sábado, 30 de janeiro de 2021

HISTÓRIA DO PÉNALTI



 "As regras originais do jogo de futebol datam de 1863, e durante os nove anos que se seguiram não houve punições para as faltas cometidas pelos jogadores. Só em 1872 nasceu o livre indirecto por toque na bola com a mão, acabando aos poucos por outra infracções serem punidas da mesma forma.

A inovação da grande penalidade deve-se ao guarda-redes e empresário irlandês William McCrum. Em 1890, a ideia foi apresentada à Federação Internacional da modalidade e, em 1891, tornou-se regra do jogo. No raio de acção de 11 metros desde a baliza, qualquer falta seria merecedora dessa sanção. O guarda-redes podia movimentar-se até 5,50 metros da linha de golo, e o marcador de serviço podia rematar a bola de onde quisesse - a marca de penálti e a grande área só em 1902 chegaram aos relvados. A honra do primeiro pontapé de grande penalidade coube à equipa escocesa Airdrieonians FC.
Foram estes os primórdios da Lei 14 do futebol - 'Uma grande penalidade deve ser assinalada contra a equipa que cometa, dentro da sua própria área de grande penalidade e no momento em que a bola esteja em jogo, uma das dez faltas punidas com pontapé-livre directo'. É o que diz, por exemplo, a Liga de Clubes. Ou a Federação Portuguesa de Futebol. E quais são essas faltas? Pontapé, rasteiras, saltar sobre o adversário, carregá-lo, agredi-lo (ou tentar), empurrá-lo, entra em tackle, agarrá-lo, cuspir-lhe ou... tocar deliberadamente a bola com as mãos (excepto os guarda-redes nas suas áreas de grande penalidade).
Pois é, a lei da grande penalidade e a sua aplicação são muitos antigas, dignas e importantes. Só falta acrescentar: 'excepto se o adversário envergar o equipamento do Sport Lisboa e Benfica'. Nesse caso, como temos visto, deixa-se seguir."

Ricardo Soares, in O Benfica

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