"Num clima de franca desilusão, a responsabilidade divide-se entre estratégias mal delineadas e expectativas desmedidas. O futebol, sendo uma paixão nacional, reflete não só a nossa alegria, mas também as nossas frustrações. No entanto, é crucial lembrar que o respeito - pelo jogo, pelos seus intervenientes e pela integridade de todos os envolvidos - é a base de qualquer desporto.
A época desportiva para o nosso SL Benfica não correspondeu às ambições grandiosas do clube. Roger Schmidt, diremos claramente, não alcançou o que dele se esperava, e isso é uma verdade inegável. No entanto, a linha entre a crítica construtiva e a ofensa pessoal nunca deve ser ultrapassada. Os incidentes ocorridos em Faro, incluindo os insultos dirigidos a figuras do clube e o arremesso de uma garrafa contra o treinador, são lamentáveis e não podem ser tolerados, nem devem manchar a história de um clube com o prestígio do SL Benfica.
E como se esses tristes eventos não bastassem, acaba de surgir um rumor - entretanto divulgado pelos canais televisivos habituais, sempre ávidos por qualquer controvérsia envolvendo o maior clube de Portugal - a indicar que está a ser organizado um protesto contra a direção de Rui Costa, marcado para o décimo minuto do próximo jogo, frente ao SC Braga, na Luz.
Por isso, faz-se um veemente apelo aos adeptos do SL Benfica, àqueles cujo amor pelo clube transcende os momentos de adversidade, para resistirem a tais manifestações. Não é com protestos e divisões que se alcançam vitórias.
O fim de uma época difícil não deve ser o início de mais discórdia, mas sim o impulso para uma união renovada e mais forte. É tempo de “limpar as armas", sim, mas não no campo da contenda; é hora de polir as nossas esperanças e estratégias para que, juntos, possamos reconquistar o lugar que nos é devido por mérito e tradição.
Que este apelo não seja apenas um eco nas redes sociais ou nas páginas dos jornais, mas sim que se transforme em ação concreta de apoio que ressoe nas bancadas e além. Com uma nova época à vista, cada adepto tem a oportunidade de fazer parte da construção de um ciclo de triunfos.
Que o grito no décimo minuto não seja de divisão, mas sim um brado coletivo de apoio e fé no símbolo que orgulhosamente trazemos ao peito. Que seja um clamor que inspire jogadores e dirigentes a honrarem o legado e a história gloriosa do Sport Lisboa e Benfica."
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