sexta-feira, 25 de junho de 2021

38

 


"Em cima: Marcelo (que colocou o SLB nas meias finais da Taça de Portugal, batendo Nuno Espirito Santo com a resposta de cabeça a um cruzamento rasteiro), Ricardo (que ainda não era Gomes), Kenedy (antes de chumbar controlos anti doping) Hélder (a 8 anos de discutir uma braçadeira de capitão com o actual director de relações internacionais), Brassard (um dos maiores suplentes do futebol português), e agora preparem-se mentalmente para os 5 que seguem, Paulo Pereira, Paulão, Hassan, Paredão, King (que nem para a porra de uma foto se conseguia posicionar condignamente).
No Meio: Pedro Henriques (uuiiissshhh), Dimas (quando ainda vestia bem), Calado (se fizesse juz ao nome, era um poeta), Luiz Gustavo (que substituiu outro Luiz Gustavo no plantel, partilhando nome e falta de jeito), Bruno Caires (o falso lento que era mesmo muito lento)
Sentados: Preud'homme (Saint, se faz favor) Veríssimo (El Rey de las buelas paradias), Paulo Bento (já era cliente do tal cabeleireiro), Edgar (que ao contrário do Beto, assinou mesmo pelo Real Madrid), Marinho (junto com Amaral, foi a resposta de Manuel Damásio à pilhagem do Pacheco e do Paulo Sousa e não vale rir, porque isto é motivo para chorar), JVP (antes de ser dispensado pela direção que tinha como vice presidente para o futebol José Capristano), Valdo (até sentado tinha classe), Iliev (talvez o último jogador a ser contratado pelo SLB depois de treinos à experiência), Panduru (o lado esquerdo do pirilau do Autuori) e Veiga (só contou para a foto).
Entre meados de verão de 1995 e início do de 1996, acordei todos os dias a olhar directamente para a foto do (vamos-lhe chamar assim) plantel do SLBenfica, que sob o comando de Artur Jorge posava alinhado em frente a umas decrépitas bancadas do Estádio do Jamor, onde estava meia dúzia de transeuntes, que podiam muito bem estar mais capacitados para representar o Glorioso do que a maioria das personagens equipadas de encarnado e branco. Sem saber se por ingenuidade juvenil ou fanatismo Benfiquista, colei este poster na parede do quarto por acreditar genuinamente que estava ali o futuro campeão nacional. Os nomes não contavam para o meu totobola, só as camisolas e o emblema tricotado ao peito.
A idade traz maturidade a muita gente, mas pelo menos quando o Benfica é o assunto, essa verdade passa-me totalmente ao lado. Mesmo com um presidente que desprezo, um treinador que odeio e um plantel cuja formação ainda desconheço, olho para o pontapé de saída da temporada 21/22 como a preparação da festa do 38. O cortejo de campeão começa hoje. Façam exames médicos aos atletas, mudem o óleo ao autocarro descapotável e comecem a montar o raio do palco techno. Até com 11 Gilbertos só paramos no Marquês. Mais magros, com os sistemas nervosos profundamente alterados e quase todos divorciados, mas bêbados de glória. Isto é mais do que acarditar, é acertezar. Saiam da frente ou sejam atropelados com estrondo. Cá vai o Sport Lisboa e Benfica 21/22."

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