádio da Luz, que teve de tudo: emoção, polémica, inúmeras reviravoltas no marcador e incerteza no resultado até ao fim.
Vindo da primeira vitória em seis jogos, Bruno Lage mexeu no 'onze' premiando Seferovic com a titularidade e fazendo regressar André Almeida ao 'onze' depois de cumprir castigo. Mas as ideias não resultaram e o Benfica saiu para o intervalo a perder.
O treinador corrigiu ao intervalo e assistiu-se a uma segunda parte plena de emoção. Rafa empatou, o Santa Clara recolocou-se se na frente, o Benfica virou o marcador, mas a surpresa estava guardada para o fim. Um penálti e um golo mesmo ao cair do pano deram ao conjunto açoriano a sua primeira vitória de sempre no Estádio da Luz.
Santa Clara entra melhor e quase ganha vantagem
Apesar de ter regressado, na última jornada, aos triunfos, o Benfica não entrou com a tranquilidade que essa vitória em Vila do Conde poderia ter conferido à equipa e foi o Santa Clara que criou perigo nos minutos iniciais.
Primeiro, Thiago Santana ganhou espaço junto à grande área contrária e rematou à figura de Vlachodimos. Depois, à passagem do minuto 13, o mesmo Thiago Santana surgiu isolado na cara do guarda-redes grego, mas hesitou muito na hora do remate e acabou por ver o 'camisola 99' das 'águias' negar-lhe o golo.
Benfica sente o toque e cresce
O Benfica percebeu que não ia ter um final de tarde fácil se queria voltar a ganhar na Luz, depois de quatro empates consecutivos no seu estádio, e aos poucos começou a instalar-se no meio campo do Santa Clara. Com Seferovic, titular na frente de ataque, algo desaparecido, eram Rafa e Pizzi que iam tentando desequlibrar.
E foi na sequência de uma falta sofrida pelo primeiro à entrada da grande área dos visitantes que o Benfica iria criar perigo pela primeira vez. Weigl, herói de Vila do Conde, bateu forte, para defesa incompleta de Marco, guarda-redes do Santa Clara; a bola sobrou para o jovem Nuno Tavares, que tentou a sua sorte de longe, para nova boa intervenção do guardião contrário.
Rafa não aproveita e é o Santa Clara que marca
A pressão, contudo, estava longe de ser sufocante e o Santa Clara continuava a conseguir sair com alguma facilidade para o ataque, deixando mesmo algum espaço nas costas da sua defesa, que o Benfica, contudo, não conseguia aproveitar. Só ao minuto 39 as 'águias' estiveram realmente perto de marcar. Passe de Taarabt a desmarcar Rafa, este tentou o remate rasteiro, mas Marco defendeu.
E acabaria por ser o Santa Clara a marcar, em cima do intervalo. No seguimento de um canto, o jovem Nuno Tavares viu um passe interceptado em zona proibida quando tentava sair para o contra-ataque, com Anderson Carvalho a recuperar a bola e a aproveitar para inaugurar o marcador, estavam decorridos 44 minutos de jogo.

Lage mexe ao intervalo e tudo muda...por instantes
O alarme soou e Bruno Lage viu-se forçado a mexer. Seferovic, que tinha sido aposta para a titularidade mas que não se viu nos primeiros 45 minutos, deu lugar a Vinícius e - numa troca talvez mais surpreendente - Zivkovic regressou à equipa para substituir Gabriel. As mexidas tiveram efeito quase imediato...
Bastaram cinco minutos para que o Benfica produzisse a sua melhor jogada no encontro até então e chegasse ao empate. A bola passou pelo pé de vários jogadores ao primeiro toque, entre eles o recém-entrado Zivkovic, até que André Almeida tocou para Rafa, que tirou um adversário da frente e atirou de pé esquerdo para o 1-1.
Mas a alegria das 'águias' durou pouco. Apenas sete minutos depois o Santa Clara beneficiou de um pontapé de canto, Zaidu saltou mais alto entre os centrais do Benfica e cabeceou para o fundo das redes, sem hipóteses de defesa para Vlachodimos.
Surge a inspiração de Vinícius
Pensou-se que o Benfica poderia acusar o golo, mas tal não aconteceu. Muito por culpa de dois minutos de inspiração de Vinícius, que com dois cabeceamentos certeiros no espaço de dois minutos virou o marcador.
Primeiro, o brasileiro correspondeu Primeiro, aos 63 minutos, na sequência de um pontapé de canto de Pizzi, o avançado brasileiro cabeceia, Marco sai em falso e não consegue evitar o empate. Logo depois, ao minuto 65, André Almeida dominou no peito após passe de Zivkovic, cruzou para a área e Vinícius, com um cabeceamento de grande classe, voltou a bater o guardião açoriano e colocou pela primeira vez o Benfica na frente do marcador.
Santa Clara não desiste e acaba premiado
Mas nada estava decidido. Apesar de os minutos seguintes terem pertencido ao Benfica, que por duas vezes podia ter chegado ao 4-2, o Santa Clara não baixou os braços e foi premiado por isso.
Num lançamento de linha lateral enviado para a grande área do Benfica, Rúben Dias tocou a bola com a mão e, alertado pelo VAR, João Pinheiro assinalou grande penaliadde. Na conversão do castigo máximo, Cryzan não perdoou e fez o 3-3. Faltavam oito minutos para os 90, mas não mais o Benfica conseguiu voltar a criar perigo.
E, quando já todos contavam com o empate, no quinto dos seus minutos de descontos concedidos pelo árbitro, um passe longo de Fábio Cardoso encontrou Zé Manel na área e este, depois de trabalhar bem, atirou certeiro, para um triunfo histórico do Santa Clara.

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