quarta-feira, 2 de outubro de 2013

ENTREVISTA DE JESUS AO JORNAL L'EQUIPE

Jorge Jesus (foto ASF)


Em entrevista exclusiva ao jornal L’Equipe, o treinador do Benfica lembrou o peso do clube na Europa. Rivalizar com os melhores do Mundo... só dentro das quatro linhas.

«A única diferença entre Real Madrid ou AC Milan é o dinheiro. Em Portugal, treinador tem dois objetivos: ganhar títulos e contribuir para o equilíbrio financeiro do clube, trabalhando na progressão dos jogadores. Nesse aspeto, rivalizamos com as melhores equipas do Mundo no terreno. Mas apenas no terreno, não financeiramente. Talvez, por isso, o Benfica, no final da época, tenha sido sexto no ranking da UEFA», disse.
Para Jorge Jesus, existe uma escola de treinadores portugueses que é seguida em toda o Mundo.

«Sim, existe uma escola portuguesa. Temos uma metodologia de treino muito refinada, que muitos treinadores no Mundo inteiro tentam imitar. Tal como Mourinho e Villas Boas, não me limito apenas Às vertentes técnicas ou táticas», disse em entrevista ao jornal L’Equipe.
O treinador do Benfica recordou a época 2012/13 e explicou, em entrevista exclusiva ao jornal L’Equipe porque decidiu renovar pelo Benfica.

«Se analisarmos, o Benfica na época passada perdeu seis jogos, quatro na Europa e dois em Portugal. A verdade é que fomos brilhantes na época passada. Simplesmente isso não foi suficiente para conquistar os títulos que merecíamos», disse, dando como exemplo a final da Liga Europa, perdida para o Chelsea, onde o Benfica «deixou uma boa imagem» da equipa e do clube.

Sobre a final da Taça de Portugal: «Era um jogo que pensávamos ganhar, tínhamos vencido 4-0 e 3-0 no campeonato mas, moralmente, os jogadores estavam em baixo. Para viver momentos marcantes é preciso estar nas finais. É isso que conta. Para serem reconhecidas e importantes, as equipas têm de marcar presença nas finais.»

Sobre o golo de Kelvin, no Dragão, que tirou o título ao Benfica: «O que senti? Vinte segundos antes e após 30 jornadas de campeonato, nós éramos os campeões, os adeptos do Porto já estavam a sair do estádio, os jogadores baixavam a cabeça, o treinador e o seu banco choravam. E depois, numa situação de jogo normal, tudo mudou.»

«Para vocês, jornalistas, o meu nome (Jesus) é uma bênção. Se a minha equipa ganha, foi um milagre, se perde, Jesus é crucificado e ao terceiro dia ele pode ressuscitar», atirou.
fonte:abola

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