futebol é feito de incertezas e de momentos, mas vive principalmente de competências. E o novo treinador do Benfica tem sido muito competente. Leva já um mês no comando da equipa e tanto passou e mudou que quase nos esquecemos de que Lage continua a ser o novo treinador, depois de um início de época frustrante a todos os níveis, exibicionais e de resultados, nos primeiros quatro jogos de 2024/25.
A equipa do Benfica como que se transformou por feitiço, um daqueles de que Akturkoglu, extremo turco contratado em agosto, tanto gosta de festejar em campo como se fosse Harry Potter.Bruno Lage casou melhor a tática e a estratégia com as características dos jogadores, passou a mensagem certa no balneário, passou outra mensagem certeira para os adeptos, até há pouco tempo exasperados; fez desaparecer o drama do craque Di María, de quem se dizia que só atacava e desequilibrava a equipa no momento defensivo; fez, em suma, o Benfica acreditar novamente nele próprio.
Não sendo da sua competência, o treinador, pela forma positiva como entrou — mérito aqui também de quem o escolheu, Rui Costa, o presidente dos encarnados —, transformou-se igualmente na almofada ideal para a Direção do clube e SAD colocarem água na fervura de uma oposição que subia agressivamente de tom.
Dificilmente tudo correrá sempre bem a Bruno Lage no Benfica, mas por enquanto tem a favor dele que este encantamento, ou feitiço, nada tem de mágico e em vez de Expelliarmus chama-se, então, simplesmente competência.
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