Avançado grego com a confiança reforçada depois do 'hat trick' que assinou contra o Barcelona na Liga dos Campeões. Agora só pensa em continuar com pé quente no campeonato, amanhã, contra o Casa Pia. Afinal, não marca para a Liga há um mês.
Os três golos marcados no jogo com o Barcelona, terça-feira, na Luz, da Liga dos Campeões, foram o melhor remédio para reforçar a confiança de Vangelis Pavlidis. O avançado internacional grego de 26 anos mantém as elevadas expectativas, mesmo se ainda não correspondidas, de marcar muitos golos no Benfica e quer, agora, transportar para o jogo com o Casa Pia, sábado, em Rio Maior, o pé quente da Champions.
Pavlidis apostou forte quando decidiu escolher o Benfica. O Milan, como confirmou, também manifestou interesse em contratá-lo, o Estugarda oferecia-lhe um salário mais elevado — mas o avançado acreditou que os encarnados lhe ofereciam a melhor oportunidade para continuar a progredir na carreira. Já tinha sido, ainda, namorado no verão de 2023, mas o AZ Alkmaar, então, não quis libertá-lo. A transferência consumou-se no último mercado de verão e os €18 milhões que o Benfica pagou — para lá da cláusula de rescisão de €100 milhões — são a prova de que nele muito acredita.
Depois de pré-época promissora, Pavlidis atravessou várias secas. E foi claro, para todos, a ansiedade que por vezes tomou conta dele em campo, com os companheiros, muitas vezes, a tudo fazer para lhe oferecer oportunidades. Para o campeonato, por exemplo, marcou pela última vez há um mês, no jogo com o Estoril, da 15.ª jornada, na Luz. Passou seis jogos até assinar, então, o hat trick contra o Barcelona.
Apoio de Lage
Bruno Lage foi questionado, várias vezes, em conferência sobre a falta de golos de Pavlidis. Sempre apoiou e defendeu o avançado em público. E fez o mesmo em privado, no Seixal, valorizando aquilo que dá à equipa — movimentos para abrir espaços aos companheiros ou pressão na saída de bola do adversário. Tanto para Roger Schmidt como para Lage, Pavlidis foi sempre a primeira opção para ponta de lança, à frente de Arthur Cabral e Zeki Amdouni. Mas, como qualquer avançado, Pavlidis precisa de golos.
«A nível de emoções é 50/50. Não posso dizer muito. Quando se perde assim não se pode estar feliz. Foi uma boa noite para mim. Quando se marca três golos ao Barcelona é um sonho. É bom, mas doloroso, porque deveríamos ter feito mais como equipa para somarmos pontos. Talvez não os três, mas pelo menos um. Hoje é difícil falar», partilhou o internacional helénico, depois do jogo com o Barcelona.
Satisfação nos gabinetes
Se os golos animaram Pavlidis, também reforçaram a convicção, na estrutura do futebol profissional, de que o avançado é aposta segura. Foram, no fundo, golos e exibições como a última que convenceram o Benfica a contratá-lo.
Nuno Paralvas, in Bola
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