"Qualquer dirigente que já despediu um treinador sabe que há contratos que devem ser rasgados
"[André Villas-Boas] diz, um dia, ‘os contratos que o FC Porto fez vou rasgá-los todos’. Só houve uma pessoa que me recorde que tenha dito isso, que foi o Vale e Azevedo. Portanto, nesse aspeto, está a copiar um estilo do Vale e Azevedo"
João Rafael Koehler, rosto da candidatura de Pinto da Costa, em entrevista a A Bola
João Rafael Koehler concedeu uma entrevista a A BOLA e, da hora de conversa, o que fica de destaque não são as propostas de Pinto da Costa para o FC Porto - poucas novas, algumas em andamento, como o acordo com a Legends ou a polémica academia na Maia -, mas as críticas a Villas-Boas e à sua campanha, que, segundo o homem forte da recandidatura do atual presidente, quer «destruir tudo» para poder vencer e está a «partir o clube ao meio».
Diz o roto ao nu... O tom das críticas de Koehler a AVB e seus pares é de uma dureza raramente vista numa campanha eleitoral, de clubes e não só. Koehler chega a recorrer a comparações ad Valeum, que é o equivalente no futebol português aos argumentos ad Hitlerum - comparar alguém com Hitler, ou neste caso com Vale e Azevedo, de forma redutora, e muitas vezes exagerada. Neste caso, o exagero é manifesto. Villas-Boas nunca disse, como Koehler diz que ele disse, que rasgaria todos os contratos do FC Porto - falava especificamente da questão da academia na Maia, e admitia até que isso poderia não fazer sentido, caso as cláusulas penalizadoras fossem demasiado graves.
Mas mais: todo o dirigente desportivo sabe que há contratos que devem ser rasgados, como qualquer presidente, incluindo Pinto da Costa, que já despediu um treinador reconhecerá. A questão é fazê-lo de forma responsável, conhecendo bem, e assumindo, as consequências, financeiras e outras, o que Vale e Azevedo nunca fez..."
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