quinta-feira, 5 de julho de 2012

HOQUEI EM PATINS - LUÍS SÉNICA EM ENTREVISTA AO JORNAL O BENFICA


Luís Sénica: “Quem está no Benfica tem que ser feliz”
05-07-2012 11:15

Entrevista ao Jornal “O Benfica”

Luís Sénica: “Quem está no Benfica tem que ser feliz”

É hora de fazer o balanço. O Hóquei do Benfica atingiu um dos principais objectivos da época ao sagrar-se Campeão Nacional ao fim de 14 anos. Luís Sénica fez um balanço de todas as competições em que esteve envolvido, e já está a preparar a próxima época com um único pensamento, revalidar o título.

Foi a 11 de Setembro de 2011, que deram início a esta caminhada, então desfalcados de muitos jogadores ao serviço das Selecções no Mundial. Na altura disse que “o grande objectivo desta época é sermos Campeões Nacionais”. Como viveu esse período?
O ponto de partida tem de ser sempre muito bem consolidado, e nessa altura tendo em conta aquilo que tem sido a definição de objectivos do Hóquei do Benfica. Não tivemos nenhuma dificuldade nem nenhuma espécie de constrangimentos em assumir que estaríamos nas frentes todas, mas que o grande objectivo era o Campeonato Nacional. Sabíamos que o caminho que tínhamos iniciado era um caminho forte, estruturado que, pela evidência dos sinais da evolução que a equipa do Benfica dava, teria que culminar com a conquista do Campeonato Nacional.

Em 21 de Abril, o FC Porto escorrega com a Ac. Espinho, e o Benfica vence o Juv. Viana. Sentiram que o Campeonato não escaparia?
Nós sabíamos o que estávamos a fazer, estávamos muito interessados naquilo que se passava dentro do grupo, mas blindávamo-nos para que aquilo que vinha de fora não espelhasse naquilo que era o trabalho diário da equipa. E era mais importante passar a mensagem jogo-a-jogo, aconteça aquilo que acontecer esta equipa vai preocupar-se consigo, e quando assim é manifesta claramente um sinal de competência. Soube segurar o seu sonho, não só sonhando, mas trabalhando. Fomos justos vencedores, foram brilhantes na recta final do Campeonato.

Os adeptos acompanharam a equipa de Norte a Sul do País. Ajudaram-vos a ganhar?
No último ano fomos sentindo que havia uma imagem muito positiva daquilo que a equipa vinha a fazer, daquilo que traduzia na pista, da sua emoção, da sua vontade de lutar, começava-se a sentir essa positividade que é muito importante para as vitórias. Sentiu-se um evoluir e um aproximar, e mais gente no pavilhão a acreditar na equipa. E houve jogos em que eles foram decisivos, não só no Pavilhão da Luz, mas como toda aquela massa humana que de Norte a Sul do País nos acompanhou. A competência da equipa junto com a motivação que vem de fora, e toda aquela emoção, não tem palavras. Traduz-se em actos. A equipa conseguiu absorver essa positividade, o sentimento que as pessoas nos passavam de que o Benfica não era campeão há 14 anos, e que acreditavam que era este o ano, que era este o momento, que confiavam, acima de tudo na equipa. Foi uma simbiose muito bonita, perfeita, e que nós não queremos perder. Aproveito para fazer um apelo: “Não desistam de nós que isso é o mais importante. Continuem a acreditar que esta equipa tem margem de evolução.”

Disse no final do ano passado que gostaria de ter sido mais feliz. Já é um homem feliz?
Há uma ideia de que não sou um homem feliz porque apresento um rosto muito sisudo, mas não é verdade (risos) …quem me conhece sabe que consigo sorrir. Quando estou envolvido naquilo que é o meu trabalho e o meu profissionalismo, o meu dia-a-dia e fundamentalmente quando estou sintonizado em defender o meu grupo de trabalho, possivelmente não transbordo o ar mais simpático, mas sou (risos). O estar no Benfica tem, na minha perspectiva dois paradigmas, uma potencialização da responsabilidade, e o outro, o estar feliz, porque quem está no Benfica tem que estar feliz. Quem tem a possibilidade de ser profissional no Benfica, tem que ser feliz. E que fique claro que eu sou benfiquista, não de ocasião, nem por estar há três anos no Benfica. Tenho dois clubes, o clube da minha terra que me viu crescer, que me ajudou a ser homem, que me deu a sustentação para aquilo que eu sou hoje, e tenho o Benfica.

Está há três anos no Benfica. O que é que vai prometer para a próxima época?
Trabalhar, criar as condições necessárias para exercer da melhor forma o meu trabalho, e defender o Benfica da forma que sei, quer como homem, quer como profissional na pista.

Fotos: Gualter Fatia / SL Benfica

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